Elmo
Quando,
Na vicissitude,
Sou um guerreiro,
Na bonança
Sou um exército.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
domingo, 1 de dezembro de 2013
Audição
Se eu ouvisse
A voz em minha cabeça,
Não me faria mal
Tantas vezes.
Se eu me ouvisse melhor,
Teria vindo para casa
E curaria o tempo meu
Dentro da minha angústia,
Mas não sei ser só...
Se eu me ouvisse,
Desceria do ônibus
E comeria e ligaria
E tomaria lítio pela manhã
E não ficaria desconfortável
E teria feito algo.
Se eu realmente ouvisse
As pessoas,
Seria calmo.
Se eu confiasse,
Não estrebucharia
Me sentindo um nada...
Se eu me ouvisse,
Esse frio
Seria apenas
A estação...
Se eu ouvisse
A voz em minha cabeça,
Não me faria mal
Tantas vezes.
Se eu me ouvisse melhor,
Teria vindo para casa
E curaria o tempo meu
Dentro da minha angústia,
Mas não sei ser só...
Se eu me ouvisse,
Desceria do ônibus
E comeria e ligaria
E tomaria lítio pela manhã
E não ficaria desconfortável
E teria feito algo.
Se eu realmente ouvisse
As pessoas,
Seria calmo.
Se eu confiasse,
Não estrebucharia
Me sentindo um nada...
Se eu me ouvisse,
Esse frio
Seria apenas
A estação...
Dolorosa Felicidade
O por quê dessa solidão
Eu sei.
Não posso tentar curá-la
Num telefonema.
Ela piora, já que
A atenção do que necessitava,
Ou que esperava, não veio.
Meu coração arde e esmorece rapidamente,
Mas não gosto de guardar-me,
Visto que o Amor provém
E é mister
Que seja compartilhado.
Tento
Não esperar coisas dos outros,
Mas necessito de coisas dos outros
Quando me doo aos outros
Com minhas coisas.
Os outros, às vezes,
São eu mesmo
Quando não os vejo.
Procuro não ser redundante
E, quando sou,
Não me desculpo pelos ciclos
Que vem e vão facilmente.
Demonstrei tão claramente
Minha vontade e saudade,
Mas nem sempre teria de partir
De mim:
Existem palavras
Para dizer o que se quer
E o que se sente.
Não me busco nos outros.
No entanto,
Não me basto...
Sem convivência...
Que dolorosa felicidade
Essa nossa saudade...
O por quê dessa solidão
Eu sei.
Não posso tentar curá-la
Num telefonema.
Ela piora, já que
A atenção do que necessitava,
Ou que esperava, não veio.
Meu coração arde e esmorece rapidamente,
Mas não gosto de guardar-me,
Visto que o Amor provém
E é mister
Que seja compartilhado.
Tento
Não esperar coisas dos outros,
Mas necessito de coisas dos outros
Quando me doo aos outros
Com minhas coisas.
Os outros, às vezes,
São eu mesmo
Quando não os vejo.
Procuro não ser redundante
E, quando sou,
Não me desculpo pelos ciclos
Que vem e vão facilmente.
Demonstrei tão claramente
Minha vontade e saudade,
Mas nem sempre teria de partir
De mim:
Existem palavras
Para dizer o que se quer
E o que se sente.
Não me busco nos outros.
No entanto,
Não me basto...
Sem convivência...
Que dolorosa felicidade
Essa nossa saudade...
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Sem Discussões
Meus outros eus
Sempre
Vem pelo mesmo caminho,
Embora modificados.
Eu mesmo os chamo
Por falta de mim,
Embora
Jamais fique claro.
Oh, Perdição:
O que morre
E o que nasce em mim? - tento
Compreender...
Oh, Maldição:
Se te aceito porque sou teu
- Já estamos na era da trégua -
Por que o súbito castigo?
Oh, fio desencapado,
Curto-circuito
Da mente e do coração:
Quando quebrarei
O muro que habitas
E fazes-me incêndio?
Dormir é um Inferno!
Acordar é o Purgatório!
Trabalho sem dançar...
Canto só...
Espero,
Pois nada além disso
Suscitaria
Elevação...
Meus outros eus
Sempre
Vem pelo mesmo caminho,
Embora modificados.
Eu mesmo os chamo
Por falta de mim,
Embora
Jamais fique claro.
Oh, Perdição:
O que morre
E o que nasce em mim? - tento
Compreender...
Oh, Maldição:
Se te aceito porque sou teu
- Já estamos na era da trégua -
Por que o súbito castigo?
Oh, fio desencapado,
Curto-circuito
Da mente e do coração:
Quando quebrarei
O muro que habitas
E fazes-me incêndio?
Dormir é um Inferno!
Acordar é o Purgatório!
Trabalho sem dançar...
Canto só...
Espero,
Pois nada além disso
Suscitaria
Elevação...
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Torpor
Oh, Deus!
Que terrível dificuldade
Para conseguir ler um livro
Próprio da Vida!
Estou na mesma posição que,
Antes,
Com o livro entre as mãos
E apoiado em minhas coxas
Em "v" invertido sobre a cama,
Agora,
Apesar de bocejar,
Consigo escrever.
As pessoas me dizem coisas
Das quais eu faço parte por afinidade e,
Quando percebo,
Tenho de pedir-lhes que repitam sua fala...
Claro, somente quando creio ou sei que me entenderão
Ou se há confiança para a indagação...
Não consegui ler duas páginas
Inteiras do livro,
E isso que queria lê-lo.
Está aqui ao meu lado,
Dormindo sem minhas mãos
Que, com ele, fraquejavam...
Oh, Deus!
Que terrível dificuldade
Para conseguir ler um livro
Próprio da Vida!
Estou na mesma posição que,
Antes,
Com o livro entre as mãos
E apoiado em minhas coxas
Em "v" invertido sobre a cama,
Agora,
Apesar de bocejar,
Consigo escrever.
As pessoas me dizem coisas
Das quais eu faço parte por afinidade e,
Quando percebo,
Tenho de pedir-lhes que repitam sua fala...
Claro, somente quando creio ou sei que me entenderão
Ou se há confiança para a indagação...
Não consegui ler duas páginas
Inteiras do livro,
E isso que queria lê-lo.
Está aqui ao meu lado,
Dormindo sem minhas mãos
Que, com ele, fraquejavam...
Na Minha Cabeça
Na minha cabeça,
A idealização da beleza feminina
Desde a infância.
Portanto, ainda de maneira inocente...
Ela, com toda a espontaneidade
Dos seus olhos negros,
Negaceando minhas intenções
Cerceadas pelo medo.
Mas eu ali: seu e único.
Do sonho
- Por acaso? -
Tornado fato
Na realidade da paixão voraz,
Nas carnes
E na inutilidade da sutileza,
Próprias do contato,
Fracionei doenças.
Exagerados sonhos
Sobre ruas nobres dançando purezas:
A mulher amada,
A cria conquistada com vestígios de uma infância.
Sob circunstâncias espasmódicas
No áureo céu entre o gozo e o declive,
No que viria depois - sempre! -
Juras ruíam
Talentosamente
No fosso do cotidiano.
Improvável amor
Rindo para além da noite
Em chuvas e deslizes.
Como não chorar pelo
Imperdoável
No Amor?
Se tristeza e incompreensão
Soam tons na terra,
Faço do caminho uma canção.
Campos verdes estendidos
Suplicando meu tempo:
Não pude mais plantar
Em vossos agonizantes prados,
Posto, o dia, em ascensão!
Na minha cabeça,
Cabelos negros voando,
Cobrindo um sorriso
Nunca para mim,
Mas espreitador dos meus limites.
Na minha cabeça,
A idealização da beleza feminina
Desde a infância.
Portanto, ainda de maneira inocente...
Ela, com toda a espontaneidade
Dos seus olhos negros,
Negaceando minhas intenções
Cerceadas pelo medo.
Mas eu ali: seu e único.
Do sonho
- Por acaso? -
Tornado fato
Na realidade da paixão voraz,
Nas carnes
E na inutilidade da sutileza,
Próprias do contato,
Fracionei doenças.
Exagerados sonhos
Sobre ruas nobres dançando purezas:
A mulher amada,
A cria conquistada com vestígios de uma infância.
Sob circunstâncias espasmódicas
No áureo céu entre o gozo e o declive,
No que viria depois - sempre! -
Juras ruíam
Talentosamente
No fosso do cotidiano.
Improvável amor
Rindo para além da noite
Em chuvas e deslizes.
Como não chorar pelo
Imperdoável
No Amor?
Se tristeza e incompreensão
Soam tons na terra,
Faço do caminho uma canção.
Campos verdes estendidos
Suplicando meu tempo:
Não pude mais plantar
Em vossos agonizantes prados,
Posto, o dia, em ascensão!
Na minha cabeça,
Cabelos negros voando,
Cobrindo um sorriso
Nunca para mim,
Mas espreitador dos meus limites.
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
Desafio
O que a mente não controla
Eu domo com a palavra.
Não há muito o que fazer
Pelo mundo real
Quando se é um sonhador
A não ser lutar e esperar.
E ambas as virtudes
Tem seus limites...
Recomendo
Aos fracos e medrosos irem fundo
Para sentirem por um segundo
A Existência
De um
Tempo Inteiro Constante -
Mesmo sabendo que voltarão,
Mais cedo ou mais tarde,
Aos seus sofás...
O que a mente não controla
Eu domo com a palavra.
Não há muito o que fazer
Pelo mundo real
Quando se é um sonhador
A não ser lutar e esperar.
E ambas as virtudes
Tem seus limites...
Recomendo
Aos fracos e medrosos irem fundo
Para sentirem por um segundo
A Existência
De um
Tempo Inteiro Constante -
Mesmo sabendo que voltarão,
Mais cedo ou mais tarde,
Aos seus sofás...
Nas Palavras
Beijos que me fazem sentir
- E fazem sentido -
Imagino em nossas bocas.
Beijos como nossas palavras
- Mistura de silêncio e estrondo.
Beijos que meus lábios guardam,
Língua e saliva trespassam sonho,
Atravessam quilômetros de escuridão.
Beijos que não dou.
Beijos que tenho.
Beijos para a tua atenção.
Beijos sem qualquer veneno - sabor poesia.
Beijos que me fazem sentir
- E fazem sentido -
Imagino em nossas bocas.
Beijos como nossas palavras
- Mistura de silêncio e estrondo.
Beijos que meus lábios guardam,
Língua e saliva trespassam sonho,
Atravessam quilômetros de escuridão.
Beijos que não dou.
Beijos que tenho.
Beijos para a tua atenção.
Beijos sem qualquer veneno - sabor poesia.
domingo, 3 de novembro de 2013
Maria Sem História
Maria só chora sozinha.
Maria conversa em silêncio.
Maria pergunta de novo.
Maria, igual a ontem, será amanhã.
Maria "sim, senhora!" com sorriso humilde.
Maria do coração perfeito.
Maria da alma ingênua.
Maria arrastando o corpo no mundo de quadrados com
Paisagens e vozes repetindo o mesmo enredo pela janela.
Maria perdida no tempo que é.
Maria imaginando uma catástrofe da natureza.
Maria rememorando o tempo que vivia feliz.
Maria, angustiada e velha, calando.
Maria das dores nos ossos.
Maria da injeção paliativa.
Maria que passou a fazer falta.
Maria que pede para morrer.
Maria que me enlouquece.
Maria achada na adolescência foi à demência.
Maria perdida na infância estuprada.
Maria relaxada e envergonhada pela fraqueza
Dos músculos calejados e pela inaptidão da massa encefálica.
Maria com saudade.
Maria inútil.
Maria decepada na mama.
Maria sorridente.
Maria que não entende.
Maria doente de ser doente.
Maria do pudor infeliz.
Maria sonhando com as mais belas crianças
Saindo de outras mulheres.
Maria me botando no colo.
Maria que me avisa do leite e do lixo sem parar.
Maria violentada na boleia do caminhão.
Maria batendo na porta.
Maria perguntando "pronto?" ao telefone.
Maria suspirando a vida toda dizendo amém.
Maria sem salário que sonha ficar rica.
Maria desgraçada pela família.
Maria recebida com amor.
Maria com nojo de nudez.
Maria sem gozo, sem prazer.
Maria que ri de banalidades.
Maria que não entende uma piada.
Maria que nunca votou.
Maria atrofiada.
Maria esperando visitas.
Maria perguntando "até quando essa cruz?"
Maria que, quando morrer, me fará chorar de alívio e de dor.
Maia rindo da própria tristeza.
Maria caridosa.
Maria exigindo respeito.
Maria ouvindo minha fúria fugindo em silêncio.
Maria que entende da simplicidade da vida.
Maria que se assusta com a porta batida.
Maria que abre a porta para ver o corredor
Escuro, vazio e silencioso e,
Depois, ofegante,
Se arrasta pro sofá de novo.
Maria atiçando minha maldade.
Maria implorando companhia.
Maria exibindo miséria com chinelos que rangem.
Maria da perna torta.
Maria confusa.
Maria com poesia arcaica me surpreendendo
No sorriso e no olhar infantil escravizado.
Maria que reclama da solidão implacável
E das visitas extintas desde a solidão maior.
Maria sem fé.
Maria guerreira.
Maria calada dizendo sua verdade,
Sua impotência declarada na falta de expressão...
Maria quase pondo fogo na casa.
Maria que perdoa por falta de opção.
Maria que não vê o sol.
Maria com lugar marcado no Céu.
Maria amante das crianças,
Dos animais
E dos domingos na frente da TV.
Maria dos músculos contraídos pela
Alma retraída isolada
Do coração traído.
Maria praguejando, depois rindo.
Maria arrependida por não ter se casado...
Maria tentando brincar comigo
Alguma graça que não vejo
Na redundância do nosso quotidiano.
Maria reclamando que ninguém mais aparece.
Maria reclamando de quem lhe cuida.
Maria reclamando que não mais há crianças correndo na rua.
Maria reclamando do barulho dos outros.
Maria traumatizada debaixo das cobertas
Esperando
Que eu chegue da minha liberdade
Para dizer-lhe que a chuva não pode nos matar,
Nem os raios, caírem nas nossas cabeças.
Maria me acordando antes para nada.
Maria me avisando que velhice, doença e solidão somadas
Matam tão lentamente, que morrer
Seria o maior gesto de amor concedido por essa vida.
Maria deitando com esforço para olhar o teto
E pedindo que ele desabe tão logo durma.
Maria sorrindo leve
Escondida sob os tijolos
Que eu, imóvel, seguro em minhas mãos.
Maria só chora sozinha.
Maria conversa em silêncio.
Maria pergunta de novo.
Maria, igual a ontem, será amanhã.
Maria "sim, senhora!" com sorriso humilde.
Maria do coração perfeito.
Maria da alma ingênua.
Maria arrastando o corpo no mundo de quadrados com
Paisagens e vozes repetindo o mesmo enredo pela janela.
Maria perdida no tempo que é.
Maria imaginando uma catástrofe da natureza.
Maria rememorando o tempo que vivia feliz.
Maria, angustiada e velha, calando.
Maria das dores nos ossos.
Maria da injeção paliativa.
Maria que passou a fazer falta.
Maria que pede para morrer.
Maria que me enlouquece.
Maria achada na adolescência foi à demência.
Maria perdida na infância estuprada.
Maria relaxada e envergonhada pela fraqueza
Dos músculos calejados e pela inaptidão da massa encefálica.
Maria com saudade.
Maria inútil.
Maria decepada na mama.
Maria sorridente.
Maria que não entende.
Maria doente de ser doente.
Maria do pudor infeliz.
Maria sonhando com as mais belas crianças
Saindo de outras mulheres.
Maria me botando no colo.
Maria que me avisa do leite e do lixo sem parar.
Maria violentada na boleia do caminhão.
Maria batendo na porta.
Maria perguntando "pronto?" ao telefone.
Maria suspirando a vida toda dizendo amém.
Maria sem salário que sonha ficar rica.
Maria desgraçada pela família.
Maria recebida com amor.
Maria com nojo de nudez.
Maria sem gozo, sem prazer.
Maria que ri de banalidades.
Maria que não entende uma piada.
Maria que nunca votou.
Maria atrofiada.
Maria esperando visitas.
Maria perguntando "até quando essa cruz?"
Maria que, quando morrer, me fará chorar de alívio e de dor.
Maia rindo da própria tristeza.
Maria caridosa.
Maria exigindo respeito.
Maria ouvindo minha fúria fugindo em silêncio.
Maria que entende da simplicidade da vida.
Maria que se assusta com a porta batida.
Maria que abre a porta para ver o corredor
Escuro, vazio e silencioso e,
Depois, ofegante,
Se arrasta pro sofá de novo.
Maria atiçando minha maldade.
Maria implorando companhia.
Maria exibindo miséria com chinelos que rangem.
Maria da perna torta.
Maria confusa.
Maria com poesia arcaica me surpreendendo
No sorriso e no olhar infantil escravizado.
Maria que reclama da solidão implacável
E das visitas extintas desde a solidão maior.
Maria sem fé.
Maria guerreira.
Maria calada dizendo sua verdade,
Sua impotência declarada na falta de expressão...
Maria quase pondo fogo na casa.
Maria que perdoa por falta de opção.
Maria que não vê o sol.
Maria com lugar marcado no Céu.
Maria amante das crianças,
Dos animais
E dos domingos na frente da TV.
Maria dos músculos contraídos pela
Alma retraída isolada
Do coração traído.
Maria praguejando, depois rindo.
Maria arrependida por não ter se casado...
Maria tentando brincar comigo
Alguma graça que não vejo
Na redundância do nosso quotidiano.
Maria reclamando que ninguém mais aparece.
Maria reclamando de quem lhe cuida.
Maria reclamando que não mais há crianças correndo na rua.
Maria reclamando do barulho dos outros.
Maria traumatizada debaixo das cobertas
Esperando
Que eu chegue da minha liberdade
Para dizer-lhe que a chuva não pode nos matar,
Nem os raios, caírem nas nossas cabeças.
Maria me acordando antes para nada.
Maria me avisando que velhice, doença e solidão somadas
Matam tão lentamente, que morrer
Seria o maior gesto de amor concedido por essa vida.
Maria deitando com esforço para olhar o teto
E pedindo que ele desabe tão logo durma.
Maria sorrindo leve
Escondida sob os tijolos
Que eu, imóvel, seguro em minhas mãos.
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Primeira Flor
Dorme com Deus
E acorda com um sorriso lindo
Tendo-me em teus pensamentos
Que dormem agora comigo...
Sonhos de sentir
Plantam voz no silêncio,
Desprendem o ar
Do sumidouro.
Olhos em vão reacendem:
O tanto do tato tolhido.
Superfícies e invólucros rompem-se
Com o fogo do mistério universal
Invadindo.
Terra verdejante em meu peito seduzido,
Ardendo noite que fora esquecimento.
Primeira flor essa surpresa - nada alheio,
Tudo vivo,
Cada sorte em seu destino.
Estrela em meu ouvido,
Capacidade de tentar
Quando a memória é falha - morta, jamais!
Deslize profundo de desejo
Feito mãos enraizadas na Alma da pele.
A sede que brotou espera
Saciou-se
No pingo da aurora.
Todo coração cansa de bater só.
Deito meu peito ao teu
E destruímos prisões!
Dorme com Deus
E acorda com um sorriso lindo
Tendo-me em teus pensamentos
Que dormem agora comigo...
Sonhos de sentir
Plantam voz no silêncio,
Desprendem o ar
Do sumidouro.
Olhos em vão reacendem:
O tanto do tato tolhido.
Superfícies e invólucros rompem-se
Com o fogo do mistério universal
Invadindo.
Terra verdejante em meu peito seduzido,
Ardendo noite que fora esquecimento.
Primeira flor essa surpresa - nada alheio,
Tudo vivo,
Cada sorte em seu destino.
Estrela em meu ouvido,
Capacidade de tentar
Quando a memória é falha - morta, jamais!
Deslize profundo de desejo
Feito mãos enraizadas na Alma da pele.
A sede que brotou espera
Saciou-se
No pingo da aurora.
Todo coração cansa de bater só.
Deito meu peito ao teu
E destruímos prisões!
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
No Verão da Existência
Quero morrer
Fazendo Amor
Sobre a minha velha companheira,
Vida.
Nas coisas ruins não há ordem.
Só há regência no Amor.
Seja no Amor, seja na Guerra:
Ame o seu dia!
Há sempre uma surpresa
Quando destruímos o mundo geral
E descobrimos o motivo de aqui estarmos.
Após o Despertar do Espírito,
Mesmo a Dor tem sabor e perfume de Flor.
Pequenas Primaveras da Alma
O meu corpo e o meu refletir
Exalam
Por olhos,
Boca,
Poros.
E no Verão da Existência
A Sinfonia da Vida é entoada
Consciente e inconscientemente
No trabalho Artístico de aceitar e evoluir,
Revolucionando tudo
Que ao meu redor quiser,
Junto, vir!
Quero morrer
Fazendo Amor
Sobre a minha velha companheira,
Vida.
Nas coisas ruins não há ordem.
Só há regência no Amor.
Seja no Amor, seja na Guerra:
Ame o seu dia!
Há sempre uma surpresa
Quando destruímos o mundo geral
E descobrimos o motivo de aqui estarmos.
Após o Despertar do Espírito,
Mesmo a Dor tem sabor e perfume de Flor.
Pequenas Primaveras da Alma
O meu corpo e o meu refletir
Exalam
Por olhos,
Boca,
Poros.
E no Verão da Existência
A Sinfonia da Vida é entoada
Consciente e inconscientemente
No trabalho Artístico de aceitar e evoluir,
Revolucionando tudo
Que ao meu redor quiser,
Junto, vir!
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
Do Coração e do Pão
Um dia
Esse osso de minha fronte...
Esses músculos fazendo máscaras...
Egos indecifráveis, um dia...
Escravizadas fontes de nervos
Suportando o intraduzível.
Toda tensão sobre os ombros e as omoplatas,
A fadiga suando sua última gota de sal.
O protuberante Sol de ninguém,
De lugar prometido nenhures,
Para todos erguido pela fé diária.
Um dia
As pernas aos trancos...
Minha mandíbula vaginal
Sulcada de sucos
Vertendo teu gozo épico!
Os "clec-clecs" dos dedos quebrados, rompidos,
Que acordes inventaram
Silêncio...
Tubo digestivo
Os fenômenos intrínsecos ao capital
Vomitando.
Relevância subjetiva
Rasgando todas as tentativas...
Mas a gente segue tentando com a ternura devida.
Oh, tendão enfraquecido:
A palavra da Maldade
Esgotando por ora a Esperança,
Recolhida em contemplação,
Em nome da revolta futura.
Não há de tardar!
Se tardar, problema haverá sido calar!
Oh, prisão do meu corpo só!
Oh, ventre que eu entre potente,
Presente,
Com os dias e as noites solicitando-me frequente!
Um dia, afinal...
Do coração e do pão.
Inteiro compartilhado.
Revolução de vísceras à luz da Comunhão.
Um dia
Esse osso de minha fronte...
Esses músculos fazendo máscaras...
Egos indecifráveis, um dia...
Escravizadas fontes de nervos
Suportando o intraduzível.
Toda tensão sobre os ombros e as omoplatas,
A fadiga suando sua última gota de sal.
O protuberante Sol de ninguém,
De lugar prometido nenhures,
Para todos erguido pela fé diária.
Um dia
As pernas aos trancos...
Minha mandíbula vaginal
Sulcada de sucos
Vertendo teu gozo épico!
Os "clec-clecs" dos dedos quebrados, rompidos,
Que acordes inventaram
Silêncio...
Tubo digestivo
Os fenômenos intrínsecos ao capital
Vomitando.
Relevância subjetiva
Rasgando todas as tentativas...
Mas a gente segue tentando com a ternura devida.
Oh, tendão enfraquecido:
A palavra da Maldade
Esgotando por ora a Esperança,
Recolhida em contemplação,
Em nome da revolta futura.
Não há de tardar!
Se tardar, problema haverá sido calar!
Oh, prisão do meu corpo só!
Oh, ventre que eu entre potente,
Presente,
Com os dias e as noites solicitando-me frequente!
Um dia, afinal...
Do coração e do pão.
Inteiro compartilhado.
Revolução de vísceras à luz da Comunhão.
Medo
Medo de abraçar.
Medo de se deixar levar.
Medo de Amar.
Medo de a criança em si voar.
Medo da rua.
Medo da Lua.
Medo da coisa crua.
Medo da palavra nua.
Medo daquele beijo.
Medo de engordar com queijo.
Medo, Senhor Medo.
Nalgum lugar outro torpedo.
Mais um irmão querendo o petróleo da Morte,
Matando seu irmão sem sorte,
Outro retrato da Morte.
Medo, Senhor Medo.
A Ti também eu fedo.
Humano, carniça, dedo.
Medo, indigno medo.
Minhas vísceras estão doendo.
Nos portais da solidão outro solitário está sofrendo.
Pois nos viu chegar em luxúrias, por isso nos expulsará cedo.
Medo, Humano Medo.
Nossa crença é o teu enterro.
Pedra, terra e frio onde jazerás de medo.
E nós não teremos medo
Do ponto de vista dos erros.
Medo de abraçar.
Medo de se deixar levar.
Medo de Amar.
Medo de a criança em si voar.
Medo da rua.
Medo da Lua.
Medo da coisa crua.
Medo da palavra nua.
Medo daquele beijo.
Medo de engordar com queijo.
Medo, Senhor Medo.
Nalgum lugar outro torpedo.
Mais um irmão querendo o petróleo da Morte,
Matando seu irmão sem sorte,
Outro retrato da Morte.
Medo, Senhor Medo.
A Ti também eu fedo.
Humano, carniça, dedo.
Medo, indigno medo.
Minhas vísceras estão doendo.
Nos portais da solidão outro solitário está sofrendo.
Pois nos viu chegar em luxúrias, por isso nos expulsará cedo.
Medo, Humano Medo.
Nossa crença é o teu enterro.
Pedra, terra e frio onde jazerás de medo.
E nós não teremos medo
Do ponto de vista dos erros.
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Nadeando
O eterno número dois.
O sempiterno segundo.
E mesmo assim,
No lugar do sono a cama abre
Espaço
Para a memória e, dentro dela,
A lascívia e a consequente paixão.
Casada.
Mãe.
Sua mente
Engravidou de nosso Amor.
Nenhum feto.
Dessa vez, nem isso,
Mas seu corpo vazio
Abortou todos os sonhos.
O amante traído era eu.
Eu também confusão.
Inglório, solitário,
Bastardo homem
Entre pernas sem arrepio,
Apenas músculos úmidos.
Sem estrelas,
A noite abriga o esquecimento.
Alheio.
Sem solução.
Desafio perdido.
Autocomiseração.
Sangria mental.
Minha infância vasculhando
O poder da voz dedurando
Aquele vil metal.
Ela dizia
Que eu amava o passado
E não via.
Quanta bagunça sob a barba
Em meu espelho...
Bem, pelo menos
Não há mais do que me envergonhar...
É que olhar para trás é tão vergonhoso!
Prefiro morrer só!
Acostumar-me só
Será um exercício constante,
E a prática tem me castigado.
Nadear é para os confusos,
Não para os loucos.
A loucura é para os corajosos,
Contém os piores riscos.
E não será sempre à beira do abismo
Que o sonho de voar realizar-se-á?
Assim, nesse caos de êxtases,
O ajustado veículo
Dos elementos essenciais dar-se-á!
Só.
Absoluto.
Planador ferino.
Único, a realizar-se
No tempero de avistar o bruto,
Deixando para trás
O que se dizia limpo,
Mas não passava de pó...
O eterno número dois.
O sempiterno segundo.
E mesmo assim,
No lugar do sono a cama abre
Espaço
Para a memória e, dentro dela,
A lascívia e a consequente paixão.
Casada.
Mãe.
Sua mente
Engravidou de nosso Amor.
Nenhum feto.
Dessa vez, nem isso,
Mas seu corpo vazio
Abortou todos os sonhos.
O amante traído era eu.
Eu também confusão.
Inglório, solitário,
Bastardo homem
Entre pernas sem arrepio,
Apenas músculos úmidos.
Sem estrelas,
A noite abriga o esquecimento.
Alheio.
Sem solução.
Desafio perdido.
Autocomiseração.
Sangria mental.
Minha infância vasculhando
O poder da voz dedurando
Aquele vil metal.
Ela dizia
Que eu amava o passado
E não via.
Quanta bagunça sob a barba
Em meu espelho...
Bem, pelo menos
Não há mais do que me envergonhar...
É que olhar para trás é tão vergonhoso!
Prefiro morrer só!
Acostumar-me só
Será um exercício constante,
E a prática tem me castigado.
Nadear é para os confusos,
Não para os loucos.
A loucura é para os corajosos,
Contém os piores riscos.
E não será sempre à beira do abismo
Que o sonho de voar realizar-se-á?
Assim, nesse caos de êxtases,
O ajustado veículo
Dos elementos essenciais dar-se-á!
Só.
Absoluto.
Planador ferino.
Único, a realizar-se
No tempero de avistar o bruto,
Deixando para trás
O que se dizia limpo,
Mas não passava de pó...
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Água
Depois de alguns tropeços,
Com teus olhos nos meus vieste
De mansinho
Alojar tua Alma à minha.
Como, de mansinho, um turbilhão?
A imprecisão da palavra é pureza...
Não se explica a naturalidade
No gesto da folha
Que cai do galho da árvore
E se condensa
Sobre e entre
As águas do rio...
Arrepio...
Consciente provocação sem dedução.
Insinuo a sedução
Pelas tuas curvas,
Nuances, matizes, perfumes
E seres dentro de ti
Transformados
No que eu vejo.
Sinto o teu deslize.
Aceitaste o meu navegar.
Pedes minha exploração.
Caudalosa,
Afogas-me e socorres-me
Entre as tuas profundezas.
Aceito o teu barro escondido
Tangendo
Minha percepção - são teus
Leves cascalhos
Demonstrando o voo
De quem Vive!
Depois de alguns tropeços,
Com teus olhos nos meus vieste
De mansinho
Alojar tua Alma à minha.
Como, de mansinho, um turbilhão?
A imprecisão da palavra é pureza...
Não se explica a naturalidade
No gesto da folha
Que cai do galho da árvore
E se condensa
Sobre e entre
As águas do rio...
Arrepio...
Consciente provocação sem dedução.
Insinuo a sedução
Pelas tuas curvas,
Nuances, matizes, perfumes
E seres dentro de ti
Transformados
No que eu vejo.
Sinto o teu deslize.
Aceitaste o meu navegar.
Pedes minha exploração.
Caudalosa,
Afogas-me e socorres-me
Entre as tuas profundezas.
Aceito o teu barro escondido
Tangendo
Minha percepção - são teus
Leves cascalhos
Demonstrando o voo
De quem Vive!
Afastamento
Vaguei até o Sol
E toda a minha fraqueza
Concentrou-se na Dor Maior.
Perguntei em pensamento pela enésima vez
"Como isso foi acontecer?
Logo ele dentre tantos!
Por quê?"
Como o Sol não me respondeu à
Eterna sensação de vazio,
Resolvi voltar a arrastar minhas correntes
Pelas sombras originais.
Não havia procurado...
Encontrei
O que reencontrarei
Amanhã e depois,
Até sempre morrer um pouquinho
Ao relembrar.
Se houvesse algum motivo
Para aquele Sol me entristecer,
Por que agora
Uma nuvem é trazida pelo vento
Cantando a saudade
Em seu bloco frio?
Afinal,
Dizem por aí
Que Deus é bom...
Eu até confio.
Mas no final
Ele tem levado tanto de mim
Que até minhas lágrimas roubou
Para chover
Sobre os que ainda não sentiram dor,
Já que eu não esqueci como é,
Mas estou seco...
(Essa é a parte da minha Alma
Dilacerada pelo Diabo...)!
Vaguei até o Sol
E toda a minha fraqueza
Concentrou-se na Dor Maior.
Perguntei em pensamento pela enésima vez
"Como isso foi acontecer?
Logo ele dentre tantos!
Por quê?"
Como o Sol não me respondeu à
Eterna sensação de vazio,
Resolvi voltar a arrastar minhas correntes
Pelas sombras originais.
Não havia procurado...
Encontrei
O que reencontrarei
Amanhã e depois,
Até sempre morrer um pouquinho
Ao relembrar.
Se houvesse algum motivo
Para aquele Sol me entristecer,
Por que agora
Uma nuvem é trazida pelo vento
Cantando a saudade
Em seu bloco frio?
Afinal,
Dizem por aí
Que Deus é bom...
Eu até confio.
Mas no final
Ele tem levado tanto de mim
Que até minhas lágrimas roubou
Para chover
Sobre os que ainda não sentiram dor,
Já que eu não esqueci como é,
Mas estou seco...
(Essa é a parte da minha Alma
Dilacerada pelo Diabo...)!
Vasos Derrubados
Por que eu fiz isso comigo?
Eu te Amo!
Existes verdadeiramente
Ou és
Outro
Teste Amoroso da minha loucura?
Uma vaga lucidez combate
O espírito inquieto
Que desajusta meus atos
E perturba meu corpo
E gestos.
Na hora do Amor
E da Ternura
- Justamente -
A besta imunda adormecida
Na mente
Manipula a percepção.
Não me é novidade essa falha...
O que fazes comigo é o que
A Natureza explica
E inquieta
- Eu te Amo! - repito.
Meus olhos no vazio.
Medo consternado
Da ação
Profunda
Em tua direção.
Por que ouço o grito da destruição
Para ter de calar-me
Com o nó da minha voz
Procurando externar
Uma paz verdadeira,
Porém fugidia?
Preciso do clímax etéreo da Simplicidade.
A Humildade
Já me fez reconhecer
A paranoia diante de ti, Amada...
Quanto mais,
Para além do que já sei,
E tão nada para meu Ser
Significa?
Por que eu fiz isso comigo?
Eu te Amo!
Existes verdadeiramente
Ou és
Outro
Teste Amoroso da minha loucura?
Uma vaga lucidez combate
O espírito inquieto
Que desajusta meus atos
E perturba meu corpo
E gestos.
Na hora do Amor
E da Ternura
- Justamente -
A besta imunda adormecida
Na mente
Manipula a percepção.
Não me é novidade essa falha...
O que fazes comigo é o que
A Natureza explica
E inquieta
- Eu te Amo! - repito.
Meus olhos no vazio.
Medo consternado
Da ação
Profunda
Em tua direção.
Por que ouço o grito da destruição
Para ter de calar-me
Com o nó da minha voz
Procurando externar
Uma paz verdadeira,
Porém fugidia?
Preciso do clímax etéreo da Simplicidade.
A Humildade
Já me fez reconhecer
A paranoia diante de ti, Amada...
Quanto mais,
Para além do que já sei,
E tão nada para meu Ser
Significa?
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
O Constante Hálito da Humanidade
Sabes qual o meu principal problema?
Não crer,
Depois de descobrir a Maldade,
Intrínseca a Humanidade,
Que ela possa ser ainda mais má!
A Humanidade é a pior forma de Existência
Num planeta que, sem ela,
Poderia ser tão Humano.
O sonho de Amar é a pior das tristezas.
Oh, Solidão!
Minha amiga,
Minha Amante,
Minha puta constante:
Para que estragar a música com palavras?
O ser humano é o único
Que fomenta a destruição da flor
Estendendo a mesma flor
Ao seu próximo.
O alimento do Espírito
Deveria ser o que transcende
As leis lógicas e patológicas de nossa
Desumanidade.
Sabes: não reclamo da falta de Amor,
Símbolo maior da Humanidade,
Por não ter um Amor.
Reclamo porque ser Humano
Em nosso convívio
Significa descobrir a falácia
Desse Sonho Unívoco.
Não somos todos putas e cafetões
A nos odiarmos.
Ou somos?
É tão doentio e patético
Suplicarmos
Por um fantasma sarcástico
Que chega como o substantivo mar
E some feito o vapor dos encouraçados...
Quanta tristeza carrego
Pelo escoar das águas...
Qual a forma
De não ser engolido
Pela bocarra da mentira
Quando meus lábios suplicam
- A beijos cegos -
Apenas pelo hálito da Verdade?
Sabes qual o meu principal problema?
Não crer,
Depois de descobrir a Maldade,
Intrínseca a Humanidade,
Que ela possa ser ainda mais má!
A Humanidade é a pior forma de Existência
Num planeta que, sem ela,
Poderia ser tão Humano.
O sonho de Amar é a pior das tristezas.
Oh, Solidão!
Minha amiga,
Minha Amante,
Minha puta constante:
Para que estragar a música com palavras?
O ser humano é o único
Que fomenta a destruição da flor
Estendendo a mesma flor
Ao seu próximo.
O alimento do Espírito
Deveria ser o que transcende
As leis lógicas e patológicas de nossa
Desumanidade.
Sabes: não reclamo da falta de Amor,
Símbolo maior da Humanidade,
Por não ter um Amor.
Reclamo porque ser Humano
Em nosso convívio
Significa descobrir a falácia
Desse Sonho Unívoco.
Não somos todos putas e cafetões
A nos odiarmos.
Ou somos?
É tão doentio e patético
Suplicarmos
Por um fantasma sarcástico
Que chega como o substantivo mar
E some feito o vapor dos encouraçados...
Quanta tristeza carrego
Pelo escoar das águas...
Qual a forma
De não ser engolido
Pela bocarra da mentira
Quando meus lábios suplicam
- A beijos cegos -
Apenas pelo hálito da Verdade?
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Os Gongos da Vida
Meu corpo
Arriado de doenças
Se move em direção
Ao Nada do Mundo.
Belezas imaturas
Imundiciam-se
Nos cordões das calçadas.
Não somos mais do que a luta.
Se não persistirmos,
O Tempo nos devora!
Sujo Sol do passado:
Arde em mim tua fonte,
Mistura teus dedos elétricos à água
Calma
Do meu horizonte,
Não tardando minha Hora.
O Por do Sol trará a Lua
Essa noite
Ou haverá uma debandada geral
Dos atores eclípticos?
Sob que condições chegarei
A mim outra vez
Já que momento espiritual
E instante essencial
Sofrem os feitiços do Tempo?
Os Gongos da Vida
Ressoam no céu
Feito o signo pueril
De todo nascimento.
Das cordas diluo meus danos
E canto orações às sementes umbilicais da Terra.
Oh!
Satélite e Estrela entrelaçam
Chegada e partida,
Assim fecundando a Saudade,
Ânimo ancestral do Poeta.
Arde na minha carne
O suspiro engasgado da Morte.
Precipita-se na minha aura
A palavra evocada
Do Ventre da Natureza: Luz;
O sentimento
Do Ser Renascido: Amor!
Um gole d'água na Fonte do Presente
E um golpe de sorte entre os seios da Sereia.
Encantado pelo porvir,
Reitero-me Deus nesse dia Humano,
Faço-me Homem nesse Mundo Espiritual
Onde tudo verte
Em nome do que é
São, Cálido, Terno, Livre!
Meu corpo
Arriado de doenças
Se move em direção
Ao Nada do Mundo.
Belezas imaturas
Imundiciam-se
Nos cordões das calçadas.
Não somos mais do que a luta.
Se não persistirmos,
O Tempo nos devora!
Sujo Sol do passado:
Arde em mim tua fonte,
Mistura teus dedos elétricos à água
Calma
Do meu horizonte,
Não tardando minha Hora.
O Por do Sol trará a Lua
Essa noite
Ou haverá uma debandada geral
Dos atores eclípticos?
Sob que condições chegarei
A mim outra vez
Já que momento espiritual
E instante essencial
Sofrem os feitiços do Tempo?
Os Gongos da Vida
Ressoam no céu
Feito o signo pueril
De todo nascimento.
Das cordas diluo meus danos
E canto orações às sementes umbilicais da Terra.
Oh!
Satélite e Estrela entrelaçam
Chegada e partida,
Assim fecundando a Saudade,
Ânimo ancestral do Poeta.
Arde na minha carne
O suspiro engasgado da Morte.
Precipita-se na minha aura
A palavra evocada
Do Ventre da Natureza: Luz;
O sentimento
Do Ser Renascido: Amor!
Um gole d'água na Fonte do Presente
E um golpe de sorte entre os seios da Sereia.
Encantado pelo porvir,
Reitero-me Deus nesse dia Humano,
Faço-me Homem nesse Mundo Espiritual
Onde tudo verte
Em nome do que é
São, Cálido, Terno, Livre!
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Barbárie
Terra -
Traição
Poluição
Guerra.
A insanidade rola cabeças
Nas calçadas dos hospitais.
A sonoridade da rua
Inquieta
Meu silêncio perfeito.
Sonolência
Estupidez
Aparência
Frigidez.
Bate às portas do Âmago
O descontentamento
Com o amor ensinado pelo mundo,
Onde nos mentiram sobre
As questões mais importantes
E foram deixadas de lado
As lições mais simples.
Brancos contra Negros.
Negros contra Brancos.
Europeus contra Índios.
Americanos contra Africanos.
Asiáticos no deserto da tecnologia.
Beduínos sob a areia rasa da fortuna.
Homem contra Homem.
Humano
Sem consciência
Ou empatia
Não é Humano.
A barbárie instaurou-se.
Caos
Dor
Suicídio
Assassinato.
Moda, beleza, luxo, ego -
A comida do lixo alimentando
O lanche rápido matando.
O óbvio precisa ser dito:
Tanto para poucos,
Nada ou quase nada para a maioria.
Não existe O Escolhido.
Peguemos nossas Vidas em nossas mãos
E em seguida
A estendamos ao próximo.
Simples assim,
Como o giro imperceptível da Terra.
Fome
Idiotia
Medo
Crack.
Nascimento, vermes, abandono, morte.
O que resta senão a espera
Pelo dia em que
Não mais precisaremos lutar?
Terra -
Traição
Poluição
Guerra.
A insanidade rola cabeças
Nas calçadas dos hospitais.
A sonoridade da rua
Inquieta
Meu silêncio perfeito.
Sonolência
Estupidez
Aparência
Frigidez.
Bate às portas do Âmago
O descontentamento
Com o amor ensinado pelo mundo,
Onde nos mentiram sobre
As questões mais importantes
E foram deixadas de lado
As lições mais simples.
Brancos contra Negros.
Negros contra Brancos.
Europeus contra Índios.
Americanos contra Africanos.
Asiáticos no deserto da tecnologia.
Beduínos sob a areia rasa da fortuna.
Homem contra Homem.
Humano
Sem consciência
Ou empatia
Não é Humano.
A barbárie instaurou-se.
Caos
Dor
Suicídio
Assassinato.
Moda, beleza, luxo, ego -
A comida do lixo alimentando
O lanche rápido matando.
O óbvio precisa ser dito:
Tanto para poucos,
Nada ou quase nada para a maioria.
Não existe O Escolhido.
Peguemos nossas Vidas em nossas mãos
E em seguida
A estendamos ao próximo.
Simples assim,
Como o giro imperceptível da Terra.
Fome
Idiotia
Medo
Crack.
Nascimento, vermes, abandono, morte.
O que resta senão a espera
Pelo dia em que
Não mais precisaremos lutar?
sábado, 3 de agosto de 2013
Névoa
Todas as expressões
Todas as expressões
São contempladas
Pela minha observação.
A névoa vai se dissipando
Sobre as ilhas
Do Guaíba.
Lá embaixo
O cotidiano - as pombas
Mais naturais e mais além
Do que qualquer um de nós.
Mesmo que não me alcancem
Aqui em cima,
Logo a realidade entre os meus será menor,
Rasteira,
Sempre sonhando
Com têmporas de nuvens
Neutralizando a dor,
Pacificando o medo
De cada ilha
Representada
Por cada um de nós.
Eu sugarei e verterei
A mesma chuva
Que qualquer outro,
Mas nenhum seguirá
O mesmo caminho que eu,
Embora inebriados
Pelo mesmo fenômeno.
O que nos unifica, nos distingue,
Apesar
Do mesmo teto,
Do mesmo choro.
Depois que sairmos
Das prisões quadradas
De nossos pombais mentais,
Notaremos o oco do mundo:
Esférico em ciclotimias
Dando voltas
E confundindo nosso mundo de dados
Caixas
Televisões
Armários
Salas.
O livro só liberta porque
Ele é que entra na gente,
Porque o Ser
O procura na sede
Por algo além de suas páginas -
Formas exatas ensinando-nos
A Viver num mundo inexato
E sem o romantismo
Contado a castigo nas escolas.
Névoa imunda
Inunda
Meus eus em trégua.
Só saber disso me faz espacial,
Atemporal
Enfiando minhas garras
No centro do Universo,
Pendurando móbiles nas estrelas,
Repousando nas crateras da Lua
Para acordar correndo
Em direção aos raios do Sol,
Cipós celestiais da força,
Da imaginação
E do caos.
terça-feira, 30 de julho de 2013
Soslaios nas Ruas, Sonhos da Aproximação
Ele tinha Vida própria.
Não é porque sua risada
Era igual a minha
Que devesse me pertencer.
Sempre foi de todos.
Agora é mais das estrelas.
É memória e o que sonhos com ele dirão
Em noites de bom sono,
Chegando sem aviso,
Bem vindo.
Meu olhar trai a realidade:
A Saudade crescente faz isso.
Lua em direção a imensidão
Do que não mais se toca,
Mas sentimos.
Sol ardendo
Os raios no corpo
Que congelou na lembrança
E encantou o éter.
Nos labirintos dos olhos
De Amor e pavor
O que clamou foi a Vida
E o ímpeto singular de lutar
Para prosseguir
Até
Não mais conseguir.
Meu olhar trai o cotidiano
Sem ele:
O delírio de perdê-lo
Para a paz no seu corpo
Faz isso com o Amor Espiritual.
(Oh!
Quantos te representaram
No meu rápido soslaio
Em falso pelas ruas...).
Fechava os olhos
Sentindo o trovão
No coração...
Quantos dilúvios de minha Alma?
O Adeus pode ser a Bênção.
Maior Bênção foi tua Presença.
Adeus sem sinal de ausência.
Tristeza,
Despedida,
Sossego: cabe
Tudo em mim.
A manta adesiva
De tuas convicções
Contará a tua história
Ligada a nós.
No momento prego meus pulsos
Ao concreto.
Gritar nada resolveria...
Não tenho cruz,
Senão
Melodias da cruz.
E esse ofegar
De não saber
Quanto
Tempo
Ainda
A prosseguir sem ti,
Contigo ontem
Me ensinando a rir...
Ele tinha Vida própria.
Não é porque sua risada
Era igual a minha
Que devesse me pertencer.
Sempre foi de todos.
Agora é mais das estrelas.
É memória e o que sonhos com ele dirão
Em noites de bom sono,
Chegando sem aviso,
Bem vindo.
Meu olhar trai a realidade:
A Saudade crescente faz isso.
Lua em direção a imensidão
Do que não mais se toca,
Mas sentimos.
Sol ardendo
Os raios no corpo
Que congelou na lembrança
E encantou o éter.
Nos labirintos dos olhos
De Amor e pavor
O que clamou foi a Vida
E o ímpeto singular de lutar
Para prosseguir
Até
Não mais conseguir.
Meu olhar trai o cotidiano
Sem ele:
O delírio de perdê-lo
Para a paz no seu corpo
Faz isso com o Amor Espiritual.
(Oh!
Quantos te representaram
No meu rápido soslaio
Em falso pelas ruas...).
Fechava os olhos
Sentindo o trovão
No coração...
Quantos dilúvios de minha Alma?
O Adeus pode ser a Bênção.
Maior Bênção foi tua Presença.
Adeus sem sinal de ausência.
Tristeza,
Despedida,
Sossego: cabe
Tudo em mim.
A manta adesiva
De tuas convicções
Contará a tua história
Ligada a nós.
No momento prego meus pulsos
Ao concreto.
Gritar nada resolveria...
Não tenho cruz,
Senão
Melodias da cruz.
E esse ofegar
De não saber
Quanto
Tempo
Ainda
A prosseguir sem ti,
Contigo ontem
Me ensinando a rir...
sexta-feira, 26 de julho de 2013
segunda-feira, 22 de julho de 2013
sábado, 20 de julho de 2013
A Solidão no Inverno
Estou perdido de frio.
Zonzo de neve na minha mente.
Parece que o gesto de enfrentar
Deu-me coragem para desistir.
Afirmo que o gesto grandioso de desistir
Deu-me coragem para enfrentar.
No tempo da minha respiração
Não há o que não
Floresça
Repousante como sangue
Recém-nascido.
As canções extasiam o meu Ser.
Nos degraus acima de onde estamos,
A incógnita há de servir-nos
Para os patamares seguintes.
Mas isso é sonho, Poeta...
Oh, sim...
E de que mais são feitas as rosas
Senão do sonho
Daquele que cavou e cultivou
A terra,
De onde a semente escalavrou
- à teimosia e à força -
A mesma terra que a recebera?
Antes disso,
Tanta aridez e doenças
Desse que agora planta...
O Inverno passou sua lufada
Gélida
Na minha nuca
E desmaiou o meu ânimo.
Eu quase esqueci que aprendi
A queimar minha monotonia
Com a força das friezas Humanas
Que castigaram-me.
Quando elas diziam
Que eu derretia feito gelo,
Observei-me com
O Olho Essencial para dentro.
Minha Alma
Abanou o suor
Que meu peito ofegava
Enquanto a insanidade fugia,
Derretida,
Pelos meus olhos
Capazes
De qualquer transformação...
Estou perdido de frio.
Zonzo de neve na minha mente.
Parece que o gesto de enfrentar
Deu-me coragem para desistir.
Afirmo que o gesto grandioso de desistir
Deu-me coragem para enfrentar.
No tempo da minha respiração
Não há o que não
Floresça
Repousante como sangue
Recém-nascido.
As canções extasiam o meu Ser.
Nos degraus acima de onde estamos,
A incógnita há de servir-nos
Para os patamares seguintes.
Mas isso é sonho, Poeta...
Oh, sim...
E de que mais são feitas as rosas
Senão do sonho
Daquele que cavou e cultivou
A terra,
De onde a semente escalavrou
- à teimosia e à força -
A mesma terra que a recebera?
Antes disso,
Tanta aridez e doenças
Desse que agora planta...
O Inverno passou sua lufada
Gélida
Na minha nuca
E desmaiou o meu ânimo.
Eu quase esqueci que aprendi
A queimar minha monotonia
Com a força das friezas Humanas
Que castigaram-me.
Quando elas diziam
Que eu derretia feito gelo,
Observei-me com
O Olho Essencial para dentro.
Minha Alma
Abanou o suor
Que meu peito ofegava
Enquanto a insanidade fugia,
Derretida,
Pelos meus olhos
Capazes
De qualquer transformação...
terça-feira, 9 de julho de 2013
Tormentos de Uma Combustão
Nós, que andamos e desandamos
Pelas agruras às quais nos submetem
Aqueles a quem questionamos em nossas
Vestimentas
Sonoridades
Pensamentos
Filosofias
Discursos inflamados,
Colocamos tudo pelo ralo
Quando reunidos em nosso Templo
Nos levando à loucura,
Ao vazio, à dúvida, à deriva
Em nosso egoísmo
Suscitado subliminarmente pelo Império,
Monstro escamoso que julgamos,
Mas, sem vergonha alguma,
De sua fonte bebemos,
Trucidando-nos,
Um a um...
O Rei que dá é
O mesmo que tira.
Não nos acostumemos, portanto,
Com o que nos é dado -
Logo nos roubarão o dobro!
Não nos acostumemos
Com os mandos e
Os desmandos de Senhores!
O direito de ir e vir arrancado:
Falo violentado,
Ventre castrado.
Dor oprimindo o baço,
Uma tinta na mente
Escorrendo pela carne raspada com aço.
Antiácido,
Desilusão...
O povo desdentado
Por quem luto e em quem acredito
Me arrancando, noutro assalto,
Mais um pedaço.
Mas, prevejo:
Será de cima
Que farão pender o meu pescoço
Surpreendido,
- A qualquer momento -
Por um laço...
Nós, que andamos e desandamos
Pelas agruras às quais nos submetem
Aqueles a quem questionamos em nossas
Vestimentas
Sonoridades
Pensamentos
Filosofias
Discursos inflamados,
Colocamos tudo pelo ralo
Quando reunidos em nosso Templo
Nos levando à loucura,
Ao vazio, à dúvida, à deriva
Em nosso egoísmo
Suscitado subliminarmente pelo Império,
Monstro escamoso que julgamos,
Mas, sem vergonha alguma,
De sua fonte bebemos,
Trucidando-nos,
Um a um...
O Rei que dá é
O mesmo que tira.
Não nos acostumemos, portanto,
Com o que nos é dado -
Logo nos roubarão o dobro!
Não nos acostumemos
Com os mandos e
Os desmandos de Senhores!
O direito de ir e vir arrancado:
Falo violentado,
Ventre castrado.
Dor oprimindo o baço,
Uma tinta na mente
Escorrendo pela carne raspada com aço.
Antiácido,
Desilusão...
O povo desdentado
Por quem luto e em quem acredito
Me arrancando, noutro assalto,
Mais um pedaço.
Mas, prevejo:
Será de cima
Que farão pender o meu pescoço
Surpreendido,
- A qualquer momento -
Por um laço...
sábado, 6 de julho de 2013
Escorpião com asas de beija-flor
Escorpião com asas de beija-flor.
Escorpião com asas de beija-flor.
Erguidas mãos
Do trabalhador
Para o céu de dor
Que clama para o chão
Com Amor.
Escorpião com asas de beija-flor.
Cadê o salvador desse caos -
Mergulhada calúnia em nosso coração?
Dentes quebrados.
Pratos vazios.
Muros pichados.
Ignorância gentil.
Escorpião com asas de beija-flor.
Lá do alto vigia as formigas sem rumo da Nação.
Causas boas raramente fizeram uma real união.
Sopa invernal aos pobres.
Doces às crianças colorindo seu olhar.
Carne humana sangrada pela Humanidade.
Escorpião com asas de beija-flor.
Quem somos nós?
Por que não conseguimos pensar,
Apesar da consciência que temos?
Será o barulho ensurdecedor de teus músculos
Vigiando com tua mira a nossa escuridão
Ou nossa cegueira fragmentando-nos
Mesmo quando caminhamos por causas justas,
Porém sem bandeiras palpáveis,
Dando-nos as mãos?
Escorpião com asas de beija-flor.
Animal de aço pairando com inteireza sobre nós:
Com o bico,
Mira-nos com sua luz de mil sóis
Como a uma Amada flor;
Com a cauda,
Aplica o golpe injetando veneno
Em nossas mentes vazias.
Sem por quê, nos apaixonamos
Por revoltas reprimidas e gritamos de dor,
Mas sem o Amor
Necessário e certeiro
De quem já doeu de Amor,
Mas como quem ouviu falar
Que o Amor doía...
Pichamos - ainda antes disso -
"Mais Amor"
Pelas estruturas da cidade.
Não o encontramos...
Portanto, expusemos nossos medos,
Esperanças e absurdos em fragmentos,
Sem o Todo Essencial
Nas palavras e no ímpeto.
O escorpião com asas de beija-flor
Nos impeliu às ruas:
Mascarados e sem bandeiras ditaram
Ordens violentas e fascistas
Para ocuparem "democraticamente"
Aquelas ruas Libertadas
Com bandeiras Vermelhas clarividentes:
O discurso do oprimido sem consciência de classe
É a porrada, meu chapa;
O discurso do que é afetado
Porque a ralé
Agora senta ao seu lado
No avião é
A cartolina defendendo o próprio rabo
E não uma causa plural;
A escuridão de perspectivas
Morais, culturais, inclusivas e progressistas
É o vazio dos que gritam
Contra tudo e contra todos
Sem darem-se ao menos o privilégio de pensarem
Sem a indução daqueles contra quem gritam,
Senão reproduzem
As palavras ditas na TV
A plenos pulmões pelas ruas,
Esses fantoches raivosos...
Ora, aprendamos: se há abutres,
Outros selvagens fizeram a carniça...
Oh, sim, algumas conquistas
Apesar do movimento amorfo das ruas.
Mas não esqueçamos:
O beijo
Vem do mesmo lugar que o veneno:
Lá de cima.
terça-feira, 28 de maio de 2013
Tudo Em Seu Duvidoso Lugar
Onde estão minhas palavras?
Escondidas nos livros
Transformados
Em pouco menos do que sonhos?
Mas tanto sonho descrito,
Vivido e pensado
Busco,
Tanjo o céu
Onde as explosões
Fomentam
Tanto quanto não se tornam
- Embora ditos -
Meus...
Tenho que me lembrar
Sempre
Que a persistência
É a chave do coração
E, a Vida, um segundo.
Onde estão minhas palavras?
Escondidas nos livros
Transformados
Em pouco menos do que sonhos?
Mas tanto sonho descrito,
Vivido e pensado
Busco,
Tanjo o céu
Onde as explosões
Fomentam
Tanto quanto não se tornam
- Embora ditos -
Meus...
Tenho que me lembrar
Sempre
Que a persistência
É a chave do coração
E, a Vida, um segundo.
Ternura
Eu não quero fazer
Parte
Do mundo
Que te cansa
De lágrimas.
Se for para,
Em prantos, gritares,
Que seja sobre meu peito
Chorando
Contigo.
Ouvirei cada palavra.
Testemunharei
Todo silêncio
Entre elas
E o silêncio que virá
Com um conforto partícipe
Da tua cura.
Minhas horas
De sono
Nada valem
Sem
A tua paz...
Eu não quero fazer
Parte
Do mundo
Que te cansa
De lágrimas.
Se for para,
Em prantos, gritares,
Que seja sobre meu peito
Chorando
Contigo.
Ouvirei cada palavra.
Testemunharei
Todo silêncio
Entre elas
E o silêncio que virá
Com um conforto partícipe
Da tua cura.
Minhas horas
De sono
Nada valem
Sem
A tua paz...
Aula Natural
Eu achava que,
Se mudasse, tudo poderia ocorrer,
Menos as tantas virtudes
Que descubro ter
A Vida.
Quando deparo-me
Com as velhas correntes
Forço-lhes sempre
Um pouquinho mais
Para reforçar os músculos
Sustentando-me de pé,
Enrijecendo-me os braços
E o peito aberto
A Libertar o meu Ser
Visando o caminho
Da minha construção - aliás,
Reconstrução.
Mudei no espelho.
Meus olhos não emudecem
Quando o encaro.
Sorrio mudo
Porque mudei
Chorando.
Chorei no mundo
Com aquele amargo riso
Até sorrir do choro
Que já se tinha ido...
Eu achava que,
Se mudasse, tudo poderia ocorrer,
Menos as tantas virtudes
Que descubro ter
A Vida.
Quando deparo-me
Com as velhas correntes
Forço-lhes sempre
Um pouquinho mais
Para reforçar os músculos
Sustentando-me de pé,
Enrijecendo-me os braços
E o peito aberto
A Libertar o meu Ser
Visando o caminho
Da minha construção - aliás,
Reconstrução.
Mudei no espelho.
Meus olhos não emudecem
Quando o encaro.
Sorrio mudo
Porque mudei
Chorando.
Chorei no mundo
Com aquele amargo riso
Até sorrir do choro
Que já se tinha ido...
segunda-feira, 20 de maio de 2013
sábado, 18 de maio de 2013
Rubra Violeta
Os donos dos tempos não me comovem.
O povo, meu destino e berço eterno,
Consagrei em meu coração
Com teu canto.
Quem prende o estômago do próximo
Não liberta a mão e o olhar do filho.
A guitarrera cantou
O ventre da América Latina.
Matou-se com um tiro em seu templo.
Seu templo era o seu grito.
Seu rito, sua voz.
Sua consagração era a Vida na Alma,
No corpo, no peito, nas veias expostas.
Exemplo de Humanidade
Despertando minha infância
Sob os ecos de meus pais.
Circo montado,
Na miséria e na beleza natural,
Até a loucura,
Em nome da Arte!
Honra, Amor e Tragédia - o néctar
Extraído das dores
Mais viscerais
Da Humanidade e da Alma
Em nome da Libertação da Alma
Extaseantemente Humana
Da Rubra Violeta Parra!
Os donos dos tempos não me comovem.
O povo, meu destino e berço eterno,
Consagrei em meu coração
Com teu canto.
Quem prende o estômago do próximo
Não liberta a mão e o olhar do filho.
A guitarrera cantou
O ventre da América Latina.
Matou-se com um tiro em seu templo.
Seu templo era o seu grito.
Seu rito, sua voz.
Sua consagração era a Vida na Alma,
No corpo, no peito, nas veias expostas.
Exemplo de Humanidade
Despertando minha infância
Sob os ecos de meus pais.
Circo montado,
Na miséria e na beleza natural,
Até a loucura,
Em nome da Arte!
Honra, Amor e Tragédia - o néctar
Extraído das dores
Mais viscerais
Da Humanidade e da Alma
Em nome da Libertação da Alma
Extaseantemente Humana
Da Rubra Violeta Parra!
terça-feira, 19 de março de 2013
Resistência
Nos fará bem
Jorrarmos porra
Na cara daqueles
Que vivem de nos foder
Sem que jamais percebamos,
E, por isso, sequer gritamos!
Seguiremos quietos
Feito ratos nos esgotos:
Eles sabem que estamos lá
Grunhindo,
Mas jamais darão a chance
De alimentarmos nossas Almas.
Seremos - nós - lembrados
Por nossa morte corajosa
Apenas
Após morrermos
De tanto Vivermos
E lutarmos pela Vida?
Cidade calada
Com o enforcamento e a castração da Arte
Em praça pública!
Nenhum sistema deu certo
E nem o anti-sistema dará.
Renovar
- Ou correr, como prefiram -
Em que sentido,
Se o Socialismo ruiu,
O Capitalismo putrifica
E o Anarquismo segue no gueto?
Nós queríamos achar
A consistência perfeita
Com a luta,
Mas nenhum de nós canta
Ao final da jornada...
Escureceu o céu.
Gelou o ar.
Fomos para casa
Vencidos.
Dormiríamos a sós,
Cada um em seus sonhos
Por todos nós.
Na manhã seguinte
Reavivaríamos
A missão de nossas Existências
Para criarmos, enfim,
Um sistema perfeito
No qual as notas
Jamais
Qualquer Ser Humano
Ouvira.
E eles
O aceitariam
Sem medo...
Nos fará bem
Jorrarmos porra
Na cara daqueles
Que vivem de nos foder
Sem que jamais percebamos,
E, por isso, sequer gritamos!
Seguiremos quietos
Feito ratos nos esgotos:
Eles sabem que estamos lá
Grunhindo,
Mas jamais darão a chance
De alimentarmos nossas Almas.
Seremos - nós - lembrados
Por nossa morte corajosa
Apenas
Após morrermos
De tanto Vivermos
E lutarmos pela Vida?
Cidade calada
Com o enforcamento e a castração da Arte
Em praça pública!
Nenhum sistema deu certo
E nem o anti-sistema dará.
Renovar
- Ou correr, como prefiram -
Em que sentido,
Se o Socialismo ruiu,
O Capitalismo putrifica
E o Anarquismo segue no gueto?
Nós queríamos achar
A consistência perfeita
Com a luta,
Mas nenhum de nós canta
Ao final da jornada...
Escureceu o céu.
Gelou o ar.
Fomos para casa
Vencidos.
Dormiríamos a sós,
Cada um em seus sonhos
Por todos nós.
Na manhã seguinte
Reavivaríamos
A missão de nossas Existências
Para criarmos, enfim,
Um sistema perfeito
No qual as notas
Jamais
Qualquer Ser Humano
Ouvira.
E eles
O aceitariam
Sem medo...
segunda-feira, 18 de março de 2013
Conquistada Infância
Eu sou uma criança
Com algo novo
Resplandecendo em mim.
É mais uma descoberta da Vida.
Tenho poucas, é claro,
Mas já distingo
O que é bom do que é ruim.
(Beethoven jamais me decepcionaria,
Como a frota de carros em constante crescimento...).
Nasci há cinco anos
E tenho uma Musa.
Assim como eu,
Ela é Amante da Lua e do Cinema:
Conduzimos o fio das nossas brincadeiras
Através de diálogos e imagens
Das grandes telas
Que potencializam-nos,
Nessa Vida
Tantas vezes enganada
Por enredos e roteiros insípidos,
Cruéis.
Somos o Amor contra-cultural
Dançando
No ventre da Terra!
Somos a delicadeza desavisada
Sonhando contra
O tal de Fim da História
Porque vivemos uma
Reiniciada História Utópica
Para esses pós-modernismos
Impregnados de medo
A aterrorizarem
Os que já teriam medo
E mesmo os quase-livres,
Esses excertos
Enxertando frustração
Em toda ação,
Causa
Ou humano que ousou enxergar
O próprio medo.
Colocamos o dedo na tomada,
Meu camarada!
Depois, só para ver
Se algo mais aconteceria,
Pusemos o dedo na tua moleira
Dizendo que o Amor
Nos era bem vindo
Enquanto teus irmãos, em rebanhos,
Engessavam na beira do rio
Mesmo ao sopro do Minuano...
Eu sou uma criança
Com algo novo
Resplandecendo em mim.
É mais uma descoberta da Vida.
Tenho poucas, é claro,
Mas já distingo
O que é bom do que é ruim.
(Beethoven jamais me decepcionaria,
Como a frota de carros em constante crescimento...).
Nasci há cinco anos
E tenho uma Musa.
Assim como eu,
Ela é Amante da Lua e do Cinema:
Conduzimos o fio das nossas brincadeiras
Através de diálogos e imagens
Das grandes telas
Que potencializam-nos,
Nessa Vida
Tantas vezes enganada
Por enredos e roteiros insípidos,
Cruéis.
Somos o Amor contra-cultural
Dançando
No ventre da Terra!
Somos a delicadeza desavisada
Sonhando contra
O tal de Fim da História
Porque vivemos uma
Reiniciada História Utópica
Para esses pós-modernismos
Impregnados de medo
A aterrorizarem
Os que já teriam medo
E mesmo os quase-livres,
Esses excertos
Enxertando frustração
Em toda ação,
Causa
Ou humano que ousou enxergar
O próprio medo.
Colocamos o dedo na tomada,
Meu camarada!
Depois, só para ver
Se algo mais aconteceria,
Pusemos o dedo na tua moleira
Dizendo que o Amor
Nos era bem vindo
Enquanto teus irmãos, em rebanhos,
Engessavam na beira do rio
Mesmo ao sopro do Minuano...
Do Céu E Da Terra
A Vida Real
Me deixa sonhar
Novamente.
Substituo a reclamação
Pelo Tempo
Bem empregado.
Cada flor,
No outro dia
Já é outra,
Edificada sob
O status de
Magnífica.
Basta prezar e preservar
Com a paixão
Da cor escarlate das rosas
E o desafio constante
Que exala o perfume dos lírios.
- Regarás minha terra
Para eu prosseguir?
Desejarás o meu néctar
Até mesmo quando tu fores quem deverás
- Por altruísmo -
Encontrá-lo, renovando-me?
- Pois aqui estarei
E não apenas estarei.
Como pedem a força e a simplicidade,
Serei:
Existência!
Magnitude das entranhas do éter exalado,
Por nós inspirado:
Estrondo Masculino do céu
Sugerindo o gozo essencial
Do Universo!
Gemido Feminino da terra
Frutificando o sustento
Da Vida!
A Vida Real
Me deixa sonhar
Novamente.
Substituo a reclamação
Pelo Tempo
Bem empregado.
Cada flor,
No outro dia
Já é outra,
Edificada sob
O status de
Magnífica.
Basta prezar e preservar
Com a paixão
Da cor escarlate das rosas
E o desafio constante
Que exala o perfume dos lírios.
- Regarás minha terra
Para eu prosseguir?
Desejarás o meu néctar
Até mesmo quando tu fores quem deverás
- Por altruísmo -
Encontrá-lo, renovando-me?
- Pois aqui estarei
E não apenas estarei.
Como pedem a força e a simplicidade,
Serei:
Existência!
Magnitude das entranhas do éter exalado,
Por nós inspirado:
Estrondo Masculino do céu
Sugerindo o gozo essencial
Do Universo!
Gemido Feminino da terra
Frutificando o sustento
Da Vida!
Maturação
Já viste como o céu de hoje
Está ainda mais belo
Do que o céu,
Já tão belo, de ontem?
Será o despertar
Brilhando o tom,
Ou o tom outonal
Luzindo o amanhecer?
De que adianta perguntar,
Se
Sem
Nem
Mesmo esperar,
O Amanhã
A nos
Esperar
Estará?
Sobrevêm e despencam
Os Ventos, a Metafísica e o Universo
- Com suas catarses amalgamadas ao meu Ser -
Reestruturando minha Natureza.
Deixo de ter aquele medo
Mascarado pelo descaso
Para não tocar meu íntimo
E revelo-me no inesperado
Que o Tempo há tanto regava
Com ares de folhas secas,
Enfim
Maturado...
Já viste como o céu de hoje
Está ainda mais belo
Do que o céu,
Já tão belo, de ontem?
Será o despertar
Brilhando o tom,
Ou o tom outonal
Luzindo o amanhecer?
De que adianta perguntar,
Se
Sem
Nem
Mesmo esperar,
O Amanhã
A nos
Esperar
Estará?
Sobrevêm e despencam
Os Ventos, a Metafísica e o Universo
- Com suas catarses amalgamadas ao meu Ser -
Reestruturando minha Natureza.
Deixo de ter aquele medo
Mascarado pelo descaso
Para não tocar meu íntimo
E revelo-me no inesperado
Que o Tempo há tanto regava
Com ares de folhas secas,
Enfim
Maturado...
Na Era do Amor
Tem coisas sobre a Felicidade
Conquistada contigo
Que não precisas saber -
Elas emanam do Silêncio
E no Silêncio seguem
No rumo da Felicidade...
Havia hora, data e local
Para acontecer.
Só precisávamos
Superar a cegueira.
O Mundo é bem maior
Porque mais simples
E para além daquilo que
- Também juntos -
Fracassadamente acreditávamos.
Nessa manhã o Amor
- Verdadeiro e Simples
Como qualquer ato da Natureza -
Gerou mais um despertar espiritual
Em nome da Vida
E prosseguiu...
Tem coisas sobre a Felicidade
Conquistada contigo
Que não precisas saber -
Elas emanam do Silêncio
E no Silêncio seguem
No rumo da Felicidade...
Havia hora, data e local
Para acontecer.
Só precisávamos
Superar a cegueira.
O Mundo é bem maior
Porque mais simples
E para além daquilo que
- Também juntos -
Fracassadamente acreditávamos.
Nessa manhã o Amor
- Verdadeiro e Simples
Como qualquer ato da Natureza -
Gerou mais um despertar espiritual
Em nome da Vida
E prosseguiu...
quinta-feira, 7 de março de 2013
Do Povo, Enfim
Sempre soube dizer "obrigado" e "por favor".
Percebi, noite passada, que terei de aprender
A dizer "sim, senhor",
"Pois não",
"A senhora manda".
Ele pediu licença
E perguntou
Por que eu havia cortado o cabelo.
Consegui um trampo, respondi.
Meu silêncio foi constrangido.
Trampo onde?
Descobri a mim com sua indagação.
Havia me julgado menor
Por ver a minha realidade e dizê-la,
Mas disse sem honra - disse humilhado,
Quase engasgado,
Desprotegido de meu discurso igualitário,
Surpreendido e aburguesado
Pelo tempo e pela miséria
De lições não aprendidas.
Porteiro, respondi.
Seu silêncio percebi vitorioso.
Mas sei que essa vergonha
Que declaro não partiu de seu silêncio,
Senão de minha resposta.
Descubro-me pior naquilo que me é realidade
Para aprender a transformá-la em sonho:
A Vida Real
Que louvo e denuncio
Em gritos e cantos.
Projeto-me a uma estrutura
Mais sólida
Porque simples.
Percebo melhor meus Irmãos Humanos!
Encaixo-me entre as paredes dos dias
Como um satélite na escuridão.
Sempre soube dizer "obrigado" e "por favor".
Percebi, noite passada, que terei de aprender
A dizer "sim, senhor",
"Pois não",
"A senhora manda".
Ele pediu licença
E perguntou
Por que eu havia cortado o cabelo.
Consegui um trampo, respondi.
Meu silêncio foi constrangido.
Trampo onde?
Descobri a mim com sua indagação.
Havia me julgado menor
Por ver a minha realidade e dizê-la,
Mas disse sem honra - disse humilhado,
Quase engasgado,
Desprotegido de meu discurso igualitário,
Surpreendido e aburguesado
Pelo tempo e pela miséria
De lições não aprendidas.
Porteiro, respondi.
Seu silêncio percebi vitorioso.
Mas sei que essa vergonha
Que declaro não partiu de seu silêncio,
Senão de minha resposta.
Descubro-me pior naquilo que me é realidade
Para aprender a transformá-la em sonho:
A Vida Real
Que louvo e denuncio
Em gritos e cantos.
Projeto-me a uma estrutura
Mais sólida
Porque simples.
Percebo melhor meus Irmãos Humanos!
Encaixo-me entre as paredes dos dias
Como um satélite na escuridão.
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
Eu Sou Teu
Quero te buscar, sair dessa pedra!
O mato e o manto do céu:
Teu choro em minha imaginação fértil...
Cartas de dois românticos
Sem olfato
Aprendendo
No tempo e no espaço
Que só o tempo e o espaço
Se desfazendo pelo movimento
Para a dor, a angústia,
O não sei o quê do útero,
O não sei o quê do crânio,
A alma letárgica e atônita
De um na pele do outro,
Para descobrir, finalmente,
Tudo o que poesia é e poderá ser.
A guitarra na caixa de papelão.
A dor de todos.
O choro colorido
De uns passos...
Eu vou também!
Eu vou!
Aqui é tão vazio, mulher!!
As cartas são as mesmas
E cada vez me emocionam mais.
Como as palavras daqueles que sofrem
24 horas igual a mim
E respiram 24 horas igualmente,
Ao ponto de o olhar
Ser um sorriso numa distância
Que olhos não se vêem
Há tantas 24 horas!
"Sento e tomo chá de poejo"
Para essa azia!
O vento, pela janela, não te trará - eu sei.
As palavras e as lágrimas que a rouquidão esboçou
Nos teus olhos pedindo socorro também não
Se eu não caminhar por montanhas
Que desci olhando para o sonho no chão
Ficando para trás,
No gás carbônico de um ônibus
Que sequer lembra de meu calor...
Quero não esquecer da tua mão na minha!
Como esquecer que me lembraste?
As chances são raras...
O tempo, meu anjo, é um assobio gago do vento.
Mas o movimento, o músculo e a coragem
São a salvação dos malditos e desesperados
Que são assim porque nada há para além disso,
Pois que o seu belo está
Exatamente
Nessa perdição,
No ambíguo,
Na inexatidão de porquê diabos choro agora,
Mas sabendo que vale a pena,
Porque sei que estás num éter
Com o meu nome ecoando nos teus sonhos,
Porque estás com a memória
"Do que não foi"
Cansada de perder
Para o que te desafia às 5 da manhã,
Enquanto eu te instigo,
Dessa vez queimado, engessado,
Destemperado,
Bipolarizado,
Castrado.
Quero arriscar tua boca, teu hálito faminto!
Quero arriscar acordar contigo!
Quero arriscar reclamar
Sem ser isso um absurdo
Porque sei que quando a ti me voltar,
Meu movimento será Arte na tela!
Quero arriscar conhecer teu cotidiano!
Qual nossa cidade?
Em que mundo estaremos daqui a dez anos?
Em que segundo gozaste outra vez
Com teus dedos
Querendo minha língua,
Meus dedos, meu Fim?
Eu não conseguirei te mandar isso...
Eu sequer tenho dinheiro
Para ir ao Centro de Porto Alegre!
Eu sou um covarde!
Eu sou um covarde!
Eu sou um covarde!
Eu me escondo nisso que admiras,
Nessa coisa que te faz Amar-me.
Mas eu não te amo de longe.
Pois só Amo quando não choro.
E agora, embora o teu sono não diga,
Estou acariciando teus ombros e seios
Com minhas lágrimas...
Minha especialidade é torrada.
Leite, bergamota, maçã...
Preguiçoso.
Mundo da Lu(a) tua.
Filosofia, empatia, mão estendida.
O povo do crack no Riacho Ipiranga
Destruindo meus sonhos de mais um na humanidade...
Oh, meu Deus, as crianças!
As crianças em nossos corações!
As crianças são lindas!
Socorro!
Por favor, pinta essa noite com tintas de felicidade
Para eu, na distância hercúlea,
Ter, no hino às estrelas,
As cores iluminadas do nosso caminho!
Prometo-te o ineditismo e a consagração de uma canção!
De Amor, Prece, Bênção
E Chaplin, Cortina e Pirulito na Redenção!
Cai, lágrima, que a garganta
Não pode segurar
Esse silêncio!
Tem que cantar
A promessa da inspiração do tempo,
Do espaço, do movimento,
Da coragem, do Humanismo,
Da honestidade mesmo na dor
Daqueles que chorarão
Como eu chorei no meio
Dos que hoje me são Rei e Rainha
E antes não eram sementes nem terra
Porque não se beijavam...
Reflexão:
A última vez que meu coração disparou
Foi quando disseste-me "Amo-te!".
Minhas palavras fizeram-te Amar-me.
Minhas palavras são o que mais Amo.
Portanto, Amo fazer-te Amar-me.
Se Amo teu Amor,
Creio, então, que te Amo
Porque não creio no meu choro...
Quero te buscar, sair dessa pedra!
O mato e o manto do céu:
Teu choro em minha imaginação fértil...
Cartas de dois românticos
Sem olfato
Aprendendo
No tempo e no espaço
Que só o tempo e o espaço
Se desfazendo pelo movimento
Para a dor, a angústia,
O não sei o quê do útero,
O não sei o quê do crânio,
A alma letárgica e atônita
De um na pele do outro,
Para descobrir, finalmente,
Tudo o que poesia é e poderá ser.
A guitarra na caixa de papelão.
A dor de todos.
O choro colorido
De uns passos...
Eu vou também!
Eu vou!
Aqui é tão vazio, mulher!!
As cartas são as mesmas
E cada vez me emocionam mais.
Como as palavras daqueles que sofrem
24 horas igual a mim
E respiram 24 horas igualmente,
Ao ponto de o olhar
Ser um sorriso numa distância
Que olhos não se vêem
Há tantas 24 horas!
"Sento e tomo chá de poejo"
Para essa azia!
O vento, pela janela, não te trará - eu sei.
As palavras e as lágrimas que a rouquidão esboçou
Nos teus olhos pedindo socorro também não
Se eu não caminhar por montanhas
Que desci olhando para o sonho no chão
Ficando para trás,
No gás carbônico de um ônibus
Que sequer lembra de meu calor...
Quero não esquecer da tua mão na minha!
Como esquecer que me lembraste?
As chances são raras...
O tempo, meu anjo, é um assobio gago do vento.
Mas o movimento, o músculo e a coragem
São a salvação dos malditos e desesperados
Que são assim porque nada há para além disso,
Pois que o seu belo está
Exatamente
Nessa perdição,
No ambíguo,
Na inexatidão de porquê diabos choro agora,
Mas sabendo que vale a pena,
Porque sei que estás num éter
Com o meu nome ecoando nos teus sonhos,
Porque estás com a memória
"Do que não foi"
Cansada de perder
Para o que te desafia às 5 da manhã,
Enquanto eu te instigo,
Dessa vez queimado, engessado,
Destemperado,
Bipolarizado,
Castrado.
Quero arriscar tua boca, teu hálito faminto!
Quero arriscar acordar contigo!
Quero arriscar reclamar
Sem ser isso um absurdo
Porque sei que quando a ti me voltar,
Meu movimento será Arte na tela!
Quero arriscar conhecer teu cotidiano!
Qual nossa cidade?
Em que mundo estaremos daqui a dez anos?
Em que segundo gozaste outra vez
Com teus dedos
Querendo minha língua,
Meus dedos, meu Fim?
Eu não conseguirei te mandar isso...
Eu sequer tenho dinheiro
Para ir ao Centro de Porto Alegre!
Eu sou um covarde!
Eu sou um covarde!
Eu sou um covarde!
Eu me escondo nisso que admiras,
Nessa coisa que te faz Amar-me.
Mas eu não te amo de longe.
Pois só Amo quando não choro.
E agora, embora o teu sono não diga,
Estou acariciando teus ombros e seios
Com minhas lágrimas...
Minha especialidade é torrada.
Leite, bergamota, maçã...
Preguiçoso.
Mundo da Lu(a) tua.
Filosofia, empatia, mão estendida.
O povo do crack no Riacho Ipiranga
Destruindo meus sonhos de mais um na humanidade...
Oh, meu Deus, as crianças!
As crianças em nossos corações!
As crianças são lindas!
Socorro!
Por favor, pinta essa noite com tintas de felicidade
Para eu, na distância hercúlea,
Ter, no hino às estrelas,
As cores iluminadas do nosso caminho!
Prometo-te o ineditismo e a consagração de uma canção!
De Amor, Prece, Bênção
E Chaplin, Cortina e Pirulito na Redenção!
Cai, lágrima, que a garganta
Não pode segurar
Esse silêncio!
Tem que cantar
A promessa da inspiração do tempo,
Do espaço, do movimento,
Da coragem, do Humanismo,
Da honestidade mesmo na dor
Daqueles que chorarão
Como eu chorei no meio
Dos que hoje me são Rei e Rainha
E antes não eram sementes nem terra
Porque não se beijavam...
Reflexão:
A última vez que meu coração disparou
Foi quando disseste-me "Amo-te!".
Minhas palavras fizeram-te Amar-me.
Minhas palavras são o que mais Amo.
Portanto, Amo fazer-te Amar-me.
Se Amo teu Amor,
Creio, então, que te Amo
Porque não creio no meu choro...
Corrosão
Te Amo em saudade,
Causa da angústia.
Só poderemos curar essa Dor
Quando nossas peles forem calêndula,
Algodão, leito e descanso -
O sono após o mundo de garfos,
Lanças e venenos desaparecer -
E o fel,
No contato com nossos corpos
Em Alma, Arte e Coração,
Não mais faça da bondade
E da beleza do nosso mundo,
O que os doentes de tanto vazio
Nos tentam causar:
Mais corrosão.
Te Amo em saudade,
Causa da angústia.
Só poderemos curar essa Dor
Quando nossas peles forem calêndula,
Algodão, leito e descanso -
O sono após o mundo de garfos,
Lanças e venenos desaparecer -
E o fel,
No contato com nossos corpos
Em Alma, Arte e Coração,
Não mais faça da bondade
E da beleza do nosso mundo,
O que os doentes de tanto vazio
Nos tentam causar:
Mais corrosão.
terça-feira, 22 de janeiro de 2013
Imaculada Arte
O Mundo terrível
Fica tão
Melhor
Com nossa união:
Grama, terra, azul, canção,
Poesia, olhos extasiados
Na profundidade das Almas.
Há nessa união
Um mundo que eu sei
Que me sabe,
E no qual sou compreendido:
Imaginário,
Miraculoso,
Real.
Mundo de atos apaixonados e destemidos
Do Amor
Em que nos construímos
Imaculados
Pela Arte Vertiginosa,
Conquistada em nossa Humanidade Liberta,
Fertilizando a minha política
- O Amor -
E fundando o meu manifesto -
A Arte!
O Mundo terrível
Fica tão
Melhor
Com nossa união:
Grama, terra, azul, canção,
Poesia, olhos extasiados
Na profundidade das Almas.
Há nessa união
Um mundo que eu sei
Que me sabe,
E no qual sou compreendido:
Imaginário,
Miraculoso,
Real.
Mundo de atos apaixonados e destemidos
Do Amor
Em que nos construímos
Imaculados
Pela Arte Vertiginosa,
Conquistada em nossa Humanidade Liberta,
Fertilizando a minha política
- O Amor -
E fundando o meu manifesto -
A Arte!
Lua e Lobo na Terra Sob o Sol
Sinto teu cheiro por tudo.
Meu casaco:
De um lado a terra;
De outro, vestígios
De teu suor e cabelos.
Meus braço e mão direitos
Esfolados por encaixar-te
Em tamanho êxtase
Sobre o solo fértil.
Meu órgão mais apaixonado
Plantava o Amor nas entranhas
De teus músculos latejantes
E perfumados.
A loucura que o Amor liberta...
A loucura que a falta de Amor priva...
Qual delas queres?
Pelo jeito, serás louca até o fim,
Mesmo que seja Amor o nome da loucura
Que a ignorância te põe camisa de força
E não poesia!
Tua Alma é rara!
Tua mente percorre cores, possibilidades,
Vazios,
Mundos fantásticos,
E conquistas um poeta.
Teu coração te conhece mais
Do que a razão que necessitas impor...
Mas para quem serve tal imposição, Amada?
À noite passada
Quase vomitei fogo
De tanto chorar
Em silêncio
Querendo gritar,
Mas procurei a calma
E apenas me contorci
Com minha memória em teu rosto,
E chorei sem exagero
Para demonstrar a mim mesmo
A razão de minha vinda
E a certeza de meu ato ser
Nada menos do que o nosso Amor!
Pela manhã, me movimentei
Preparando e comendo
Meu desjejum
Às lágrimas...
Então, precisei das palavras
E cantei meu choro justo
Para a Guerreira da Justiça,
E todas as minhas razões e sentimentos,
Simplesmente por ouvi-la, fizeram-se certeza,
E a Fé em nós,
Mais uma Arte criou,
Para o Sol e a Lua
Moldarem nosso reencontro.
Sinto teu cheiro por tudo.
Meu casaco:
De um lado a terra;
De outro, vestígios
De teu suor e cabelos.
Meus braço e mão direitos
Esfolados por encaixar-te
Em tamanho êxtase
Sobre o solo fértil.
Meu órgão mais apaixonado
Plantava o Amor nas entranhas
De teus músculos latejantes
E perfumados.
A loucura que o Amor liberta...
A loucura que a falta de Amor priva...
Qual delas queres?
Pelo jeito, serás louca até o fim,
Mesmo que seja Amor o nome da loucura
Que a ignorância te põe camisa de força
E não poesia!
Tua Alma é rara!
Tua mente percorre cores, possibilidades,
Vazios,
Mundos fantásticos,
E conquistas um poeta.
Teu coração te conhece mais
Do que a razão que necessitas impor...
Mas para quem serve tal imposição, Amada?
À noite passada
Quase vomitei fogo
De tanto chorar
Em silêncio
Querendo gritar,
Mas procurei a calma
E apenas me contorci
Com minha memória em teu rosto,
E chorei sem exagero
Para demonstrar a mim mesmo
A razão de minha vinda
E a certeza de meu ato ser
Nada menos do que o nosso Amor!
Pela manhã, me movimentei
Preparando e comendo
Meu desjejum
Às lágrimas...
Então, precisei das palavras
E cantei meu choro justo
Para a Guerreira da Justiça,
E todas as minhas razões e sentimentos,
Simplesmente por ouvi-la, fizeram-se certeza,
E a Fé em nós,
Mais uma Arte criou,
Para o Sol e a Lua
Moldarem nosso reencontro.
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Sim E Não. Choro E Riso
Sim, meu Amor, choro.
Sobre esse caderno charmoso
De capa vermelha,
Mais uma dedicação a ti.
Não por nós,
Arte castrada que me ilumina e confessa
Tudo em gestos
Porque não sabe mentir,
Senão pela pequenez
Que guarda o ser humano ainda em si.
Sim, Amada, sorrio.
Somos um só nesse mundo
Em que a solidão aniquila,
Mas nós a construímos à nossa maneira
Criando o nosso mundo ininteligível
Para os mesquinhos,
Maldosos,
Sádicos,
Infelizes de espírito!
Tu és diamante!
Eu sou lapidador!
Eu sou bruto.
Tu, a brandura amainando-me.
Em tua terra,
Apenas em ti
E em tua fonte mais íntima
De lapidação posso confiar.
Em tão pouco tempo
Sofri
Por demasiado
O que ambos suportam há muito:
Vocês são meus heróis favoritos
Nessa noite em que minhas lágrimas,
A muito custo, gritam:
Tu não és um covarde, cara!
Para tudo há um limite!
E elas estão certas:
De que adiantaria minha estadia alongar-se
Podendo ela - exatamente -
Ser meu fim
E, consequentemente, por obviedade, o nosso?
Não te culparias eternamente
Caso eu fosse em tua memória um fardo
E não o que posso vir a ser
- Já que nós já somos! -
Visto que tempo e ação tens
Em tuas idéias mais revolucionárias?
Só falta o ato!
Em minha lembrança
Não sei se, agora,
Rio ou choro:
Capim, terra úmida, o perigo,
Teu corpo, meu Deus!
Cabelos por ambos provocados
Até o limiar da dor que põe mais fogo
Na pele e na íris,
Primal fêmea das fêmeas,
Mulher flor de poesia
Que o Sol desabrocha em meu caule,
O suco de minha provocação
Em tua fenda me amando mesmo sem o clímax...
Como não crer em tuas palavras
Com tudo o que teus olhos,
Telefonemas poéticos e graças dizem-me?
A madrugada sempre será sábia quando dedicá-la a ti...
Peço-te coragem!
Pois minha vinda, minha delicadeza
Em cada dedo e tremedeira
E minha força a cada afronta alheia,
Assim como minha partida
Que soará estranha pra ti,
São a própria coragem que te peço,
Pois se até aqui chegamos feito lobos
- Caçadores implacáveis na escuridão -
Poderemos prosseguir como humanos
Na clareza que só o nosso maior Dom
- A Palavra e a Cor -
Tem para nos guiar
Pela fertilidade, destreza, razão e sentimento
Que o ser livre para fazer-se completo
E unir-se leve e profundamente,
Atinge e, então, o Amor provado
Sendo vivido...
Deus... com tudo isso
Pleno em nossa comunhão,
O que será capaz de nos deter?
(Sorrio, pois creio!)
E da lágrima que maculava esse poema,
Dedico-te, Loba de todas as minhas luas,
A certeza de um sono tranquilo
Sobre a fonte inesgotável
Do Amor incitando-te Amor,
Me fazendo acordar
E trazer mais uma vez
Teu coração
Para que, logo,
Inteira,
Venhas!
Sim, meu Amor, choro.
Sobre esse caderno charmoso
De capa vermelha,
Mais uma dedicação a ti.
Não por nós,
Arte castrada que me ilumina e confessa
Tudo em gestos
Porque não sabe mentir,
Senão pela pequenez
Que guarda o ser humano ainda em si.
Sim, Amada, sorrio.
Somos um só nesse mundo
Em que a solidão aniquila,
Mas nós a construímos à nossa maneira
Criando o nosso mundo ininteligível
Para os mesquinhos,
Maldosos,
Sádicos,
Infelizes de espírito!
Tu és diamante!
Eu sou lapidador!
Eu sou bruto.
Tu, a brandura amainando-me.
Em tua terra,
Apenas em ti
E em tua fonte mais íntima
De lapidação posso confiar.
Em tão pouco tempo
Sofri
Por demasiado
O que ambos suportam há muito:
Vocês são meus heróis favoritos
Nessa noite em que minhas lágrimas,
A muito custo, gritam:
Tu não és um covarde, cara!
Para tudo há um limite!
E elas estão certas:
De que adiantaria minha estadia alongar-se
Podendo ela - exatamente -
Ser meu fim
E, consequentemente, por obviedade, o nosso?
Não te culparias eternamente
Caso eu fosse em tua memória um fardo
E não o que posso vir a ser
- Já que nós já somos! -
Visto que tempo e ação tens
Em tuas idéias mais revolucionárias?
Só falta o ato!
Em minha lembrança
Não sei se, agora,
Rio ou choro:
Capim, terra úmida, o perigo,
Teu corpo, meu Deus!
Cabelos por ambos provocados
Até o limiar da dor que põe mais fogo
Na pele e na íris,
Primal fêmea das fêmeas,
Mulher flor de poesia
Que o Sol desabrocha em meu caule,
O suco de minha provocação
Em tua fenda me amando mesmo sem o clímax...
Como não crer em tuas palavras
Com tudo o que teus olhos,
Telefonemas poéticos e graças dizem-me?
A madrugada sempre será sábia quando dedicá-la a ti...
Peço-te coragem!
Pois minha vinda, minha delicadeza
Em cada dedo e tremedeira
E minha força a cada afronta alheia,
Assim como minha partida
Que soará estranha pra ti,
São a própria coragem que te peço,
Pois se até aqui chegamos feito lobos
- Caçadores implacáveis na escuridão -
Poderemos prosseguir como humanos
Na clareza que só o nosso maior Dom
- A Palavra e a Cor -
Tem para nos guiar
Pela fertilidade, destreza, razão e sentimento
Que o ser livre para fazer-se completo
E unir-se leve e profundamente,
Atinge e, então, o Amor provado
Sendo vivido...
Deus... com tudo isso
Pleno em nossa comunhão,
O que será capaz de nos deter?
(Sorrio, pois creio!)
E da lágrima que maculava esse poema,
Dedico-te, Loba de todas as minhas luas,
A certeza de um sono tranquilo
Sobre a fonte inesgotável
Do Amor incitando-te Amor,
Me fazendo acordar
E trazer mais uma vez
Teu coração
Para que, logo,
Inteira,
Venhas!
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