sábado, 18 de maio de 2013

Rubra Violeta

Os donos dos tempos não me comovem.
O povo, meu destino e berço eterno,
Consagrei em meu coração
Com teu canto.
Quem prende o estômago do próximo
Não liberta a mão e o olhar do filho.
A guitarrera cantou
O ventre da América Latina.
Matou-se com um tiro em seu templo.
Seu templo era o seu grito.
Seu rito, sua voz.
Sua consagração era a Vida na Alma,
No corpo, no peito, nas veias expostas.
Exemplo de Humanidade
Despertando minha infância
Sob os ecos de meus pais.
Circo montado,
Na miséria e na beleza natural,
Até a loucura,
Em nome da Arte!
Honra, Amor e Tragédia - o néctar
Extraído das dores
Mais viscerais
Da Humanidade e da Alma
Em nome da Libertação da Alma
Extaseantemente Humana
Da Rubra Violeta Parra!

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