segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Na Minha Cabeça

Na minha cabeça,
A idealização da beleza feminina
Desde a infância.
Portanto, ainda de maneira inocente...

Ela, com toda a espontaneidade
Dos seus olhos negros,
Negaceando minhas intenções
Cerceadas pelo medo.

Mas eu ali: seu e único.
Do sonho
- Por acaso? -
Tornado fato
Na realidade da paixão voraz,
Nas carnes
E na inutilidade da sutileza,
Próprias do contato,
Fracionei doenças.

Exagerados sonhos
Sobre ruas nobres dançando purezas:
A mulher amada,
A cria conquistada com vestígios de uma infância.

Sob circunstâncias espasmódicas
No áureo céu entre o gozo e o declive,
No que viria depois - sempre! -
Juras ruíam
Talentosamente
No fosso do cotidiano.

Improvável amor
Rindo para além da noite
Em chuvas e deslizes.

Como não chorar pelo
Imperdoável
No Amor?

Se tristeza e incompreensão
Soam tons na terra,
Faço do caminho uma canção.
Campos verdes estendidos
Suplicando meu tempo:
Não pude mais plantar
Em vossos agonizantes prados,
Posto, o dia, em ascensão!

Na minha cabeça,
Cabelos negros voando,
Cobrindo um sorriso
Nunca para mim,
Mas espreitador dos meus limites.

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