segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Os Gongos da Vida

Meu corpo
Arriado de doenças
Se move em direção
Ao Nada do Mundo.
Belezas imaturas
Imundiciam-se
Nos cordões das calçadas.
Não somos mais do que a luta.
Se não persistirmos,
O Tempo nos devora!
Sujo Sol do passado:
Arde em mim tua fonte,
Mistura teus dedos elétricos à água
Calma
Do meu horizonte,
Não tardando minha Hora.
O Por do Sol trará a Lua
Essa noite
Ou haverá uma debandada geral
Dos atores eclípticos?
Sob que condições chegarei
A mim outra vez
Já que momento espiritual
E instante essencial
Sofrem os feitiços do Tempo?
Os Gongos da Vida
Ressoam no céu
Feito o signo pueril
De todo nascimento.
Das cordas diluo meus danos
E canto orações às sementes umbilicais da Terra.
Oh!
Satélite e Estrela entrelaçam
Chegada e partida,
Assim fecundando a Saudade,
Ânimo ancestral do Poeta.
Arde na minha carne
O suspiro engasgado da Morte.
Precipita-se na minha aura
A palavra evocada
Do Ventre da Natureza: Luz;
O sentimento
Do Ser Renascido: Amor!
Um gole d'água na Fonte do Presente
E um golpe de sorte entre os seios da Sereia.
Encantado pelo porvir,
Reitero-me Deus nesse dia Humano,
Faço-me Homem nesse Mundo Espiritual
Onde tudo verte
Em nome do que é
São, Cálido, Terno, Livre!

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