quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Do Coração e do Pão

Um dia
Esse osso de minha fronte...
Esses músculos fazendo máscaras...
Egos indecifráveis, um dia...
Escravizadas fontes de nervos
Suportando o intraduzível.
Toda tensão sobre os ombros e as omoplatas,
A fadiga suando sua última gota de sal.
O protuberante Sol de ninguém,
De lugar prometido nenhures,
Para todos erguido pela fé diária.
Um dia
As pernas aos trancos...
Minha mandíbula vaginal
Sulcada de sucos
Vertendo teu gozo épico!
Os "clec-clecs" dos dedos quebrados, rompidos,
Que acordes inventaram
Silêncio...
Tubo digestivo
Os fenômenos intrínsecos ao capital
Vomitando.
Relevância subjetiva
Rasgando todas as tentativas...
Mas a gente segue tentando com a ternura devida.
Oh, tendão enfraquecido:
A palavra da Maldade
Esgotando por ora a Esperança,
Recolhida em contemplação,
Em nome da revolta futura.
Não há de tardar!
Se tardar, problema haverá sido calar!
Oh, prisão do meu corpo só!
Oh, ventre que eu entre potente,
Presente,
Com os dias e as noites solicitando-me frequente!
Um dia, afinal...
Do coração e do pão.
Inteiro compartilhado.
Revolução de vísceras à luz da Comunhão.

Um comentário:

Ritinha disse...

Bom dia!!!
Li sobre você no blog da Fernanda e vim te visitar.
BOM DEMAIS!!!!!
PARABENS PELO BLOG!!!!
Eu adoro descobrir nesse mundo digital pessoas como você, que buscam nas palavras, nas poesias, poemas, sonetos e afins, um jeito de disseminar o bem, o amor, a vida num todo.
Gostei de visita-lo!
bjs e excelente semana
Ritinha