terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Lua e Lobo na Terra Sob o Sol

Sinto teu cheiro por tudo.
Meu casaco:
De um lado a terra;
De outro, vestígios
De teu suor e cabelos.
Meus braço e mão direitos
Esfolados por encaixar-te
Em tamanho êxtase
Sobre o solo fértil.
Meu órgão mais apaixonado
Plantava o Amor nas entranhas
De teus músculos latejantes
E perfumados.
A loucura que o Amor liberta...
A loucura que a falta de Amor priva...
Qual delas queres?
Pelo jeito, serás louca até o fim,
Mesmo que seja Amor o nome da loucura
Que a ignorância te põe camisa de força
E não poesia!
Tua Alma é rara!
Tua mente percorre cores, possibilidades,
Vazios,
Mundos fantásticos,
E conquistas um poeta.
Teu coração te conhece mais
Do que a razão que necessitas impor...
Mas para quem serve tal imposição, Amada?
À noite passada
Quase vomitei fogo
De tanto chorar
Em silêncio
Querendo gritar,
Mas procurei a calma
E apenas me contorci
Com minha memória em teu rosto,
E chorei sem exagero
Para demonstrar a mim mesmo
A razão de minha vinda
E a certeza de meu ato ser
Nada menos do que o nosso Amor!
Pela manhã, me movimentei
Preparando e comendo
Meu desjejum
Às lágrimas...
Então, precisei das palavras
E cantei meu choro justo
Para a Guerreira da Justiça,
E todas as minhas razões e sentimentos,
Simplesmente por ouvi-la, fizeram-se certeza,
E a Fé em nós,
Mais uma Arte criou,
Para o Sol e a Lua
Moldarem nosso reencontro.

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