terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Nesse poema

Entre tantas coisas de que necessito,
o nosso Amor é o meu maior querer bem
pelo meu querer paz.
Às vezes, mulher alada,
não ouço o que me digo
das coisas que a Vida e as pessoas
como tu me ensinam.
No respeito mútuo, deve haver o respeito próprio:
o Amor não divide, mas soma,
multiplica, porém,
somente quando a palavra é
dita pela evolução.
O Sol escapou pela minha mente
quando girei sobre
passos eufóricos e paranóicos.
O trabalho necessário, esperado
- ou qualquer outro - ansiosamente,
angustia àqueles que sonham sem lutar pelos seus sonhos mais reais!
Às vezes, a doença é tão plausível dentro da sanidade
- e vice-versa -
que a rigidez do corpo
se disfarça num sorriso.
A insensatez e o que eu faço dela.
A sensatez e o meu abandono.
Sobre as coisas que compreendo dizer
e entendo pouco,
faço-me o melhor que puder para aprender.
O sono que necessito para refletir
- ou esquecer - o dia,
me dará a calma quando atravessar
as colinas dos sonhos.
O dia será real
num episódio eterno
- ou efêmero - da vida.
Sem perceber que estou,
deposito nessa loucura bruxuleante
a fé inefável
e resgato-me
do curto pesadelo
desse poema.

Péssima ideia, seu agoísta!

Estou com raiva.
Estou com raiva por estar com raiva.
EStou com raiva porque me repeti como se repetem as três Marias pela manhã, pela tarde e pela noite.
Estou com raiva porque tenho de achar na beleza um ponto que a estrague totalmente.
Estou envergonhado pela minha raiva.
Estou sozinho de raiva, com a minha paranóia e a minha culpa imaginando minhas cabeçadas na parede.
Cada vez que me repito a dor é maior e o abismo mais profundo.
É um processo óbvio.
Eu sou óbvio...
Não se acostumem com a minha obviedade, por favor!
Será que isso aqui é autocomiseração?
Esse aqui há?
E o daquele documento anterior?
Como pôde se indispor tão fracassadamente?
O que eu realmente venho fazendo para existir em paz?

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Amor Amor

Nada do que eu escrevesse agora seria a verdade.
Quando se está louco,
nem pôr a loucura
em papel pode ser
expressão da verdade.
Eu me sinto precisando dela,
mas preciso de
serenidade
para tê-la
sem precisar.
Mas eu sempre precisei dela!
Será que só agora, enlouquecido, vi?
Bom, então,
não devo estar louco!
Sinto seu cheiro pelas ruas,
sempre pelos meandros de uma
boa memória
dançando e balançando
seus cabelos crescidos.
Eu penso
o que não precisa-se pensar
porque não passa
pelo sentimento.
Borrados pensamentos
engolindo,
devorando
minha carne.
Meu coração desviando-se de raios
desencantados
vindos lá de cima.
O seu sorriso na minha memória,
na minha
doce sangrenta
saudade.
O seu nariz
tocando o que a boca e a língua
degustaram
e eu suei...
Sobre um jardim de um processo de K.,
procuro recuperar a mim
para, então, construir a casa
onde não sou pego
e ela me é
família!
Oh, Deus!
Os parágrafos anteriores são puros!
O caminhar do poema é verdadeiro!
O jardim: sonho
onde estou e aguardo
a ela como uma deusa
que confia
nesse humano
transformando-a humana
para os passos afins
do Amor mundano,
do Amor Amor!