segunda-feira, 26 de agosto de 2013

O Constante Hálito da Humanidade

Sabes qual o meu principal problema?
Não crer,
Depois de descobrir a Maldade,
Intrínseca a Humanidade,
Que ela possa ser ainda mais má!
A Humanidade é a pior forma de Existência
Num planeta que, sem ela,
Poderia ser tão Humano.
O sonho de Amar é a pior das tristezas.
Oh, Solidão!
Minha amiga,
Minha Amante,
Minha puta constante:
Para que estragar a música com palavras?
O ser humano é o único
Que fomenta a destruição da flor
Estendendo a mesma flor
Ao seu próximo.
O alimento do Espírito
Deveria ser o que transcende
As leis lógicas e patológicas de nossa
Desumanidade.
Sabes: não reclamo da falta de Amor,
Símbolo maior da Humanidade,
Por não ter um Amor.
Reclamo porque ser Humano
Em nosso convívio
Significa descobrir a falácia
Desse Sonho Unívoco.
Não somos todos putas e cafetões
A nos odiarmos.
Ou somos?
É tão doentio e patético
Suplicarmos
Por um fantasma sarcástico
Que chega como o substantivo mar
E some feito o vapor dos encouraçados...
Quanta tristeza carrego
Pelo escoar das águas...
Qual a forma
De não ser engolido
Pela bocarra da mentira
Quando meus lábios suplicam
- A beijos cegos -
Apenas pelo hálito da Verdade?

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