terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Sem frescuras

Sinto que escancarei de vez as portas do meu coração para o nosso Amor, dando-me a chance do instinto primal da Liberdade!
A saudade agora me angustia docemente...
Eu preciso da inocência das crianças, não da ingenuidade dos cegos e automutilados!
A velha tontura torturando o brilho autômato...
Transpiro insegurança no palavrório gaguejante, e tu, mesmo não vendo meus olhos, sabes que direciono para um baixo ponto fixo na minha memória.
Meu desejo pelo sorriso que és capaz de ter para com a vida, faz-me alongar o tempo inútil...
De fantasias desfeitas alimento esperanças.
Recolho-me nesse ferver das histórias fazendo comunhão dilacerante em minha carne faminta desde o primeiro som do dia.
A fuga de alguns insetos me produz um senso peculiar do que minhas desastrosas profecias lunares têm por fuga o respirar concedido pela racionalização do querer bem, e então eu te amo em todo o abandono das necessidades egocêntricas.
Sou um laboratório animado e sem experiência no que dizem eles ser a felicidade.
No entanto, a riqueza está é no despojamento empírico do meu movimento brutal e das minhas batalhas aportadas e naufragadas produzindo meu sorriso e alguns sentidos que não saberei, mas acolhidos em si.
Há um lamento sutil no meu silêncio.
Há um tanto de empáfia na erudição estreita da expressão "laico".
Por favor, meu chapa, explica isso aos doutores!
Ah, como é bom ver esse riso irônico na banguelice sincera do povo!
Para egoístas e senhores, dedico última linha em desapego.