Contraste
Dizem - alguns filhos da puta - com seus sorrisos
Calmos,
Enquanto deslizam de um cômodo para outro
Em suas mansões
Para seus fedelhos bem-nascidos,
Entornando soberba e umbiguismo,
Que nada os irá atingir
Simplesmente porque seus banheiros são feitos de
Mármore
E suas taças de fim de ano, de cristal.
Dizem - alguns filhos da puta - com seus irretocáveis
Gestos
E vestes elegantes,
Enquanto mandam alguém
Apressadamente abrir a porta
Para a entrada de mais um conviva a seus palácios,
Que lá dentro não há espaço
Senão para seus iguais,
Os que lhes oferecem mais lucros,
Os que lhes lambem os sapatos
Porque já trocaram beijos em anéis de noivado
Para salvar-lhes bens e fortunas.
Dizem - alguns filhos da puta - com seu desdém
Pelo penetra da festa
Ao isolá-lo
E dar-lhe as costas e a seu amigo trabalhador
Fazendo a discotecagem, que não são dali,
Por isso, em silêncio nem os fitam
Senão para dizerem
"E aí, negão?
Tu não tem ginga,
Só vai ficar aí paradão
Com teu amigo ruminante?"
Racistas
Reclamando que acabamos
Exatamente
Com aquilo que sempre lhes fartará...
Mas nós, Negões,
Dançamos
Fazendo a nossa cabeça
Com a sutileza de suas surreais instruções
Dentro de seu mundo artificial.
Nós, fora de contexto,
Examinamos o seu ainda usual Francês
Debochando de nossa presença.
Nós, que nada somos,
Descemos da cobertura
E fomos até o sambão -
O pé no empoeirado chão,
O aperto de mão
De um desconhecido irmão
E um contato com uma bela pobre mulher
Ao empunhar o violão.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
sábado, 29 de dezembro de 2012
Quando Chove Ácido
Eu sou um exagero.
Eu sou um exagero.
Eu sou um poeta.
Eu sou um diabo!
O gozo da ditadura.
O traidor sem rumo.
Coração de pedra
Quebrando
Corações solitários.
Mármore escondo
Nas entranhas dos lixos.
Desumano,
Capacito a dança
No ventre da puta.
Sou o macho do acaso.
Sou o macho do acaso.
Tenho o dom
De ir,
De nunca mais...
Megafone do Amor esvaído,
Enquanto a chuva cobre o mendigo.
Meu parco dinheiro
Alimentando seu infortúnio.
Sorri para mais um gole
E sabe que lhe sou amigo
Porque também declaro guerras
Sorrindo.
No meu dia do ano,
Foi meu primeiro presente.
A todos contei do Sol de 24 horas,
Mas apenas a ele nos olhos,
Para o abraço não remunerado,
Simples coexistência.
Mas eu lhe seria veneno
Cinco dias
Depois da festa paternal
Cantando
A Infância e a América Latina
Enquanto atravessava
Pântanos de memória chegando à terra firme
Do presente mais caro:
O tempo do coração.
Uma moeda
Para sumir
O amigo do poeta.
Rua-lar.
Lua-par.
Mais um
Como qualquer código de barras.
Preço imposto
Pelo tédio e pelo nada
Universalizados
Em olhos de cifrões,
Hipnotizados.
Hei, senhor:
Há alguns de nós
Que ainda doemos e doamos
Com a Dor!
Hei, escravo:
visita o inusitado!
Hei, cego:
Espanta-te
Erguendo tua bunda de ferro
A pôr articulações e músculos
À prova da indignidade
Das cidades
Escondidas da televisão
Escondidas da televisão
Retendo a visão!
Há gentes nadando enquanto dormem.
Há gentes nadando enquanto dormem.
Nos seus sonhos,
Comem os ratos e os porcos
Que habitam seus lençóis.
Triângulo da Paz.
Círculo da União.
Palavras do Comprometimento.
Eu lhes sou Grato
Por chover lá fora
E ainda estar aqui,
Simplesmente sentindo...
Ela não chora mais
Porque me enforca de Amor.
Será que a necessidade entenderá
De as palavras compreender,
Salvando-nos, dedicadas?
Digo-me errado,
E já erro, então.
O observar de hoje é mais sonoro
Do que o grito de amanhã.
Eu procuro o ator em mim.
Não porque não saiba fingir,
Mas porque desejo aprender a agir.
Megafone em meu peito
Arfar do silêncio
Corrida em direção ao cérebro perdido
Coração abandonado da minha bondade.
Há coisas com as quais
O coração de um homem tolo como eu
Não pode brincar.
A principal delas
É uma mulher bela
E insana.
Que facilidade uma mente doente
Feito a minha tem para sinalizar esgotamento
Quando
Tudo
Deveria
Recém
Começar...
Será possível escapar
Da segurança
Porque ela me engana
- Momentaneamente -
Devido
Às arestas não aparadas
De símbolos infantis
Que limo dia após dia
A fim de fechar o ciclo da conquista da Razão?
As arestas - esses restos - dizem:
Contágio!
Por isso, trabalho,
Contamino e dissemino
Com a percepção do caos
Para haver Esperança.
Danço no lixo
Engolindo a chuva de línguas tóxicas
Que mentiram-me beijos.
Aplaudo teu grito
E de teu riso compartilho
Quando negam-nos
O poder que temos
Porque
O poder se compra
E nós não temos poder
Para comprar.
Então, vendemos
Poesias para idiotas,
Idolatramos putas,
Escancaramos nossas fraquezas
Para recomeçarmos
Tudo
- Outra vez -
Amanhã.
Sobre Corvos E Pombas
O que há com as minhas palavras
Que insistem em fazer gosto
Aos teus sentidos?
Por que tornei-me inquieto
Para além do que me era
Plausível por escolha?
Em que mandamos, afinal?
Rearranjo o Tempo
A cada palavra bem pensada
A dar o tom real ao peito.
Há chamas
Que reacendem
Com a sutileza inesperada...
Galopo sobre corvos e pombas.
Procuro o sal e o Sol.
De Tempo e de Palavras
Celebrações
Minha Alma eclode
E meu corpo pulsa.
E sob o espaço e o silêncio
Dorme
O meu coração -
Sonhos teus
Me invadindo e libertando
O que denominava proteção...
O que há com as minhas palavras
Que insistem em fazer gosto
Aos teus sentidos?
Por que tornei-me inquieto
Para além do que me era
Plausível por escolha?
Em que mandamos, afinal?
Rearranjo o Tempo
A cada palavra bem pensada
A dar o tom real ao peito.
Há chamas
Que reacendem
Com a sutileza inesperada...
Galopo sobre corvos e pombas.
Procuro o sal e o Sol.
De Tempo e de Palavras
Celebrações
Minha Alma eclode
E meu corpo pulsa.
E sob o espaço e o silêncio
Dorme
O meu coração -
Sonhos teus
Me invadindo e libertando
O que denominava proteção...
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Tanta Água
A música que cantei
Para tuas lágrimas aliviarem tua alma,
Ouço,
Tendo-te na memória
Do dia chuvoso.
Tudo tão doce e intenso
E, no fim, me senti
Doente
Outra vez.
O movimento poético foi a guinada
Para a mente torturante
Dar um alívio.
Se eu conseguisse expressar
Em palavras os sentimentos
Que tive
Confrontando
O que fora tão belo
Dos últimos segundos para trás,
Juro que te deixaria claro
Como em um cris dissipado.
Teu cheiro me faz juntar
Os azuis e vermelhos
De uma cama cinematográfica,
Espelho de teus olhos no meu corpo.
A surpresa sob a chuva
Procedendo
O desprezo e o desprendimento
Do medo e do orgulho,
Mas sem tirar o poder ousado
Que a Liberdade desperta
A quem já sofredor foi.
De úteros castrados e salvos
Falamos enquanto engolia
Minha juventude acovardada,
E mais ainda de minha história
Conhecias...
Como fui e como hoje sou...
Vês?
De diferenças
- Em diferentes discussões subsequentes -
Só percebi mais
Do quanto a palavra,
Mesmo tão necessária para meu alívio e redenção,
Me é atroz,
O símbolo de minha fraqueza
E calar.
Não sei dizer
O quanto de meu desejo afloraste...
Eu era um animal irracional.
Eu era o instinto na jaula
Ao chegar sem ti
Após uma tensa despedida
Em que trouxe teu perfume
Na barba que me protege do frio,
Da solidão.
Confronto de estranhos
Em minha mente.
Sim, sim, sim.
Por segundos me senti mal,
Pois não somos
Como já pudemos...
Há tanto o que esconder?
Pelo jeito, te lixas...
Muito bem, quanto a isso,
Se te encaminhas à Liberdade.
Enxergas
Ouves
Bebes
Imaginas aquelas águas entre tuas pernas?
Teus olhos fechados
Aos meus toques
Te puseram
Submersa em alma:
Eu era o caminho e o rio...
A música que cantei
Para tuas lágrimas aliviarem tua alma,
Ouço,
Tendo-te na memória
Do dia chuvoso.
Tudo tão doce e intenso
E, no fim, me senti
Doente
Outra vez.
O movimento poético foi a guinada
Para a mente torturante
Dar um alívio.
Se eu conseguisse expressar
Em palavras os sentimentos
Que tive
Confrontando
O que fora tão belo
Dos últimos segundos para trás,
Juro que te deixaria claro
Como em um cris dissipado.
Teu cheiro me faz juntar
Os azuis e vermelhos
De uma cama cinematográfica,
Espelho de teus olhos no meu corpo.
A surpresa sob a chuva
Procedendo
O desprezo e o desprendimento
Do medo e do orgulho,
Mas sem tirar o poder ousado
Que a Liberdade desperta
A quem já sofredor foi.
De úteros castrados e salvos
Falamos enquanto engolia
Minha juventude acovardada,
E mais ainda de minha história
Conhecias...
Como fui e como hoje sou...
Vês?
De diferenças
- Em diferentes discussões subsequentes -
Só percebi mais
Do quanto a palavra,
Mesmo tão necessária para meu alívio e redenção,
Me é atroz,
O símbolo de minha fraqueza
E calar.
Não sei dizer
O quanto de meu desejo afloraste...
Eu era um animal irracional.
Eu era o instinto na jaula
Ao chegar sem ti
Após uma tensa despedida
Em que trouxe teu perfume
Na barba que me protege do frio,
Da solidão.
Confronto de estranhos
Em minha mente.
Sim, sim, sim.
Por segundos me senti mal,
Pois não somos
Como já pudemos...
Há tanto o que esconder?
Pelo jeito, te lixas...
Muito bem, quanto a isso,
Se te encaminhas à Liberdade.
Enxergas
Ouves
Bebes
Imaginas aquelas águas entre tuas pernas?
Teus olhos fechados
Aos meus toques
Te puseram
Submersa em alma:
Eu era o caminho e o rio...
Lancinante Espelho
O espelho retalha-me o rosto
E faz sangrar minhas ideias.
Dividir é igual a multiplicar
Se pensarmos metafisicamente,
Se dialogarmos
Com nossa luz e nossa sombra.
Saboreio o que de mim escorre:
Sangue, suor, pus, saliva, câncer.
Tão longo cotidiano:
Passivo o suficiente
Para nada enxergar
No outro
Lá dentro do espelho.
Réplica.
Condução de movimentos
E
Atropelo de vontades.
Sonhos necrosados em meu esôfago.
O sangue que já sinto falta do gosto...
Seringas de algodão
Em meus pesadelos recorrentes
Espetam-me
Não a Vida,
Mas a dúvida de viver.
Restauração ao acordar
Para encantar-me
Com o árduo sonho
De esparramar o sagrado
Profundo
De todas as metáforas que sou,
De toda a certeza
De ser sem nada ser ou querer ser,
Mas sendo
Porque realidade é sonho.
Concreto é o coração:
Como o perfume
E a sede
Que a mulher
Explora a sedução
E conduz meu vício.
Errante é a alma:
Caleidoscópio de memórias
Que o Tempo
Investiga e enforca,
Ou deixa, nelas, goteiras torturantes.
Alguém aí se lembra
De uma tarde longínqua
Tendo parafusos no crânio
Como visita na sala de estar?
Olhe para a pessoa ao seu lado.
Experimente a cadência da mão mais próxima,
Sua textura, seus desejos, seus medos, suas sensações.
Talvez esteja calejada
De chaves-de-fenda
Para existências herméticas,
Talvez, enferrujadas...
Abrigue o seu ser num abraço,
Sem medo.
Olhe nos seus olhos:
Essa pessoa precisa de você,
Da sua mais triste dor,
Do seu mais profundo silêncio,
Da sua mais lancinante comoção
E do ardor que faz vibrar seu coração,
Dos olhos que não lhe reconhecem mais.
Faça dessa pessoa
O seu espelho
E divida-se para
Multiplicarem-se.
O espelho retalha-me o rosto
E faz sangrar minhas ideias.
Dividir é igual a multiplicar
Se pensarmos metafisicamente,
Se dialogarmos
Com nossa luz e nossa sombra.
Saboreio o que de mim escorre:
Sangue, suor, pus, saliva, câncer.
Tão longo cotidiano:
Passivo o suficiente
Para nada enxergar
No outro
Lá dentro do espelho.
Réplica.
Condução de movimentos
E
Atropelo de vontades.
Sonhos necrosados em meu esôfago.
O sangue que já sinto falta do gosto...
Seringas de algodão
Em meus pesadelos recorrentes
Espetam-me
Não a Vida,
Mas a dúvida de viver.
Restauração ao acordar
Para encantar-me
Com o árduo sonho
De esparramar o sagrado
Profundo
De todas as metáforas que sou,
De toda a certeza
De ser sem nada ser ou querer ser,
Mas sendo
Porque realidade é sonho.
Concreto é o coração:
Como o perfume
E a sede
Que a mulher
Explora a sedução
E conduz meu vício.
Errante é a alma:
Caleidoscópio de memórias
Que o Tempo
Investiga e enforca,
Ou deixa, nelas, goteiras torturantes.
Alguém aí se lembra
De uma tarde longínqua
Tendo parafusos no crânio
Como visita na sala de estar?
Olhe para a pessoa ao seu lado.
Experimente a cadência da mão mais próxima,
Sua textura, seus desejos, seus medos, suas sensações.
Talvez esteja calejada
De chaves-de-fenda
Para existências herméticas,
Talvez, enferrujadas...
Abrigue o seu ser num abraço,
Sem medo.
Olhe nos seus olhos:
Essa pessoa precisa de você,
Da sua mais triste dor,
Do seu mais profundo silêncio,
Da sua mais lancinante comoção
E do ardor que faz vibrar seu coração,
Dos olhos que não lhe reconhecem mais.
Faça dessa pessoa
O seu espelho
E divida-se para
Multiplicarem-se.
Sacramento
Seja no acordar diário
Com a imagem
Da mulher Amada em saudade,
Seja no retorno do coma
Quando pedimos
Por nossa mãe,
O Amor é o que levanta os homens.
Seja no cheiro terrível
Da cidade natal,
Seja no terno silêncio
Culminando em sorriso
Quando os olhos se encontram,
O Amor é o que levanta os homens.
Seja no choro desesperado
Das crianças
Nas horas do Desengano,
Seja no sorriso ardente
Quando uma família vibra
Na Fé
Que evolui e protege
Um
Pelo clã,
O Amor é o que levanta os homens.
O volume de esperança emanada
Por cada presença,
Muitas vezes nem vemos,
Mas está na valorosa coragem
De nossos pensamentos,
Em qualquer parte,
Onde o coração se abre para além
De nós mesmos
E faz luzir
A alma
Daqueles que, novamente,
Conseguem caminhar
Estendendo as mãos...
O Amor
- Sacramento! -
É o que levanta os homens!
Seja no acordar diário
Com a imagem
Da mulher Amada em saudade,
Seja no retorno do coma
Quando pedimos
Por nossa mãe,
O Amor é o que levanta os homens.
Seja no cheiro terrível
Da cidade natal,
Seja no terno silêncio
Culminando em sorriso
Quando os olhos se encontram,
O Amor é o que levanta os homens.
Seja no choro desesperado
Das crianças
Nas horas do Desengano,
Seja no sorriso ardente
Quando uma família vibra
Na Fé
Que evolui e protege
Um
Pelo clã,
O Amor é o que levanta os homens.
O volume de esperança emanada
Por cada presença,
Muitas vezes nem vemos,
Mas está na valorosa coragem
De nossos pensamentos,
Em qualquer parte,
Onde o coração se abre para além
De nós mesmos
E faz luzir
A alma
Daqueles que, novamente,
Conseguem caminhar
Estendendo as mãos...
O Amor
- Sacramento! -
É o que levanta os homens!
Libertando
Há dias
Que não lembramos
Das pessoas
Mais Amadas,
Mas isso não significa
O fim do Amor.
Tudo é ciclo.
Movimento é evolução.
Revolução traz
Embates pela paz.
Cada dia, 24 horas.
E, de pedaços dos dias,
O que levamos para o sonho?
O que deixamos de Viver
É aquilo que devemos repensar,
E não punir o tão bem vivido
Compartilhado!
Sempre o Amor!
Na Dor e na Flor...
Há dias
Que não lembramos
Das pessoas
Mais Amadas,
Mas isso não significa
O fim do Amor.
Tudo é ciclo.
Movimento é evolução.
Revolução traz
Embates pela paz.
Cada dia, 24 horas.
E, de pedaços dos dias,
O que levamos para o sonho?
O que deixamos de Viver
É aquilo que devemos repensar,
E não punir o tão bem vivido
Compartilhado!
Sempre o Amor!
Na Dor e na Flor...
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
O Surto do Surdo Só
Tem gente que é a escória da sociedade.
Não importa se tem um emprego,
Onde cagar,
Uma mulher -
E algumas amantes pro ego -
Um filho que consegue alimentar,
Pois ele é incapaz de ouvir
O que é dos outros
Ou aquilo que diz respeito
A um ou outro
Grupo.
É o tipo de gente que não serve
Para a evolução,
Tampouco para qualquer revolução,
Que se julga capaz e superior,
No entanto, estender a mão
Faz apenas para ir em direção
À cara de outro ser humano
Que desejava apenas falar,
Já que,
"Quando um burro fala,
O outro baixa as orelhas"
Ou, como diz mais inteligente ditado,
"Temos dois ouvidos e uma boca".
Esse tipo de gente
Nervosa,
Egoísta
E que não mantém um olho
Para o que ninguém vê -
Escondido em si,
Está fadada à ignorância,
À violência, ao fracasso e ao declínio.
Qual espírito não chega ao rosnado
De besta feral
Após ruminar vorazmente
Silêncios e mentiras,
Traições e malícias escondidas
Em sorrisinhos ardilosos?
Ninguém nasce sabendo Amar,
Mas faz parte dos dias e - exatamente -
Da troca de palavras,
Do ouvir,
O aprendizado para não estarmos
Sós no mundo,
Tampouco sermos
Os reis de um universo tão vasto
Em que o tempo anda junto a esse espaço
Chamado Dignidade de Espírito Coletivo.
Onde?
No silêncio propício ao compartilhar,
Na Paz e no Amor do coração
Que atado reclama,
Pois ainda tão longínquo do
Que se entende como
Respeito e Compreensão
Daquilo e daqueles
Já indiferentes a este,
Só,
De tanta ilusão...
Tem gente que é a escória da sociedade.
Não importa se tem um emprego,
Onde cagar,
Uma mulher -
E algumas amantes pro ego -
Um filho que consegue alimentar,
Pois ele é incapaz de ouvir
O que é dos outros
Ou aquilo que diz respeito
A um ou outro
Grupo.
É o tipo de gente que não serve
Para a evolução,
Tampouco para qualquer revolução,
Que se julga capaz e superior,
No entanto, estender a mão
Faz apenas para ir em direção
À cara de outro ser humano
Que desejava apenas falar,
Já que,
"Quando um burro fala,
O outro baixa as orelhas"
Ou, como diz mais inteligente ditado,
"Temos dois ouvidos e uma boca".
Esse tipo de gente
Nervosa,
Egoísta
E que não mantém um olho
Para o que ninguém vê -
Escondido em si,
Está fadada à ignorância,
À violência, ao fracasso e ao declínio.
Qual espírito não chega ao rosnado
De besta feral
Após ruminar vorazmente
Silêncios e mentiras,
Traições e malícias escondidas
Em sorrisinhos ardilosos?
Ninguém nasce sabendo Amar,
Mas faz parte dos dias e - exatamente -
Da troca de palavras,
Do ouvir,
O aprendizado para não estarmos
Sós no mundo,
Tampouco sermos
Os reis de um universo tão vasto
Em que o tempo anda junto a esse espaço
Chamado Dignidade de Espírito Coletivo.
Onde?
No silêncio propício ao compartilhar,
Na Paz e no Amor do coração
Que atado reclama,
Pois ainda tão longínquo do
Que se entende como
Respeito e Compreensão
Daquilo e daqueles
Já indiferentes a este,
Só,
De tanta ilusão...
Às Minhas Cordas
Há em mim
Uma oscilante doçura,
Uma candura
Que cobro do mundo,
Mas quase dela não compartilho.
Sinto o gosto amargo
De uma receita
Açucarada.
Há uma confusão a mais
Essa noite.
Apenas
Mais uma...
Irei longe sem estrelas.
Vou ao colo
De um violoncelo castrado.
Interrogo minhas solitárias lágrimas
Daquele outro
Entre sinuosas curvas em pó.
Canto, por fim,
Com as minhas cordas
Pondo
Ponto final.
Há em mim
Uma oscilante doçura,
Uma candura
Que cobro do mundo,
Mas quase dela não compartilho.
Sinto o gosto amargo
De uma receita
Açucarada.
Há uma confusão a mais
Essa noite.
Apenas
Mais uma...
Irei longe sem estrelas.
Vou ao colo
De um violoncelo castrado.
Interrogo minhas solitárias lágrimas
Daquele outro
Entre sinuosas curvas em pó.
Canto, por fim,
Com as minhas cordas
Pondo
Ponto final.
domingo, 9 de dezembro de 2012
Num Verão de Agosto
Sobre o teto de meu quarto
Desolado
Sob a luz imunda do silêncio
Estorvado
Pela poluição das gentes,
Há um grito.
Durante todas as horas
Do dia
Acontece essa força
Doentia
Acendendo a minha
Empatia.
Essa voz aguda e indefesa
Que os homens calam
Com as palmas das mãos
E as mulheres calam
De emoção.
Se não me engano, declara-se,
Por essa expressão,
A força pela Vida,
A fraqueza de toda a pureza
Frente aqueles que,
Do Amor,
Queimaram os corpos em flor,
Gerando desprezo e dor.
Há um silêncio na cidade.
E a culpa é minha,
Pois não insisti...
Mas, te juro: eu gritei!
Minha voz ecoou
Até que as músicas soassem
Irrelevantes
- Como em sua maioria -
Pelas ruas e esquinas cada vez mais burocráticas.
De nada adiantou...
Os ônibus seguiram
Nos cuspindo
Monóxido de carbono,
A minha mente prosseguiu doendo,
Os meus olhos incharam de empatia,
Trabalho
E percepção
Para o que há
De mais
Puro
E para o que
Transformam
Em miséria da Alma.
O Verão de Agosto
Me enraiveceu,
Fortalecendo, assim,
As raízes do meu sangue
Derramado
Ao solo de onde colherei
O fruto compartilhado
Com uma indeterminada
Principal Dama.
E nada disso mudou o silêncio
Que há aqui dentro,
Pois o grito calou - destruída Arte
De cantar.
Sobre o teto de meu quarto
Desolado
Sob a luz imunda do silêncio
Estorvado
Pela poluição das gentes,
Há um grito.
Durante todas as horas
Do dia
Acontece essa força
Doentia
Acendendo a minha
Empatia.
Essa voz aguda e indefesa
Que os homens calam
Com as palmas das mãos
E as mulheres calam
De emoção.
Se não me engano, declara-se,
Por essa expressão,
A força pela Vida,
A fraqueza de toda a pureza
Frente aqueles que,
Do Amor,
Queimaram os corpos em flor,
Gerando desprezo e dor.
Há um silêncio na cidade.
E a culpa é minha,
Pois não insisti...
Mas, te juro: eu gritei!
Minha voz ecoou
Até que as músicas soassem
Irrelevantes
- Como em sua maioria -
Pelas ruas e esquinas cada vez mais burocráticas.
De nada adiantou...
Os ônibus seguiram
Nos cuspindo
Monóxido de carbono,
A minha mente prosseguiu doendo,
Os meus olhos incharam de empatia,
Trabalho
E percepção
Para o que há
De mais
Puro
E para o que
Transformam
Em miséria da Alma.
O Verão de Agosto
Me enraiveceu,
Fortalecendo, assim,
As raízes do meu sangue
Derramado
Ao solo de onde colherei
O fruto compartilhado
Com uma indeterminada
Principal Dama.
E nada disso mudou o silêncio
Que há aqui dentro,
Pois o grito calou - destruída Arte
De cantar.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Cidade Baixa
Cidade Baixa:
Stalingrado de Drummond em Porto Alegre.
És o cemitério da cultura, da Arte e da boemia
Após o teu cume.
Querem-te calada,
Mas nossas mãos, instrumentos, corações,
Almas e vozes cantarão
Teu império de felicidade e Liberdade!
Aqueles que te caluniaram
Não enxergam no espelho as próprias carcaças,
Docilidade perdida
Nas estações de seres mal-cuidados...
Aqueles que deveriam te fazer brilhar
Fomentando a transição
Do velho para o novo e sua aproximação,
Culturas
Transitando em igualdade
E em cumprimentos respeitosos,
Te calam com uniformes e autoritarismos
Do século,
Do milênio passado,
Quando cães farejavam as gentes
Por escreverem e gritarem
"Somos Livres!"
Agora, nessa Era de pseudo-liberdades,
Os senhores voltam com as velhas armas
Da Governança do Silêncio:
"Não se expressem!" - gritam eles.
"Por quê?" - indagamos
Após o novo golpe.
"Não te devo explicações, vagabundo!"
Eu estava numa esquina
Tocando minha viola
Com meus amigos...
Resolvi fazer de meu instrumento uma arma!
Essa arma canta flores.
Essa arma desarma os muros da incompreensão.
Essa arma é tocada de Amores.
Essa arma desata os nós da solidão.
Essa arma faz e defende Amigos.
Essa arma faz, luta contra e desfaz inimigos.
Essa arma conspira com nosso arrepio.
Essa arma se propõe Paz
E acalenta os indóceis e mecânicos,
Dispondo-se a um novo e conjugado desafio.
Compreendemos sua ganância
E fome de arrancar
Nossas mais intrínsecas vontades,
Nossos indeléveis sonhos incomensuráveis.
Pois querem-nos párias, néscios,
Abutres de nossa própria cultura.
"Não!" - gritamos.
Somo Humanos
E do senso de humanidade
Vivemos e dependemos.
As marchas, os corres,
As loucuras, as manifestações,
A Lua:
Tudo nas veias de tuas ruas,
Como nas veias de um povo
Vermelho, Amarelo, Branco, Negro Unificado
Em cantos, risos, chuva e Louvor
Ao simples: o Amor
Em alta
Na Cidade Baixa!
Cidade Baixa:
Stalingrado de Drummond em Porto Alegre.
És o cemitério da cultura, da Arte e da boemia
Após o teu cume.
Querem-te calada,
Mas nossas mãos, instrumentos, corações,
Almas e vozes cantarão
Teu império de felicidade e Liberdade!
Aqueles que te caluniaram
Não enxergam no espelho as próprias carcaças,
Docilidade perdida
Nas estações de seres mal-cuidados...
Aqueles que deveriam te fazer brilhar
Fomentando a transição
Do velho para o novo e sua aproximação,
Culturas
Transitando em igualdade
E em cumprimentos respeitosos,
Te calam com uniformes e autoritarismos
Do século,
Do milênio passado,
Quando cães farejavam as gentes
Por escreverem e gritarem
"Somos Livres!"
Agora, nessa Era de pseudo-liberdades,
Os senhores voltam com as velhas armas
Da Governança do Silêncio:
"Não se expressem!" - gritam eles.
"Por quê?" - indagamos
Após o novo golpe.
"Não te devo explicações, vagabundo!"
Eu estava numa esquina
Tocando minha viola
Com meus amigos...
Resolvi fazer de meu instrumento uma arma!
Essa arma canta flores.
Essa arma desarma os muros da incompreensão.
Essa arma é tocada de Amores.
Essa arma desata os nós da solidão.
Essa arma faz e defende Amigos.
Essa arma faz, luta contra e desfaz inimigos.
Essa arma conspira com nosso arrepio.
Essa arma se propõe Paz
E acalenta os indóceis e mecânicos,
Dispondo-se a um novo e conjugado desafio.
Compreendemos sua ganância
E fome de arrancar
Nossas mais intrínsecas vontades,
Nossos indeléveis sonhos incomensuráveis.
Pois querem-nos párias, néscios,
Abutres de nossa própria cultura.
"Não!" - gritamos.
Somo Humanos
E do senso de humanidade
Vivemos e dependemos.
As marchas, os corres,
As loucuras, as manifestações,
A Lua:
Tudo nas veias de tuas ruas,
Como nas veias de um povo
Vermelho, Amarelo, Branco, Negro Unificado
Em cantos, risos, chuva e Louvor
Ao simples: o Amor
Em alta
Na Cidade Baixa!
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
A Sua Companhia
Sim, eu sabia.
Eu sempre soube.
Não deveria ser uma novidade.
Qual o motivo do espanto?
Essa noite chegaria a qualquer momento.
A liberdade trai.
A liberdade exposta, cumprida e selada.
Com a dedicação e a delicadeza
Das palavras mais sinceras.
É mais fácil corroer-me
Do que deixar-me fluir.
Especialmente porque
A minha natural condição psicológica
Vive do imediatismo,
E isso é uma forma de masoquismo
Inconsciente
Ou simplesmente
Impossível de prever e conter.
Pois o voo
Que será em quatorze dias,
E terá repouso de coração juvenil,
É uma espera de nove anos
- Pelo que consigo calcular... -
E nesse tempo todo
Houve luzes acinzentadas
Entristecendo teus olhos verdes
E depois fazendo-me imaginá-los
Sorridentes
Quando redescobri tua voz,
Madura,
Jovial,
Porém incisiva
Sem perder o charme da loucura.
Dúbio sem duvidar da ternura.
Sim, duas sempre.
Essa poesia é feita de tempo,
Estrago e medo,
Espera,
Obsessão,
Sexo,
Paixão,
Ossos e contração.
Não é de Amor,
Senão de possíveis Amores
Que tanto falam...
Incapaz ou Visceral?
Qual valerá mais nesse mundo?
Qual, ao menos, perderá menos?
(Se confundem
Tão bem
Em mim
Esses dois...
Homem deslizado entre tantas coxas,
Experimentado por mulheres
De todos os tipos,
Sorridente ou choroso
Conforme o descaso do Amor,
Conforme a atenção à obsessão.
Corpo que goza profundo
Em carnes
Brancas, morenas, indígenas, negras
Tenho eu as cores de cada orgasmo
Que vi mastigando meu falo
Enquanto eu falava
E, então, desfalecia,
Aqui, mais um pouco de espera...
Quanto à solidão,
Dou-lhe um prato de Poesia
E ela passa à servidão
Para eu agradecer
Sua faminta companhia.
Sim, eu sabia.
Eu sempre soube.
Não deveria ser uma novidade.
Qual o motivo do espanto?
Essa noite chegaria a qualquer momento.
A liberdade trai.
A liberdade exposta, cumprida e selada.
Com a dedicação e a delicadeza
Das palavras mais sinceras.
É mais fácil corroer-me
Do que deixar-me fluir.
Especialmente porque
A minha natural condição psicológica
Vive do imediatismo,
E isso é uma forma de masoquismo
Inconsciente
Ou simplesmente
Impossível de prever e conter.
Pois o voo
Que será em quatorze dias,
E terá repouso de coração juvenil,
É uma espera de nove anos
- Pelo que consigo calcular... -
E nesse tempo todo
Houve luzes acinzentadas
Entristecendo teus olhos verdes
E depois fazendo-me imaginá-los
Sorridentes
Quando redescobri tua voz,
Madura,
Jovial,
Porém incisiva
Sem perder o charme da loucura.
Dúbio sem duvidar da ternura.
Sim, duas sempre.
Essa poesia é feita de tempo,
Estrago e medo,
Espera,
Obsessão,
Sexo,
Paixão,
Ossos e contração.
Não é de Amor,
Senão de possíveis Amores
Que tanto falam...
Incapaz ou Visceral?
Qual valerá mais nesse mundo?
Qual, ao menos, perderá menos?
(Se confundem
Tão bem
Em mim
Esses dois...
Homem deslizado entre tantas coxas,
Experimentado por mulheres
De todos os tipos,
Sorridente ou choroso
Conforme o descaso do Amor,
Conforme a atenção à obsessão.
Corpo que goza profundo
Em carnes
Brancas, morenas, indígenas, negras
Tenho eu as cores de cada orgasmo
Que vi mastigando meu falo
Enquanto eu falava
E, então, desfalecia,
Aqui, mais um pouco de espera...
Quanto à solidão,
Dou-lhe um prato de Poesia
E ela passa à servidão
Para eu agradecer
Sua faminta companhia.
Para Te Encantar Com Um Pássaro Azul
Pega a fúria na minha mão
E faz dos azuis da lascívia
E do céu aberto do Amor
A tua compreensão de liberdade
E direito.
Pois assim sou eu:
Um apaixonado pela mulher
Que me Ama.
Nosso mundo de Arte
Contra
O mundo da grana!
No meu bolso
A saudade e a naturalidade
Perdida de chorar.
Qual força?
O sono profundo?
A insônia poética?
Ora,
A beleza da incógnita!
Mas a certeza
Do sorriso
Daquela que planta uma cidade
Com poesias e cores sensíveis,
Dolorosas,
Feéricas,
Ternas,
Com a nobreza
Do que há de mais profundo e simples...
Oh, sim, a loucura conta
Para aqueles
Que não vivem de espelho.
Mas ela anda dopada
Quando o signo de seu estado bruto
É posto na mão
Dos que têm as chaves
De sua redenção,
Mas, por maldade e ganância,
De branco se vão...
Há tantas cores na loucura:
Como pode ser loucura o que Liberta?
Não te desaponta, querida!
Sobe em minhas ondas,
Asas,
Metáforas, cânticos,
Amada!
Voa!
Vem!
O meu corpo precisa descansar
No bálsamo da tua alma.
A minha alma deseja o teu corpo
Como abrigo, alvorecer e destino.
Toca todas as nuances do tempo.
Reinventa todos os acordes do espaço.
Eu sou um maestro
Suando a matéria-prima dos teus olhos
Colorindo
Cada nota dessa sinfonia a te inspirar,
Buscando,
No inimaginável e nas rochas de tuas dores,
O sorriso
Que treme
Meus lábios,
Onde o frêmito do Amor
Encanta os pássaros...
Pega a fúria na minha mão
E faz dos azuis da lascívia
E do céu aberto do Amor
A tua compreensão de liberdade
E direito.
Pois assim sou eu:
Um apaixonado pela mulher
Que me Ama.
Nosso mundo de Arte
Contra
O mundo da grana!
No meu bolso
A saudade e a naturalidade
Perdida de chorar.
Qual força?
O sono profundo?
A insônia poética?
Ora,
A beleza da incógnita!
Mas a certeza
Do sorriso
Daquela que planta uma cidade
Com poesias e cores sensíveis,
Dolorosas,
Feéricas,
Ternas,
Com a nobreza
Do que há de mais profundo e simples...
Oh, sim, a loucura conta
Para aqueles
Que não vivem de espelho.
Mas ela anda dopada
Quando o signo de seu estado bruto
É posto na mão
Dos que têm as chaves
De sua redenção,
Mas, por maldade e ganância,
De branco se vão...
Há tantas cores na loucura:
Como pode ser loucura o que Liberta?
Não te desaponta, querida!
Sobe em minhas ondas,
Asas,
Metáforas, cânticos,
Amada!
Voa!
Vem!
O meu corpo precisa descansar
No bálsamo da tua alma.
A minha alma deseja o teu corpo
Como abrigo, alvorecer e destino.
Toca todas as nuances do tempo.
Reinventa todos os acordes do espaço.
Eu sou um maestro
Suando a matéria-prima dos teus olhos
Colorindo
Cada nota dessa sinfonia a te inspirar,
Buscando,
No inimaginável e nas rochas de tuas dores,
O sorriso
Que treme
Meus lábios,
Onde o frêmito do Amor
Encanta os pássaros...
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Contemplando Olhos de Peixe
De que adiantam
Tenho
Vês, olhos de peixe morto,
De que serviria
Se calo
Sedutora pele...
Aqueles amigos ordinários
O que há de louvável
Reza no silêncio
Sob teus lábios,
Não percebias?
De que adiantam
Olhos belos
Se mal podes ver-me
Com o que te intoxica
No olhar?
Tenho
Dias e noites
De desespero e bandeira -
Deslizando na organicidade
Da tua percepção,
Ainda mais a empunho
No clarão de tua aurora!
Sugiro tua angústia
Porque pareces com o meu espelho
Quando eu fugia de ti.
Vês, olhos de peixe morto,
Quão Humano pode ser
Teu olhar?
De que serviria
Eu lapidar teu ego
Se o que mais precisas
É da realidade não esquecida
Para renovar-te
Na manhã da Vitória e do Amor?
Se calo
É porque meu dom
É quietinho
E ritmado para
Dançar-te minha canção...
Sedutora pele...
Boca seca,
Ra-
cha-
da,
Beijo de tresloucada
Dobrando a esquina da minha Vida.
Aqueles amigos ordinários
Estarão para sempre
Em teu coração
Despertado a cada dia.
Prossegue na incógnita!
O que há de louvável
Em preços altos e arquétipos,
Quando a alma daqueles
São vazias
E desprovidas de Empatia?
Reza no silêncio
A fé de um dia
Inteiro
Com a boca no mundo!
Sob teus lábios,
O perfume,
Entremeado
À minha filosofia,
Cativava
O que já era
Liberto aos teus olhares...
Não percebias?
O que é certo senão
Cada percepção
Para a ação,
O olfato
E a mútua contemplação?
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Plantio
Deixe-o ir...
Assim como passa,
Em melhor estado voltará.
Razão não há
No que é próprio
Para acorrentar.
A impropriedade
Fustiga
Todo o egocêntrico.
Lunático escravo sonoro
Tolo aprendiz de cordas
Tórrida erupção da Alma:
O silêncio é cativo
Àquele que percebe
E
Toda suspeita encontrará ruídos...
E quando
Todos os povos do Mundo
Forem irmãos
E elos sem cercas
Sobre a Terra,
Nós chegaremos
A um Tempo em que
Todos os dias
Serão dias de todos
E o Amor terá juízo.
Deixe-o ir...
Assim como passa,
Em melhor estado voltará.
Razão não há
No que é próprio
Para acorrentar.
A impropriedade
Fustiga
Todo o egocêntrico.
Lunático escravo sonoro
Tolo aprendiz de cordas
Tórrida erupção da Alma:
O silêncio é cativo
Àquele que percebe
E
Toda suspeita encontrará ruídos...
E quando
Todos os povos do Mundo
Forem irmãos
E elos sem cercas
Sobre a Terra,
Nós chegaremos
A um Tempo em que
Todos os dias
Serão dias de todos
E o Amor terá juízo.
sexta-feira, 13 de julho de 2012
terça-feira, 26 de junho de 2012
O Amor
Só o Amor Liberta,
Só o Amor Liberta,
Amor a si próprio, ao Próximo, a Natureza.
A quem tanto necessita de um olhar
Para a sua miséria interior ser
- Nem que por um segundo apenas -
Amenizada.
Amor a quem simplesmente quer ser livre
E não pode
Devido às contingências da Vida: isso é compreender.
Amor àqueles que não percebem que sem o Amor
Nada anda,
Porque andar é empatia
E empatia são mãos dadas:
Caos de cegos de olhos atentos ao brilho do espelho.
Amor na noite mais solitária da alma,
Sabendo que por pior que esteja,
Amanhã,
O corpo
- Essa ferramenta do ser anímico -
Se reerguerá para a Vida,
E a alma se renovará
No primeiro olhar ao redor da penumbra
À espera da melhor e primeira Luz!
Amor pelas crianças - a sabedoria calada de existir
Para nos fazer pensar e sentir.
Amor pela mulher: acolhedora da Vida do Mundo,
A terra mais fértil de sustentação dos povos
Clamando por Liberdade, Música e Dança.
Amor por um instante como esse,
Em que as palavras não são apenas palavras,
Mas surpresas,
Pois que palavras arrepiam e satisfazem
O que em essência somos:
Humanos feitos, vividos e tombados
Pela bandeira do único caminho:
O Amor!
A quem tanto necessita de um olhar
Para a sua miséria interior ser
- Nem que por um segundo apenas -
Amenizada.
Amor a quem simplesmente quer ser livre
E não pode
Devido às contingências da Vida: isso é compreender.
Amor àqueles que não percebem que sem o Amor
Nada anda,
Porque andar é empatia
E empatia são mãos dadas:
Caos de cegos de olhos atentos ao brilho do espelho.
Amor na noite mais solitária da alma,
Sabendo que por pior que esteja,
Amanhã,
O corpo
- Essa ferramenta do ser anímico -
Se reerguerá para a Vida,
E a alma se renovará
No primeiro olhar ao redor da penumbra
À espera da melhor e primeira Luz!
Amor pelas crianças - a sabedoria calada de existir
Para nos fazer pensar e sentir.
Amor pela mulher: acolhedora da Vida do Mundo,
A terra mais fértil de sustentação dos povos
Clamando por Liberdade, Música e Dança.
Amor por um instante como esse,
Em que as palavras não são apenas palavras,
Mas surpresas,
Pois que palavras arrepiam e satisfazem
O que em essência somos:
Humanos feitos, vividos e tombados
Pela bandeira do único caminho:
O Amor!
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Pensamentos e Ações na Abundância da Percepção
Hás vezes,
Hás vezes,
Tenho pensamentos tão maldosos
A respeito de mim e dos que Amo,
Que mal posso crer na cara revisitada no espelho,
Que não suporto até quase desmaiar de dor em meu crânio
A secar minha garganta e a me fazer suar a fronte.
Os delírios, violentos e cruéis, impossibilitam-me de conviver.
Sou um predador ganancioso
Ao mesmo tempo
Que uma presa preguiçosa.
Invado-me de iras
E desoriento motivos com falsas percepções
- Ou percepções -
Que para nada servem se eu não gritar.
O pior vício do ser humano é não usar do seu dom
- O único que nos diferencia dos outros animais -
O Pensar,
Que nos leva à fala,
Única via de entendimento real
- E vital -
Para a nossa sobrevivência harmônica.
O calar abre vulcões de sangue e pus,
Desenvolve cânceres e lágrimas
Tardias
Nas peles daqueles que
- Por desordem da humanidade -
Se alheiam em revoltas
E distraem sua dor e solidão
Falando com animais de estimação
Em seus apartamentos pulguentos
Ao invés de irem pedir desculpas aos seus irmãos
Ou estenderem a mão a um amigo...
Vivemos na era da solidão acompanhada por cães,
Da solidão abatida falsamente por meios tecnológicos...
Esquecemos, Humanidade,
De que o mais complexo está no mais simples,
E tornamo-nos simplórios
Achando termos galgado
Graus elevadíssimos de sabedoria
Em retóricas e avanços científicos ultra-secretos.
O que não é ilusão, afinal?
Não está mais vivo hoje aquele que,
Finalmente,
Há poucas horas
Se iluminou paz no meu peito
Do que o mesmo aquele
Que, ontem, respirava para não desvanecer?
É tudo uma questão de Percepção
Para o dia fazer-se rico ou pobre.
De braços abertos para o mundo,
Deslizo em mim
Através de encontros e descobertas
Que sorriam à minha porta.
Só pude sorrir junto quando a abri.
Havia bem mais do que eu já supunha abundância...
terça-feira, 17 de abril de 2012
Esperando na Escuridão
A percepção de haver chegado
A meio passo da mais miserável
Escuridão da alma
E não ter resvalado depressão abaixo,
Faz-me um homem mais forte
E mais maduro essa noite.
Aquele que jamais esteve
Com o ser completamente submerso
Na solidão irrevogável,
Como saberá contestar isso que
- Assombrosa sensação envolvendo
O éter e a carne sofridos -
Só os que vão aos extremos catastróficos da mente
Podem, exatamente por não se absterem
Dessa inexorável dor,
Ter essa como o algoz aliado
Para o próprio valor
Que a paciência traz
A quem supera?
A percepção de haver chegado
A meio passo da mais miserável
Escuridão da alma
E não ter resvalado depressão abaixo,
Faz-me um homem mais forte
E mais maduro essa noite.
Aquele que jamais esteve
Com o ser completamente submerso
Na solidão irrevogável,
Como saberá contestar isso que
- Assombrosa sensação envolvendo
O éter e a carne sofridos -
Só os que vão aos extremos catastróficos da mente
Podem, exatamente por não se absterem
Dessa inexorável dor,
Ter essa como o algoz aliado
Para o próprio valor
Que a paciência traz
A quem supera?
Nunca 'Para Nunca'
Não nos enganemos
com a expressão
"para sempre"!
O que ela sugere
senão um êxtase momentâneo
à medida que o relógio progride
e os acontecimentos
nos amadurecem?
Temos, sempre,
apenas 24 horas para Viver!
Por que não,
então,
um tanto de Amor
a cada dia?
com a expressão
"para sempre"!
O que ela sugere
senão um êxtase momentâneo
à medida que o relógio progride
e os acontecimentos
nos amadurecem?
Temos, sempre,
apenas 24 horas para Viver!
Por que não,
então,
um tanto de Amor
a cada dia?
Substância
É tão fácil teu cavaleiro poeta
se arriscar que,
a essa altura,
o risco é paz.
É o único caminho não percorrido,
apesar de, contigo,
ter vivido a paz tão docemente.
Mas como era bom,
e é de praxe adoecer com bondade,
tive de cortar crepúsculos insanos,
noites estúpidas
e dias vazios
para a memória de ti
eliminar
a voracidade por derrotas
e alimentar
o meu tempo
com a substância que me move
ao profundo coração tão negado a ti,
mas há muito já teu
sem que eu percebesse:
o Amor...
se arriscar que,
a essa altura,
o risco é paz.
É o único caminho não percorrido,
apesar de, contigo,
ter vivido a paz tão docemente.
Mas como era bom,
e é de praxe adoecer com bondade,
tive de cortar crepúsculos insanos,
noites estúpidas
e dias vazios
para a memória de ti
eliminar
a voracidade por derrotas
e alimentar
o meu tempo
com a substância que me move
ao profundo coração tão negado a ti,
mas há muito já teu
sem que eu percebesse:
o Amor...
(E)terna
Eternamente
Terna
Mente terna
Ternamente
Elã
Ela
Elaine.
Essa calma,
linda,
é o Amor.
Tenho uma surpresa:
um presente que contém
o símbolo de minha incógnita
desvendada por teu Amor:
então, somos um - nós!
"Quem nunca fez a pergunta
'quem sou eu?'
jamais vai supor a ideia
de estar vivo"
é o que me digo todos os dias
ao abrir os olhos,
estes mesmos que tanto
te procuram
para encontrar perguntas mais leves.
O que mais poderia eu querer senão
tudo o que me instigas
a vontade de crescer?
"A paciência é a virtude daqueles que têm Fé!",
repito-me
cruzando ruas
sobre minhas pernas em rumo.
Há na Alma de cada palavra um desejo.
Tudo tão limpo através do que sentimos
que toda frase sustenta a mais celestial
melodia.
Tudo a um passo da Ternura...
Terna
Mente terna
Ternamente
Elã
Ela
Elaine.
Essa calma,
linda,
é o Amor.
Tenho uma surpresa:
um presente que contém
o símbolo de minha incógnita
desvendada por teu Amor:
então, somos um - nós!
"Quem nunca fez a pergunta
'quem sou eu?'
jamais vai supor a ideia
de estar vivo"
é o que me digo todos os dias
ao abrir os olhos,
estes mesmos que tanto
te procuram
para encontrar perguntas mais leves.
O que mais poderia eu querer senão
tudo o que me instigas
a vontade de crescer?
"A paciência é a virtude daqueles que têm Fé!",
repito-me
cruzando ruas
sobre minhas pernas em rumo.
Há na Alma de cada palavra um desejo.
Tudo tão limpo através do que sentimos
que toda frase sustenta a mais celestial
melodia.
Tudo a um passo da Ternura...
Filhote de Poeta
Um raio
pode cair, sim,
duas vezes no mesmo lugar!
Há maldade na humanidade.
Não há humanidade na maldade.
Toque pelo menos uma vez por dia
na cabeça de uma criança que passa:
a fadiga
e os pés inchados
agradecerão
pelo gesto de sua mão.
Silencioso trabalho:
inauguração da fonte.
Bebo dessa água
há muito para errar
a pontaria
no momento propício
ao mergulhar...
Fácil é a composição
das formas sensuais
do ladrão com a moça abandonada:
triste dor de lágrims sorridentemente agradecidas,
éter dos Éteres na imensidão notívaga:
assim
se cria
e se executa
uma canção.
pode cair, sim,
duas vezes no mesmo lugar!
Há maldade na humanidade.
Não há humanidade na maldade.
Toque pelo menos uma vez por dia
na cabeça de uma criança que passa:
a fadiga
e os pés inchados
agradecerão
pelo gesto de sua mão.
Silencioso trabalho:
inauguração da fonte.
Bebo dessa água
há muito para errar
a pontaria
no momento propício
ao mergulhar...
Fácil é a composição
das formas sensuais
do ladrão com a moça abandonada:
triste dor de lágrims sorridentemente agradecidas,
éter dos Éteres na imensidão notívaga:
assim
se cria
e se executa
uma canção.
Carpe Diem
Sou o andarilho dos dias,
o lunático solitário.
Ontem já passou
e a experiência
me traz proveitos em tudo.
Amanhã?
Quem saberá?
o lunático solitário.
Ontem já passou
e a experiência
me traz proveitos em tudo.
Amanhã?
Quem saberá?
Subjetivismo Biológico
Contrariando
leis físicas e matemáticas,
dois corpos
podem ocupar
o mesmo espaço
ao mesmo tempo
e 1 + 1 = 3.
Resultados diferentes daqueles... lógicos...
Isso é Vida!
O subjetivo poder
do organismo em Poesia!
leis físicas e matemáticas,
dois corpos
podem ocupar
o mesmo espaço
ao mesmo tempo
e 1 + 1 = 3.
Resultados diferentes daqueles... lógicos...
Isso é Vida!
O subjetivo poder
do organismo em Poesia!
Amada Com Cordas
Toda vez que estive preso,
me libertaste
com teu corpo
onduloso
encaixado ao meu peito,
ajustado às minhas mãos,
que era por onde
eu começava a dizer.
Toda a angústia momentânea
se esparramava
de uma ideia surgida em ti,
um sentimento
intrínseco
a nossa história.
Chegavas à minha poesia e,
minuciosamente, - muitas vezes
aos prantos ou aos arrepios -
minha Alma sobre ti punha cor
no éter
com íntimo contato.
Fazíamos Amor sem pressa,
que pressa
é para quem não sabe se dar.
Cada carícia, uma resposta peculiar.
Enclausurados
na momentânea masmorra do Amor,
onde havia Liberdade,
que se dava na mente,
no desejo,
no tocar.
Mas em solidão também:
sobre pontes das quais poderia voar.
E em ruas
pelas quais o ar que me tirava o ar
me empurrava para dentro do meu olhar para dentro
e eu encontrava-me a cantarolar,
imaginando-te, Amada,
por mim ainda intocada.
Belíssima, resplandecias à minha espera
entre rascunhos,
conclusões metafóricas,
sonhos e medos
de dor e de Amor.
E quando eu achava
ter o poder sobre ti...
Oh, pobre de mim!
A intuição me levava
ao teu conforto atemporal,
mas as minhas carícias
eram concluídas
com o gozo,
e dele,
eras tu quem indicavas
os ventos da próxima composição...
me libertaste
com teu corpo
onduloso
encaixado ao meu peito,
ajustado às minhas mãos,
que era por onde
eu começava a dizer.
Toda a angústia momentânea
se esparramava
de uma ideia surgida em ti,
um sentimento
intrínseco
a nossa história.
Chegavas à minha poesia e,
minuciosamente, - muitas vezes
aos prantos ou aos arrepios -
minha Alma sobre ti punha cor
no éter
com íntimo contato.
Fazíamos Amor sem pressa,
que pressa
é para quem não sabe se dar.
Cada carícia, uma resposta peculiar.
Enclausurados
na momentânea masmorra do Amor,
onde havia Liberdade,
que se dava na mente,
no desejo,
no tocar.
Mas em solidão também:
sobre pontes das quais poderia voar.
E em ruas
pelas quais o ar que me tirava o ar
me empurrava para dentro do meu olhar para dentro
e eu encontrava-me a cantarolar,
imaginando-te, Amada,
por mim ainda intocada.
Belíssima, resplandecias à minha espera
entre rascunhos,
conclusões metafóricas,
sonhos e medos
de dor e de Amor.
E quando eu achava
ter o poder sobre ti...
Oh, pobre de mim!
A intuição me levava
ao teu conforto atemporal,
mas as minhas carícias
eram concluídas
com o gozo,
e dele,
eras tu quem indicavas
os ventos da próxima composição...
segunda-feira, 12 de março de 2012
O Doce da Boneca
Ela me olha com seus olhos
de teatro apaixonado
a me conquistar em canção.
Eu respondo com a musicalidade dos meus
a melodiar seu corpo,
instrumento de poesia da noite lasciva.
Somos, ambos,
vias da humanidade rara
tão essencial.
Somos, juntos,
compostos da paixão
subindo
até o mais belo amanhecer
no meu gosto doce
que ela veio colher...
de teatro apaixonado
a me conquistar em canção.
Eu respondo com a musicalidade dos meus
a melodiar seu corpo,
instrumento de poesia da noite lasciva.
Somos, ambos,
vias da humanidade rara
tão essencial.
Somos, juntos,
compostos da paixão
subindo
até o mais belo amanhecer
no meu gosto doce
que ela veio colher...
Estúpida Memória
De novo submerso na extensão da memória...
Fragmentos do tempo
- não enclausurado -
mas sob a forma e o conteúdo
me abstive de tudo o que não fosse lembrança...
A tarde do beijo.
A outra do sexo.
As tantas outras do solitário e afoito Amor.
Nada que se possa vencer.
Tudo quanto soou o limite...
Fragmentos do tempo
- não enclausurado -
mas sob a forma e o conteúdo
me abstive de tudo o que não fosse lembrança...
A tarde do beijo.
A outra do sexo.
As tantas outras do solitário e afoito Amor.
Nada que se possa vencer.
Tudo quanto soou o limite...
Agonia
Sim,
me sinto magoado,
oscilante,
dolorido.
Mas eu sei que isso
faz parte da minha natureza,
e ela é vil
e independe da minha vontade,
usa o que tenho
de mais belo para,
nos atos dessa beleza,
estragar-me,
fazer-me desconhecido
perante mim mesmo.
Mas, tendo eu sapiência disso,
tenho de ter sempre
- todos os dias,
às vezes mais, às vezes menos -
a força para confrontar
essa picardia que meu cérebro
apronta com meu coração.
É o que faço agora!
Com o plantio de nervos no meu coração
para o apaziguamento
que estende a mão para o cérebro
e para o corpo,
fazendo-me o Ser inteiro
que pode ser vários,
mas não divisível
a disparar para a agonia!
me sinto magoado,
oscilante,
dolorido.
Mas eu sei que isso
faz parte da minha natureza,
e ela é vil
e independe da minha vontade,
usa o que tenho
de mais belo para,
nos atos dessa beleza,
estragar-me,
fazer-me desconhecido
perante mim mesmo.
Mas, tendo eu sapiência disso,
tenho de ter sempre
- todos os dias,
às vezes mais, às vezes menos -
a força para confrontar
essa picardia que meu cérebro
apronta com meu coração.
É o que faço agora!
Com o plantio de nervos no meu coração
para o apaziguamento
que estende a mão para o cérebro
e para o corpo,
fazendo-me o Ser inteiro
que pode ser vários,
mas não divisível
a disparar para a agonia!
Fel
Meus olhos não dizem,
jamais poderiam deixar claro
o quanto vario por dentro.
Ninguém acreditaria na complexidade que a mente,
entre plantas afogadas por tormentas
e inspirações de um ar denso a diluir-se
pelo processo da concentração,
deságua no espelho tão fiel a dor e ao sarcasmo
dela derivado para preencher-me com o meu melhor.
No entanto, há gente mais egoísta do que eu,
que sou cruel olho no olho
e não através dos disfarces
de uma nova fuga planejada.
A liberdade que eu me dei
não foi para mostrar aos outros
que podia ser livre,
senão para salvar-me da autodestruição.
No ponto em que cheguei,
a cota de covardias
- aquela do cagão e aquela do maior contra o menor -
acabaram,
e o sublime disso é que luziu a fieldade
da Alma, do Coração e do Corpo
transpostos em Arte.
Sendo esse artifício - a Arte - o fim e o ponto de partida
simultaneamente,
desferi
vômitos, gritos, lágrimas,
compreensões,
experiências submetidas a traições,
luta, paixão, força,
carinho, espera, paciência,
fé, Amor, dignidade,
mesmo que isso soasse errado
em determinados momentos...
Não vou pedir perdão
nem chorar
por ter errado fazendo com razão
o que me liberta:
o sentimento puro do instante!
Castração é para aqueles que morrem de medo
e escondem o coração outrora repartido,
porque o Amor Verdadeiro
lhes faria mudar
através de dores insuperáveis para eles,
seres castigados por abandonos
dizimando,
na fuga,
as emoções de seus Amores.
Oh... É tanta dor!
Não somos,
no Amor,
um projétil lançado ao céu
sempre em direção ao abismo?
O que carrego em mim
é a alegoria da simplicidade,
porque Poesia é pensamento incondicional.
A febre
de pessoas que não raciocinam
me dá dor no pensar.
Vou usar minha empatia para algo que valha a pena...
Não basta lembrarmos das lições dos mortos pelo Câncer.
Temos de Honrá-las!
Por isso, mais uma Poesia amarga
para a dor de quem verte fel
pela própria incompreensão
do que seja Amor...
jamais poderiam deixar claro
o quanto vario por dentro.
Ninguém acreditaria na complexidade que a mente,
entre plantas afogadas por tormentas
e inspirações de um ar denso a diluir-se
pelo processo da concentração,
deságua no espelho tão fiel a dor e ao sarcasmo
dela derivado para preencher-me com o meu melhor.
No entanto, há gente mais egoísta do que eu,
que sou cruel olho no olho
e não através dos disfarces
de uma nova fuga planejada.
A liberdade que eu me dei
não foi para mostrar aos outros
que podia ser livre,
senão para salvar-me da autodestruição.
No ponto em que cheguei,
a cota de covardias
- aquela do cagão e aquela do maior contra o menor -
acabaram,
e o sublime disso é que luziu a fieldade
da Alma, do Coração e do Corpo
transpostos em Arte.
Sendo esse artifício - a Arte - o fim e o ponto de partida
simultaneamente,
desferi
vômitos, gritos, lágrimas,
compreensões,
experiências submetidas a traições,
luta, paixão, força,
carinho, espera, paciência,
fé, Amor, dignidade,
mesmo que isso soasse errado
em determinados momentos...
Não vou pedir perdão
nem chorar
por ter errado fazendo com razão
o que me liberta:
o sentimento puro do instante!
Castração é para aqueles que morrem de medo
e escondem o coração outrora repartido,
porque o Amor Verdadeiro
lhes faria mudar
através de dores insuperáveis para eles,
seres castigados por abandonos
dizimando,
na fuga,
as emoções de seus Amores.
Oh... É tanta dor!
Não somos,
no Amor,
um projétil lançado ao céu
sempre em direção ao abismo?
O que carrego em mim
é a alegoria da simplicidade,
porque Poesia é pensamento incondicional.
A febre
de pessoas que não raciocinam
me dá dor no pensar.
Vou usar minha empatia para algo que valha a pena...
Não basta lembrarmos das lições dos mortos pelo Câncer.
Temos de Honrá-las!
Por isso, mais uma Poesia amarga
para a dor de quem verte fel
pela própria incompreensão
do que seja Amor...
terça-feira, 6 de março de 2012
Alguns Versos Para Cantar?
Sempre o maldito espaço.
Sempre o infernal tempo.
Aprendi que palavras
nada valem para as pessoas.
Isso não é mais triste apenas
do que delas desistir.
Por quem mais
- quando estendo a mão ao afago -
sou conduzido senão ao sentir?
Em sua companhia,
a nada e a ninguém ignoro,
pois assim me encontro
no mundo profuso do que
- sem julgar -
exponho essência.
Sempre o infernal tempo.
Aprendi que palavras
nada valem para as pessoas.
Isso não é mais triste apenas
do que delas desistir.
Por quem mais
- quando estendo a mão ao afago -
sou conduzido senão ao sentir?
Em sua companhia,
a nada e a ninguém ignoro,
pois assim me encontro
no mundo profuso do que
- sem julgar -
exponho essência.
Improvável
Quando eu penso,
as reflexões constróem vias
até meu organismo,
e o meu corpo reage.
Quando eu sinto,
o arrepio que da Alma transborda
banha moléculas engessadas
e restaura partículas.
Por isso, gesticulo tanto,
solitário,
transeunte
vagando pelas ruas
enquanto dos que riem
ou rejeitam meus trejeitos,
penso:
"será que pensavam algo antes ou depois
de por mim passarem e, então,
raciocinam?"
Não sou tão importante, é claro.
E, afinal, têm os que conseguem ficar com a cabeça vazia.
Invejo-os...
Mas enquanto escrevo essa reflexão,
parado sob meu guarda-chuva
sob a chuva quente,
um deles disse algo sobre
o fato de eu estar imerso
em minhas anotações...
Bem, alguma Alma
tocada
numa atmosfera
qualquer...
as reflexões constróem vias
até meu organismo,
e o meu corpo reage.
Quando eu sinto,
o arrepio que da Alma transborda
banha moléculas engessadas
e restaura partículas.
Por isso, gesticulo tanto,
solitário,
transeunte
vagando pelas ruas
enquanto dos que riem
ou rejeitam meus trejeitos,
penso:
"será que pensavam algo antes ou depois
de por mim passarem e, então,
raciocinam?"
Não sou tão importante, é claro.
E, afinal, têm os que conseguem ficar com a cabeça vazia.
Invejo-os...
Mas enquanto escrevo essa reflexão,
parado sob meu guarda-chuva
sob a chuva quente,
um deles disse algo sobre
o fato de eu estar imerso
em minhas anotações...
Bem, alguma Alma
tocada
numa atmosfera
qualquer...
Carências...
Toda vez que tua mãe me olhou,
disse,
em silêncio:
"coitado desse guri...
será que não percebe?",
ao invés de:
"bá! Que felicidade ver minha filha bem,
tomando rumo na vida!"
Sempre um olhar surpreso
por minha inocente idiotice...
O idiota - invariavelmente - cairá
na mesma cilada contra as mesmas armas...
Isso é fato...
A novidade é a novidade,
e não a fenda entre tuas pernas,
com a qual faço da vida um encanto
que tu não respeitas após todo o momento mergulhado em ti,
senão fazes da tua ausência
o oxigênio que só tu me tiras,
pois, quando sem ti,
há tanto ar ao redor de meu ser
que meu cérebro não dói como em tardes de tempestade...
Também é fato que respiro melhor entre outras pernas...
Pra quê, então, a prisão da tua carência?
...
disse,
em silêncio:
"coitado desse guri...
será que não percebe?",
ao invés de:
"bá! Que felicidade ver minha filha bem,
tomando rumo na vida!"
Sempre um olhar surpreso
por minha inocente idiotice...
O idiota - invariavelmente - cairá
na mesma cilada contra as mesmas armas...
Isso é fato...
A novidade é a novidade,
e não a fenda entre tuas pernas,
com a qual faço da vida um encanto
que tu não respeitas após todo o momento mergulhado em ti,
senão fazes da tua ausência
o oxigênio que só tu me tiras,
pois, quando sem ti,
há tanto ar ao redor de meu ser
que meu cérebro não dói como em tardes de tempestade...
Também é fato que respiro melhor entre outras pernas...
Pra quê, então, a prisão da tua carência?
...
Para a Constituição do Ser
O que farei quando as feridas e dores vierem
e eu perceber serem o que o Amor gerou?
A vida não é uma poesia inteira a indagar?
O calvário de todo humano é a solidão.
Experimenta as paredes de um hospício,
o vazio no fundo das vozes carcomendo a mente,
a culpa a cada percepção de um ontem misterioso
tão conhecido,
tão esquecido...
Depois luta por paz.
O Tempo dirá ser difícil e,
quando achares que estás melhorando,
um fantasma velho,
um cotidiano insosso
ou uma luta de humores
te mostrará que tudo
será sempre apenas
um recomeço...
Tudo devido à capacidade crítica
que vem se aguçando.
Preferirias trocar isso
por desmemórias em série?
Sei que não...
Prossegue indagando.
Nada é mais sábio do que a interrogação pensante.
Não achas?
e eu perceber serem o que o Amor gerou?
A vida não é uma poesia inteira a indagar?
O calvário de todo humano é a solidão.
Experimenta as paredes de um hospício,
o vazio no fundo das vozes carcomendo a mente,
a culpa a cada percepção de um ontem misterioso
tão conhecido,
tão esquecido...
Depois luta por paz.
O Tempo dirá ser difícil e,
quando achares que estás melhorando,
um fantasma velho,
um cotidiano insosso
ou uma luta de humores
te mostrará que tudo
será sempre apenas
um recomeço...
Tudo devido à capacidade crítica
que vem se aguçando.
Preferirias trocar isso
por desmemórias em série?
Sei que não...
Prossegue indagando.
Nada é mais sábio do que a interrogação pensante.
Não achas?
segunda-feira, 5 de março de 2012
Tempo
Não tenho pressa.
Por que haveria de tê-la
se não é
o que
ou
como faço
que me proporciona as conquistas,
mas o Tempo que leva
para elas chegarem,
e isso não cabe a mim saber,
mas a esse enigma que nós,
estúpidos humanos,
enclausuramos
dentro de caixas
com o formato de uma Terra
que gira
sem a mínima pretensão
de dar-nos qualquer satisfação
de seu movimento e curso naturais?
Por que haveria de tê-la
se não é
o que
ou
como faço
que me proporciona as conquistas,
mas o Tempo que leva
para elas chegarem,
e isso não cabe a mim saber,
mas a esse enigma que nós,
estúpidos humanos,
enclausuramos
dentro de caixas
com o formato de uma Terra
que gira
sem a mínima pretensão
de dar-nos qualquer satisfação
de seu movimento e curso naturais?
sábado, 3 de março de 2012
Um Fomento às Docilidades
E essa vontade minha?
É algo que te faça sorrir
quando espero tuas palavras.
...
E nesses dias longos...
Um sol de memória.
Noites sonoras, madrugadas inquietas.
Debruçada onda de éter na literatura.
O vulcão arrepiante
das canções que não fiz,
mas, em tua nova sessão de graças,
inspiração no meu consciente e inconsciente
mais sentimental
à beira da Lua,
do Sol
e das Marés...
É algo que te faça sorrir
quando espero tuas palavras.
...
E nesses dias longos...
Um sol de memória.
Noites sonoras, madrugadas inquietas.
Debruçada onda de éter na literatura.
O vulcão arrepiante
das canções que não fiz,
mas, em tua nova sessão de graças,
inspiração no meu consciente e inconsciente
mais sentimental
à beira da Lua,
do Sol
e das Marés...
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Umbilical
A dor e a leveza de te perder para o colo umbilical de Deus...
Entro na noite,
escondido em teu silêncio
a procurar nossa foto...
a mais expressiva.
Dentre tantas,
a única que não achei,
a única que eu queria emoldurar...
Eu e minhas feridas:
memória será sempre uma corrosão
e uma ternura ao mesmo tempo.
O intervalo entre o céu que conheces
e o que eu imagino é incomensurável...
Vibro Amor.
Sangro dos olhos a dor para,
dela, libertar-me.
Perco o fôlego.
Suspiro meu coração
mastigado cru pela incoerência
que é tua morte.
Respiro pelo teu legado
e enfrento mais um dia,
outra vida,
já que, agora, sem tua presença física,
sem tua voz,
sem tua ironia,
sem teu viço nos olhos
tatuado em minha alma.
Quinze anos atrás
te disse que desejava morrer,
que essa vida não me interessava mais.
Tua resposta foi o espanto, perguntando-me:
"Cara! Mas pensa na gente! Na vó,
em todos os teus amigos!
Como é que a gente vai ficar?
Pensa como é que eu vou me sentir!"
Lembro de sorrir por ver teu Amor
sorrindo um desespero
nos gestos,
nos olhos,
nas palavras.
Estou aqui, não é?
Diga-me, guri: eu estou aqui, não é?
É...
Agora elas vieram,
já que te chamei:
lágrimas da saudade dançam
tua coragem e tua memória
em meu rosto de bebê velho.
Estava com medo da caneta e do papel, reconheço...
Como vou criar outra coisa agora
senão a tua vida que terei de inventar
para acordar todos os dias?
Esse sentimento...
será isso coisa de Deus?
Por que em quem tanto confiei,
agora me tirou tantos amanhãs
e me deu esse inferno na alma?
Meu solitário trabalho:
nosso alívio através do tempo,
pois tu deves estar me vendo chorar...
De onde?
Aparecerás pra mim de novo?
Poderias, por favor, me trazer
a explicação que Deus te deu?
Que Deus não me dê,
nessa vida,
maior dor
do que a que sinto
nesse eterno agora!
(para Matheus Cony Lopes dos Santos,
in memoriam)
Entro na noite,
escondido em teu silêncio
a procurar nossa foto...
a mais expressiva.
Dentre tantas,
a única que não achei,
a única que eu queria emoldurar...
Eu e minhas feridas:
memória será sempre uma corrosão
e uma ternura ao mesmo tempo.
O intervalo entre o céu que conheces
e o que eu imagino é incomensurável...
Vibro Amor.
Sangro dos olhos a dor para,
dela, libertar-me.
Perco o fôlego.
Suspiro meu coração
mastigado cru pela incoerência
que é tua morte.
Respiro pelo teu legado
e enfrento mais um dia,
outra vida,
já que, agora, sem tua presença física,
sem tua voz,
sem tua ironia,
sem teu viço nos olhos
tatuado em minha alma.
Quinze anos atrás
te disse que desejava morrer,
que essa vida não me interessava mais.
Tua resposta foi o espanto, perguntando-me:
"Cara! Mas pensa na gente! Na vó,
em todos os teus amigos!
Como é que a gente vai ficar?
Pensa como é que eu vou me sentir!"
Lembro de sorrir por ver teu Amor
sorrindo um desespero
nos gestos,
nos olhos,
nas palavras.
Estou aqui, não é?
Diga-me, guri: eu estou aqui, não é?
É...
Agora elas vieram,
já que te chamei:
lágrimas da saudade dançam
tua coragem e tua memória
em meu rosto de bebê velho.
Estava com medo da caneta e do papel, reconheço...
Como vou criar outra coisa agora
senão a tua vida que terei de inventar
para acordar todos os dias?
Esse sentimento...
será isso coisa de Deus?
Por que em quem tanto confiei,
agora me tirou tantos amanhãs
e me deu esse inferno na alma?
Meu solitário trabalho:
nosso alívio através do tempo,
pois tu deves estar me vendo chorar...
De onde?
Aparecerás pra mim de novo?
Poderias, por favor, me trazer
a explicação que Deus te deu?
Que Deus não me dê,
nessa vida,
maior dor
do que a que sinto
nesse eterno agora!
(para Matheus Cony Lopes dos Santos,
in memoriam)
domingo, 8 de janeiro de 2012
"Cores"
Teu olhar de terra preta,
fecunda para o hibiscus.
Vermelha boca, sangue, fruta, carne:
suco escorrido,
massa caminhante com bandeira no coração.
Além, se vê o céu:
tempestade e estio
alternam-se sobre o éter de concreto
que os sonhos
- sempre volantes -
desconhecem medo,
feito ternura e ironia num sorriso.
O Amarelo Deus seca e umedece os corpos,
agora flâmulas de ouro derretido
em chamas ao vento.
O cinza intempestivo
é sufocado
pelas cinzas
do vulcão em lavas
de nossas mãos,
início prazeroso do céu
que choverá saudades
no fim desse mesmo gesto da pele,
objeto de tendências destrutivamente solitárias.
Chove...
Somos cegos geográficos.
Depois, o azul:
abóbada infinita
para a qual apontamos o vislumbre em par
nas nossas nuvens:
a Liberdade
das pontas dos dedos
escorrida para as palmas das mãos
e, dali, alcançando
a ardência da carne
que guarda o coração...
fecunda para o hibiscus.
Vermelha boca, sangue, fruta, carne:
suco escorrido,
massa caminhante com bandeira no coração.
Além, se vê o céu:
tempestade e estio
alternam-se sobre o éter de concreto
que os sonhos
- sempre volantes -
desconhecem medo,
feito ternura e ironia num sorriso.
O Amarelo Deus seca e umedece os corpos,
agora flâmulas de ouro derretido
em chamas ao vento.
O cinza intempestivo
é sufocado
pelas cinzas
do vulcão em lavas
de nossas mãos,
início prazeroso do céu
que choverá saudades
no fim desse mesmo gesto da pele,
objeto de tendências destrutivamente solitárias.
Chove...
Somos cegos geográficos.
Depois, o azul:
abóbada infinita
para a qual apontamos o vislumbre em par
nas nossas nuvens:
a Liberdade
das pontas dos dedos
escorrida para as palmas das mãos
e, dali, alcançando
a ardência da carne
que guarda o coração...
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