segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Às Minhas Cordas

Há em mim
Uma oscilante doçura,
Uma candura
Que cobro do mundo,
Mas quase dela não compartilho.

Sinto o gosto amargo
De uma receita
Açucarada.

Há uma confusão a mais
Essa noite.
Apenas
Mais uma...

Irei longe sem estrelas.
Vou ao colo
De um violoncelo castrado.

Interrogo minhas solitárias lágrimas
Daquele outro
Entre sinuosas curvas em pó.

Canto, por fim,
Com as minhas cordas
Pondo
Ponto final.

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