segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O Surto do Surdo Só

Tem gente que é a escória da sociedade.
Não importa se tem um emprego,
Onde cagar,
Uma mulher -
E algumas amantes pro ego -
Um filho que consegue alimentar,
Pois ele é incapaz de ouvir
O que é dos outros
Ou aquilo que diz respeito
A um ou outro
Grupo.
É o tipo de gente que não serve
Para a evolução,
Tampouco para qualquer revolução,
Que se julga capaz e superior,
No entanto, estender a mão
Faz apenas para ir em direção
À cara de outro ser humano
Que desejava apenas falar,
Já que,
"Quando um burro fala,
 O outro baixa as orelhas"
Ou, como diz mais inteligente ditado,
"Temos dois ouvidos e uma boca".
Esse tipo de gente
Nervosa,
Egoísta
E que não mantém um olho
Para o que ninguém vê -
Escondido em si,
Está fadada à ignorância,
À violência, ao fracasso e ao declínio.

Qual espírito não chega ao rosnado
De besta feral
Após ruminar vorazmente
Silêncios e mentiras,
Traições e malícias escondidas
Em sorrisinhos ardilosos?

Ninguém nasce sabendo Amar,
Mas faz parte dos dias e - exatamente -
Da troca de palavras,
Do ouvir,
O aprendizado para não estarmos
Sós no mundo,
Tampouco sermos
Os reis de um universo tão vasto
Em que o tempo anda junto a esse espaço
Chamado Dignidade de Espírito Coletivo.

Onde?
No silêncio propício ao compartilhar,
Na Paz e no Amor do coração
Que atado reclama,
Pois ainda tão longínquo do
Que se entende como
Respeito e Compreensão
Daquilo e daqueles
Já indiferentes a este,
Só,
De tanta ilusão...

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