Sim,
me sinto magoado,
oscilante,
dolorido.
Mas eu sei que isso
faz parte da minha natureza,
e ela é vil
e independe da minha vontade,
usa o que tenho
de mais belo para,
nos atos dessa beleza,
estragar-me,
fazer-me desconhecido
perante mim mesmo.
Mas, tendo eu sapiência disso,
tenho de ter sempre
- todos os dias,
às vezes mais, às vezes menos -
a força para confrontar
essa picardia que meu cérebro
apronta com meu coração.
É o que faço agora!
Com o plantio de nervos no meu coração
para o apaziguamento
que estende a mão para o cérebro
e para o corpo,
fazendo-me o Ser inteiro
que pode ser vários,
mas não divisível
a disparar para a agonia!
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