sábado, 25 de dezembro de 2010

Uma pitada de sal no prato da noite

Me vi criança outra vez.
Corria pelado pela casa cheia
de balões
e de
familiares.
Eu estava feliz
e a confusão havia se desfeito
com uma aceitação que não fazia de mim
outro que não
eu mesmo.
Era tranquila a minha risada
e o dia
raiava
em cada passo.
Todos aplaudiam.
Eu estava no seio do Amor.
Fantasmas - sentia - superava,
e via,
da minha mente infantil,
uma mulher e uma família
que eu cuidaria
e transbordaria muito Amor.
Deus havia me posto na panela
e mexido e misturado
à humanidade outra vez.


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