ao invés de encarar uma tolice
dentro da canção,
perco minha voz do coração.
Toda vez que tenho medo
antes de atropelar o que deturpa
o que é canção,
o éter revolve uma agonia que,
quando não cego,
supero.
A cegueira é a entrega do meu medo
pela minha mão,
pois quando assopro da mão
com a força do coração
o medo,
ele se vai
como pó
e eu me sinto em mim.
A humanidade que tenho
é mais forte do que o medo
e minha força é mais poderosa
do que a entrega,
a desistência de mim mesmo
para um algo
nada
que nem fé tem.
Toda vez que recolho
minha mão
do meu coração
por coisas que em minha mente
vêm e vão,
o fracasso me acompanha.
Mas não desisto de mim
e dos sonhos que tenho porque
esses sim são sãos
e não solidão.
Toda vez que deixo-me de mim
por não sorrir o Amor
pra ela
e pra composição,
o monstro vem.
Mas sábio eu que sou,
e mais respeitador do coração
que de minha cuca,
sobre a beleza e a essência canto e encanto,
e a natureza não se esvai,
porque é mais forte
do que
uma mente de reclamação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário