quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Ode à luxúria

Das vezes que te traí,
acabei com um pouco do meu Amor.
Das vezes que implorei por ti
e nada obtive senão silêncio e desdém,
ficou a marca de tuas mãos
espalmadas
contra meu peito.
Das vezes que me senti doente,
ficou uma busca pela fé
na qual ainda te vejo sob mesma ótica e sem mágoas,
no entanto,
o tempo...
Das vezes que te pareci
sombra e verme
daquilo
que cuspias sobre minhas
impotencialidades objetivas e racionais,
ficou a Ode à Luxúria
no meu corpo
que tentou-te à exaustão.
Mas não é por esses vínculos silenciosos
que me farei perdido ou fantasma
nos elos da cidade.
Não são dores o que vou exaltar
sobre o signo do poente indelével
em seu estado bruto.
Não será na boemia,
não será na bronca,
mas no Amor Liberto
que superarei essa coisa perdida em mim
que não é minha,
mas corrói as entranhas de minhas entranhas
sem a sensação da verdade
por ser nada minha...
Na libido e no espaço
ocupo-me com trabalho
o que persuasão é meu movimento culto
que parece desbotado,
mas não está: Arte Vida.
Esse aqui é o culto,
não o oculto.
Estou e sou como sempre fui e serei.
Preciso é da Fé
pondo-me asas para todo o meu fôlego.
Então, o corpo pelo espírito e pela mente
que têm meu coração.

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