sábado, 25 de dezembro de 2010

Entre afagos estelares

Quando esse torpor e agonia acabarão?
Peço a Deus em toda reza.
Suplico a Ele a virtude minha
e não a besta
que se alojou no meu crânio:
sinto o cheiro dela
colado à minha pele,
mas não fiquei como o desejo que pedia.
Minha mente gira
e eu não consigo ter paz!
O que eu fiz, afinal, Deus?
Meus pecados foram tão terríveis
que no Amor
que tive a Beleza,
Nele mesmo tudo se findou?
Mas sei que Amor se conquista
e dentro de mim há!
Preciso da calma de um céu anil
como um novo planeta,
como uma lua compartilhada
daqui de baixo
entre afagos estelares.
O que me atormenta
não me confundirá amanhã!
Deus me perdeu?
Tenho o gosto dos seios durinhos
dela
em minha carnívora
boca.
Ela se contorceu em cachoeira vertente.
Eu queria estar dentro dela!!!!!
O que há, química?
Me deixaste ao engolir meu sangue?
Te engulo para acabar então,
ou espero os dias como um jovem?
Não leiam aqui "o coitado",
é apenas
uma ferida a mais.
No entanto,
outras tantas doçuras...
Quero descansar em paz
antes da morte,
querida.
Sem.
Nada mais que nada.
Sono de morte.

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