Tua vela, meu irmão, está mais curta.
Inflamada indistinção entre dor e meio termo.
Caminhei outra vez por aquela rua
que nos diferencia no tempo,
mas nos reúne por
minutos na história.
Não reencontrei teu abraço fraterno
dizendo
ser importante
para resgatar-te do pesadelo
interno.
Tampouco teus olhos estavam
- para marejarem -
reconhecendo teu limite extrapolado.
Dos gestos de força na minha memória
não guardo plenitude,
apenas tua convicta derrocada.
Só tu sabes quem és.
Vagamos por labirintos.
Abismos pulamos lado a lado.
Fomos Deus.
Fomos pedras.
Quão minúsculos
precisamos nos tornar
para voltarmos
à percepção do ar
para muito além
dos pulmões feridos?
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