sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Estrela

Estrela incandescente enclausurada no tempo do céu.
Estrela errante e convicta de uma noite para si.
Brilho de madrugadas quebrando perfumes.
Gosto inteiro de um momento.
Sonho intenso do teu choro.
Estrela cantante no chover da manhã.
Nuvens rasgadas em meu peito pelo teu pranto.
Ninguém, por mais que tentemos,
conseguiremos amenizar minhas vísceras!
O volume efêmero do conquistado mergulho
na tua constelação
clama no uivo de um cão mudo.
O transtorno, faminto e quieto,
sobrevoa tempestades que eu,
saciado,
saboreio
o líquido, o elétrico e o gaseificado
pela louvada terra!
Nada sente,
após um céu chumbado,
aquele que,
provindo da terra,
envelhece no vôo de sonhos.
Estrela bela e de cativante ira:
cadente sejas até o choque sobre mim,
vaga-lume
te aprumes
para o palco em meu jardim!

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