sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Mel

A poesia em emus braços regozija-se nas mãos de sucos indispensáveis a essa sede infinita pelo amor teu!
Tu não és a razão do meu viver, mas um dos motivos por que encontro razão no meu sentir!
Provoco a minha calma no silencioso silenciar que me ensinas.
Descubro - através da vida - novas formas de existir e, cândico, coexisto.
Minimizo demônios.
Incendeio infernos marmóreos.
Percebo um renascer através de um tropeço em que, caído, soprei a poeirenta mão da Morte e ela morreu.
Reerguido de estrada enevoada, desvio-me ao rumo em que uma Vida me aguardava para, após os primeiros passos, tu, por mim, seres abraçada.
Na força incontida do gesticular essencial de meu coração, cubro de lágrimas teu corpo que recebe minha alma e chora o sorriso nosso.
Egoísta elucidado, faço das preconizações mesquinhas e arrogantes de outrora, escárnio.
Com as civilizações em meu sangue e com as terras primais em teus póros, encontro-me na fusão inexplicável entre a cegueira amorosa e a percepção do amor.
Transgrido minha pior natureza não calando minha revolução maior ao envolver-te o rosto com meu toque de veludo e surpreender-te com meus mareados olhos declarados.
Expresso toda minha verdade e, terna e lascivamente, inspiro a fertilidade no teu coração!

Nenhum comentário: