sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Clichê

As pessoas têm pena de mim quando desempenho de maneira tão prazerosa o trabalho que elas mesmas admiram.
Mal sabem que a liberdade das minhas palavras - ditas, faladas e escritas - é a força necessária para romperem suas correntes.
Parabéns pelo objeto?
Ou o subjetivismo as pegou?
Irrompo medo e raiva conquistando os sorrisos distintamente.
Recuo, criticado pela infeliz inveja.
No conflito do silêncio voltado para dentro do silêncio, quebro-as ao meio tocando seus finais, e eu construo a primeira linha.
Vibro por descobrir que não quero a aprovação de todos.
Sou surpreendido pelos que subjugara.
Enrouqueço de paixão.
Provoco amorosamente náuseas e distúrbios do ar me sufocam.
Bebo a água elaborada e discurso.
Estranham e riem do meu trabalho.
Eu sinto os pés na cidade natal e sorrio de minhas palhaçadas filosóficas desenhando interrogações e admiração em seus semblantes que respondem com um silêncio curioso para nunca mais voltarem ou com uma empolgação inexplicável que os fazem retornar para sentirem, na sua hora, o que lhes for dado de dentro de suas percepções.

3 comentários:

Aragana -Lisi Fernandes disse...

andaste lendo meus sentimentos?
simplismente lindo
obviamente João Cony

Juliana Szabluk disse...

O engraçado é a total identificação de alguém que crê que as palavras são, em si, o limite máximo do sentimento.

O homem se liberta do automatismo pra descobrir a força da letra e se aprisionar na finitude do ponto.
Final.

Letras são, afinal, símbolos.
E nós, tão longe de qualquer vivência verdadeira, já não temos mais nada para preenchê-los.
Vazios, formamos frases e, talvez, nos convencemos de que ainda temos força (?)
Força...
Força!
Forca.

Um abraço repleto de admiração,
Juliana Szabluk

Juliana Szabluk disse...

um bom P.S: entendi o que é o tal do "follower" no blogger. Fica no perfil do usuário um link para os blogues "amigos". Enfim, adicionado. Enfim, entendi as artimanhas da tela.