Soslaios nas Ruas, Sonhos da Aproximação
Ele tinha Vida própria.
Não é porque sua risada
Era igual a minha
Que devesse me pertencer.
Sempre foi de todos.
Agora é mais das estrelas.
É memória e o que sonhos com ele dirão
Em noites de bom sono,
Chegando sem aviso,
Bem vindo.
Meu olhar trai a realidade:
A Saudade crescente faz isso.
Lua em direção a imensidão
Do que não mais se toca,
Mas sentimos.
Sol ardendo
Os raios no corpo
Que congelou na lembrança
E encantou o éter.
Nos labirintos dos olhos
De Amor e pavor
O que clamou foi a Vida
E o ímpeto singular de lutar
Para prosseguir
Até
Não mais conseguir.
Meu olhar trai o cotidiano
Sem ele:
O delírio de perdê-lo
Para a paz no seu corpo
Faz isso com o Amor Espiritual.
(Oh!
Quantos te representaram
No meu rápido soslaio
Em falso pelas ruas...).
Fechava os olhos
Sentindo o trovão
No coração...
Quantos dilúvios de minha Alma?
O Adeus pode ser a Bênção.
Maior Bênção foi tua Presença.
Adeus sem sinal de ausência.
Tristeza,
Despedida,
Sossego: cabe
Tudo em mim.
A manta adesiva
De tuas convicções
Contará a tua história
Ligada a nós.
No momento prego meus pulsos
Ao concreto.
Gritar nada resolveria...
Não tenho cruz,
Senão
Melodias da cruz.
E esse ofegar
De não saber
Quanto
Tempo
Ainda
A prosseguir sem ti,
Contigo ontem
Me ensinando a rir...
2 comentários:
Belíssimas palavras, poeta...
Postar um comentário