Tê mais calma...
Estás aqui como trabalhador,
não como o algoz que,
por fim,
põe a ti mesmo
na lata de sardinha seca.
Tua cara sisuda lendo
- ou fingindo ler para elhear-se -
mostra-me todo o nosso desconforto...
Noites racham os céus úmidos
e tu envergas ombros e crânio
em pânico
para a proteção que,
envergonhado pelos atos falhos
e posterior calar,
a todos nós inspiras picardia.
Dias sufocam a labuta que te restou
e tu nem procuras a informação sobre
a temperatura do próximo dia no jornal,
pois sabes já:
o que raia é pura maldade irradiada por Deus.
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