sexta-feira, 25 de março de 2011

Borrões do Pensar e da Palavra

O que faço com o Amor
tão belamente conquistado
através dos dias
e do que,
Cronos anulado,
me refugio, cobro e não demonstro,
não tem como entender...
A insegurança,
sempre sem chances no galanteio,
se apossa de meus pensamentos cíclicos,
pois tão logo eles desafogam suas angústias,
livro-me,
porém, não da culpa.
A prática discursiva é de se invejar, talvez,
tal a eloquência...
A prática dos atos dentro do mundo
pronto para ser conquistado
é a vergonha,
a ignorância incompreensível,
o borrão da palavra!
O renovar-se parte
do empirismo e do desconhecido.
Há modelos vagabundos, desmemoriados,
desatentos, isolacionistas
que não podem mais possuir meu ser
que, assim, envelhece-nos!
Por que esse risinho estúpido
quanto ao que escorre dos sentidos
e cobrará a cuca
pela desqualificada forma de amar?

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