terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Um Passo, Depois Outro

Fedor de álcool de novo.
Nada.
Parado oscilante.
Dúbio tempo só.
Quase não ao trabalho libertário.
Agora a certeza de que não me perdi.
Não minto, não me escondo.
Provocada ira pelo que tive me forçando a não ter
e pelo que não tive tentando ter.
Sem estímulo.
Apenas dor indecifrável de amanhãs.
Mesmo agora, a força do respirar.
Exponho-me e parto para o encontro.
Uma mente confusa eu carrego.
Um espírito turvo.
Meu coração não errou.
A razão o faz vazar
perfurado em agonia.
A dor dos dias.
A tristeza do esforço.
Um sorriso de dentro vindo
sobre os seios que sonho
e uma boca ferida
que eu floresço-nos em beijos.
Procuro não errar no tempo.
Ajo conforme o meu melhor.
Oscilo nos esconderijos das trevas e da agonia.
Desço sobre tempestades
de aço derretido
que o sol desdenhoso fere.
Suo e torço por minha melhora.
A dor da velha, nos olhos,
me fazendo mostrar
força pela minha impotência.
A dubiedade ferindo a todo instante.
Sem fórmulas,
tento respirar e vibrar no tempo.
Esperando agora, agindo amanhã.
Qual seria o saber?
Sinto vontade de ter o corpo dela!
Estou com medo por tudo o que houve
no que fazia beleza
e me punham poeira...
Mas esperança persevera
nos casos de fé e paciência.
Não um bólido.
Passos sobre a terra...

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