O Constante Hálito da Humanidade
Sabes qual o meu principal problema?
Não crer,
Depois de descobrir a Maldade,
Intrínseca a Humanidade,
Que ela possa ser ainda mais má!
A Humanidade é a pior forma de Existência
Num planeta que, sem ela,
Poderia ser tão Humano.
O sonho de Amar é a pior das tristezas.
Oh, Solidão!
Minha amiga,
Minha Amante,
Minha puta constante:
Para que estragar a música com palavras?
O ser humano é o único
Que fomenta a destruição da flor
Estendendo a mesma flor
Ao seu próximo.
O alimento do Espírito
Deveria ser o que transcende
As leis lógicas e patológicas de nossa
Desumanidade.
Sabes: não reclamo da falta de Amor,
Símbolo maior da Humanidade,
Por não ter um Amor.
Reclamo porque ser Humano
Em nosso convívio
Significa descobrir a falácia
Desse Sonho Unívoco.
Não somos todos putas e cafetões
A nos odiarmos.
Ou somos?
É tão doentio e patético
Suplicarmos
Por um fantasma sarcástico
Que chega como o substantivo mar
E some feito o vapor dos encouraçados...
Quanta tristeza carrego
Pelo escoar das águas...
Qual a forma
De não ser engolido
Pela bocarra da mentira
Quando meus lábios suplicam
- A beijos cegos -
Apenas pelo hálito da Verdade?
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Os Gongos da Vida
Meu corpo
Arriado de doenças
Se move em direção
Ao Nada do Mundo.
Belezas imaturas
Imundiciam-se
Nos cordões das calçadas.
Não somos mais do que a luta.
Se não persistirmos,
O Tempo nos devora!
Sujo Sol do passado:
Arde em mim tua fonte,
Mistura teus dedos elétricos à água
Calma
Do meu horizonte,
Não tardando minha Hora.
O Por do Sol trará a Lua
Essa noite
Ou haverá uma debandada geral
Dos atores eclípticos?
Sob que condições chegarei
A mim outra vez
Já que momento espiritual
E instante essencial
Sofrem os feitiços do Tempo?
Os Gongos da Vida
Ressoam no céu
Feito o signo pueril
De todo nascimento.
Das cordas diluo meus danos
E canto orações às sementes umbilicais da Terra.
Oh!
Satélite e Estrela entrelaçam
Chegada e partida,
Assim fecundando a Saudade,
Ânimo ancestral do Poeta.
Arde na minha carne
O suspiro engasgado da Morte.
Precipita-se na minha aura
A palavra evocada
Do Ventre da Natureza: Luz;
O sentimento
Do Ser Renascido: Amor!
Um gole d'água na Fonte do Presente
E um golpe de sorte entre os seios da Sereia.
Encantado pelo porvir,
Reitero-me Deus nesse dia Humano,
Faço-me Homem nesse Mundo Espiritual
Onde tudo verte
Em nome do que é
São, Cálido, Terno, Livre!
Meu corpo
Arriado de doenças
Se move em direção
Ao Nada do Mundo.
Belezas imaturas
Imundiciam-se
Nos cordões das calçadas.
Não somos mais do que a luta.
Se não persistirmos,
O Tempo nos devora!
Sujo Sol do passado:
Arde em mim tua fonte,
Mistura teus dedos elétricos à água
Calma
Do meu horizonte,
Não tardando minha Hora.
O Por do Sol trará a Lua
Essa noite
Ou haverá uma debandada geral
Dos atores eclípticos?
Sob que condições chegarei
A mim outra vez
Já que momento espiritual
E instante essencial
Sofrem os feitiços do Tempo?
Os Gongos da Vida
Ressoam no céu
Feito o signo pueril
De todo nascimento.
Das cordas diluo meus danos
E canto orações às sementes umbilicais da Terra.
Oh!
Satélite e Estrela entrelaçam
Chegada e partida,
Assim fecundando a Saudade,
Ânimo ancestral do Poeta.
Arde na minha carne
O suspiro engasgado da Morte.
Precipita-se na minha aura
A palavra evocada
Do Ventre da Natureza: Luz;
O sentimento
Do Ser Renascido: Amor!
Um gole d'água na Fonte do Presente
E um golpe de sorte entre os seios da Sereia.
Encantado pelo porvir,
Reitero-me Deus nesse dia Humano,
Faço-me Homem nesse Mundo Espiritual
Onde tudo verte
Em nome do que é
São, Cálido, Terno, Livre!
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Barbárie
Terra -
Traição
Poluição
Guerra.
A insanidade rola cabeças
Nas calçadas dos hospitais.
A sonoridade da rua
Inquieta
Meu silêncio perfeito.
Sonolência
Estupidez
Aparência
Frigidez.
Bate às portas do Âmago
O descontentamento
Com o amor ensinado pelo mundo,
Onde nos mentiram sobre
As questões mais importantes
E foram deixadas de lado
As lições mais simples.
Brancos contra Negros.
Negros contra Brancos.
Europeus contra Índios.
Americanos contra Africanos.
Asiáticos no deserto da tecnologia.
Beduínos sob a areia rasa da fortuna.
Homem contra Homem.
Humano
Sem consciência
Ou empatia
Não é Humano.
A barbárie instaurou-se.
Caos
Dor
Suicídio
Assassinato.
Moda, beleza, luxo, ego -
A comida do lixo alimentando
O lanche rápido matando.
O óbvio precisa ser dito:
Tanto para poucos,
Nada ou quase nada para a maioria.
Não existe O Escolhido.
Peguemos nossas Vidas em nossas mãos
E em seguida
A estendamos ao próximo.
Simples assim,
Como o giro imperceptível da Terra.
Fome
Idiotia
Medo
Crack.
Nascimento, vermes, abandono, morte.
O que resta senão a espera
Pelo dia em que
Não mais precisaremos lutar?
Terra -
Traição
Poluição
Guerra.
A insanidade rola cabeças
Nas calçadas dos hospitais.
A sonoridade da rua
Inquieta
Meu silêncio perfeito.
Sonolência
Estupidez
Aparência
Frigidez.
Bate às portas do Âmago
O descontentamento
Com o amor ensinado pelo mundo,
Onde nos mentiram sobre
As questões mais importantes
E foram deixadas de lado
As lições mais simples.
Brancos contra Negros.
Negros contra Brancos.
Europeus contra Índios.
Americanos contra Africanos.
Asiáticos no deserto da tecnologia.
Beduínos sob a areia rasa da fortuna.
Homem contra Homem.
Humano
Sem consciência
Ou empatia
Não é Humano.
A barbárie instaurou-se.
Caos
Dor
Suicídio
Assassinato.
Moda, beleza, luxo, ego -
A comida do lixo alimentando
O lanche rápido matando.
O óbvio precisa ser dito:
Tanto para poucos,
Nada ou quase nada para a maioria.
Não existe O Escolhido.
Peguemos nossas Vidas em nossas mãos
E em seguida
A estendamos ao próximo.
Simples assim,
Como o giro imperceptível da Terra.
Fome
Idiotia
Medo
Crack.
Nascimento, vermes, abandono, morte.
O que resta senão a espera
Pelo dia em que
Não mais precisaremos lutar?
sábado, 3 de agosto de 2013
Névoa
Todas as expressões
Todas as expressões
São contempladas
Pela minha observação.
A névoa vai se dissipando
Sobre as ilhas
Do Guaíba.
Lá embaixo
O cotidiano - as pombas
Mais naturais e mais além
Do que qualquer um de nós.
Mesmo que não me alcancem
Aqui em cima,
Logo a realidade entre os meus será menor,
Rasteira,
Sempre sonhando
Com têmporas de nuvens
Neutralizando a dor,
Pacificando o medo
De cada ilha
Representada
Por cada um de nós.
Eu sugarei e verterei
A mesma chuva
Que qualquer outro,
Mas nenhum seguirá
O mesmo caminho que eu,
Embora inebriados
Pelo mesmo fenômeno.
O que nos unifica, nos distingue,
Apesar
Do mesmo teto,
Do mesmo choro.
Depois que sairmos
Das prisões quadradas
De nossos pombais mentais,
Notaremos o oco do mundo:
Esférico em ciclotimias
Dando voltas
E confundindo nosso mundo de dados
Caixas
Televisões
Armários
Salas.
O livro só liberta porque
Ele é que entra na gente,
Porque o Ser
O procura na sede
Por algo além de suas páginas -
Formas exatas ensinando-nos
A Viver num mundo inexato
E sem o romantismo
Contado a castigo nas escolas.
Névoa imunda
Inunda
Meus eus em trégua.
Só saber disso me faz espacial,
Atemporal
Enfiando minhas garras
No centro do Universo,
Pendurando móbiles nas estrelas,
Repousando nas crateras da Lua
Para acordar correndo
Em direção aos raios do Sol,
Cipós celestiais da força,
Da imaginação
E do caos.
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