Esperando na Escuridão
A percepção de haver chegado
A meio passo da mais miserável
Escuridão da alma
E não ter resvalado depressão abaixo,
Faz-me um homem mais forte
E mais maduro essa noite.
Aquele que jamais esteve
Com o ser completamente submerso
Na solidão irrevogável,
Como saberá contestar isso que
- Assombrosa sensação envolvendo
O éter e a carne sofridos -
Só os que vão aos extremos catastróficos da mente
Podem, exatamente por não se absterem
Dessa inexorável dor,
Ter essa como o algoz aliado
Para o próprio valor
Que a paciência traz
A quem supera?
terça-feira, 17 de abril de 2012
Nunca 'Para Nunca'
Não nos enganemos
com a expressão
"para sempre"!
O que ela sugere
senão um êxtase momentâneo
à medida que o relógio progride
e os acontecimentos
nos amadurecem?
Temos, sempre,
apenas 24 horas para Viver!
Por que não,
então,
um tanto de Amor
a cada dia?
com a expressão
"para sempre"!
O que ela sugere
senão um êxtase momentâneo
à medida que o relógio progride
e os acontecimentos
nos amadurecem?
Temos, sempre,
apenas 24 horas para Viver!
Por que não,
então,
um tanto de Amor
a cada dia?
Substância
É tão fácil teu cavaleiro poeta
se arriscar que,
a essa altura,
o risco é paz.
É o único caminho não percorrido,
apesar de, contigo,
ter vivido a paz tão docemente.
Mas como era bom,
e é de praxe adoecer com bondade,
tive de cortar crepúsculos insanos,
noites estúpidas
e dias vazios
para a memória de ti
eliminar
a voracidade por derrotas
e alimentar
o meu tempo
com a substância que me move
ao profundo coração tão negado a ti,
mas há muito já teu
sem que eu percebesse:
o Amor...
se arriscar que,
a essa altura,
o risco é paz.
É o único caminho não percorrido,
apesar de, contigo,
ter vivido a paz tão docemente.
Mas como era bom,
e é de praxe adoecer com bondade,
tive de cortar crepúsculos insanos,
noites estúpidas
e dias vazios
para a memória de ti
eliminar
a voracidade por derrotas
e alimentar
o meu tempo
com a substância que me move
ao profundo coração tão negado a ti,
mas há muito já teu
sem que eu percebesse:
o Amor...
(E)terna
Eternamente
Terna
Mente terna
Ternamente
Elã
Ela
Elaine.
Essa calma,
linda,
é o Amor.
Tenho uma surpresa:
um presente que contém
o símbolo de minha incógnita
desvendada por teu Amor:
então, somos um - nós!
"Quem nunca fez a pergunta
'quem sou eu?'
jamais vai supor a ideia
de estar vivo"
é o que me digo todos os dias
ao abrir os olhos,
estes mesmos que tanto
te procuram
para encontrar perguntas mais leves.
O que mais poderia eu querer senão
tudo o que me instigas
a vontade de crescer?
"A paciência é a virtude daqueles que têm Fé!",
repito-me
cruzando ruas
sobre minhas pernas em rumo.
Há na Alma de cada palavra um desejo.
Tudo tão limpo através do que sentimos
que toda frase sustenta a mais celestial
melodia.
Tudo a um passo da Ternura...
Terna
Mente terna
Ternamente
Elã
Ela
Elaine.
Essa calma,
linda,
é o Amor.
Tenho uma surpresa:
um presente que contém
o símbolo de minha incógnita
desvendada por teu Amor:
então, somos um - nós!
"Quem nunca fez a pergunta
'quem sou eu?'
jamais vai supor a ideia
de estar vivo"
é o que me digo todos os dias
ao abrir os olhos,
estes mesmos que tanto
te procuram
para encontrar perguntas mais leves.
O que mais poderia eu querer senão
tudo o que me instigas
a vontade de crescer?
"A paciência é a virtude daqueles que têm Fé!",
repito-me
cruzando ruas
sobre minhas pernas em rumo.
Há na Alma de cada palavra um desejo.
Tudo tão limpo através do que sentimos
que toda frase sustenta a mais celestial
melodia.
Tudo a um passo da Ternura...
Filhote de Poeta
Um raio
pode cair, sim,
duas vezes no mesmo lugar!
Há maldade na humanidade.
Não há humanidade na maldade.
Toque pelo menos uma vez por dia
na cabeça de uma criança que passa:
a fadiga
e os pés inchados
agradecerão
pelo gesto de sua mão.
Silencioso trabalho:
inauguração da fonte.
Bebo dessa água
há muito para errar
a pontaria
no momento propício
ao mergulhar...
Fácil é a composição
das formas sensuais
do ladrão com a moça abandonada:
triste dor de lágrims sorridentemente agradecidas,
éter dos Éteres na imensidão notívaga:
assim
se cria
e se executa
uma canção.
pode cair, sim,
duas vezes no mesmo lugar!
Há maldade na humanidade.
Não há humanidade na maldade.
Toque pelo menos uma vez por dia
na cabeça de uma criança que passa:
a fadiga
e os pés inchados
agradecerão
pelo gesto de sua mão.
Silencioso trabalho:
inauguração da fonte.
Bebo dessa água
há muito para errar
a pontaria
no momento propício
ao mergulhar...
Fácil é a composição
das formas sensuais
do ladrão com a moça abandonada:
triste dor de lágrims sorridentemente agradecidas,
éter dos Éteres na imensidão notívaga:
assim
se cria
e se executa
uma canção.
Carpe Diem
Sou o andarilho dos dias,
o lunático solitário.
Ontem já passou
e a experiência
me traz proveitos em tudo.
Amanhã?
Quem saberá?
o lunático solitário.
Ontem já passou
e a experiência
me traz proveitos em tudo.
Amanhã?
Quem saberá?
Subjetivismo Biológico
Contrariando
leis físicas e matemáticas,
dois corpos
podem ocupar
o mesmo espaço
ao mesmo tempo
e 1 + 1 = 3.
Resultados diferentes daqueles... lógicos...
Isso é Vida!
O subjetivo poder
do organismo em Poesia!
leis físicas e matemáticas,
dois corpos
podem ocupar
o mesmo espaço
ao mesmo tempo
e 1 + 1 = 3.
Resultados diferentes daqueles... lógicos...
Isso é Vida!
O subjetivo poder
do organismo em Poesia!
Amada Com Cordas
Toda vez que estive preso,
me libertaste
com teu corpo
onduloso
encaixado ao meu peito,
ajustado às minhas mãos,
que era por onde
eu começava a dizer.
Toda a angústia momentânea
se esparramava
de uma ideia surgida em ti,
um sentimento
intrínseco
a nossa história.
Chegavas à minha poesia e,
minuciosamente, - muitas vezes
aos prantos ou aos arrepios -
minha Alma sobre ti punha cor
no éter
com íntimo contato.
Fazíamos Amor sem pressa,
que pressa
é para quem não sabe se dar.
Cada carícia, uma resposta peculiar.
Enclausurados
na momentânea masmorra do Amor,
onde havia Liberdade,
que se dava na mente,
no desejo,
no tocar.
Mas em solidão também:
sobre pontes das quais poderia voar.
E em ruas
pelas quais o ar que me tirava o ar
me empurrava para dentro do meu olhar para dentro
e eu encontrava-me a cantarolar,
imaginando-te, Amada,
por mim ainda intocada.
Belíssima, resplandecias à minha espera
entre rascunhos,
conclusões metafóricas,
sonhos e medos
de dor e de Amor.
E quando eu achava
ter o poder sobre ti...
Oh, pobre de mim!
A intuição me levava
ao teu conforto atemporal,
mas as minhas carícias
eram concluídas
com o gozo,
e dele,
eras tu quem indicavas
os ventos da próxima composição...
me libertaste
com teu corpo
onduloso
encaixado ao meu peito,
ajustado às minhas mãos,
que era por onde
eu começava a dizer.
Toda a angústia momentânea
se esparramava
de uma ideia surgida em ti,
um sentimento
intrínseco
a nossa história.
Chegavas à minha poesia e,
minuciosamente, - muitas vezes
aos prantos ou aos arrepios -
minha Alma sobre ti punha cor
no éter
com íntimo contato.
Fazíamos Amor sem pressa,
que pressa
é para quem não sabe se dar.
Cada carícia, uma resposta peculiar.
Enclausurados
na momentânea masmorra do Amor,
onde havia Liberdade,
que se dava na mente,
no desejo,
no tocar.
Mas em solidão também:
sobre pontes das quais poderia voar.
E em ruas
pelas quais o ar que me tirava o ar
me empurrava para dentro do meu olhar para dentro
e eu encontrava-me a cantarolar,
imaginando-te, Amada,
por mim ainda intocada.
Belíssima, resplandecias à minha espera
entre rascunhos,
conclusões metafóricas,
sonhos e medos
de dor e de Amor.
E quando eu achava
ter o poder sobre ti...
Oh, pobre de mim!
A intuição me levava
ao teu conforto atemporal,
mas as minhas carícias
eram concluídas
com o gozo,
e dele,
eras tu quem indicavas
os ventos da próxima composição...
Assinar:
Postagens (Atom)