sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Mulher

Sou apaixonado por ti, beldade!
Tu, Mulher, eterna em minha mente,
efêmera para meus olhos.
Não sabes o bem que fazes
à alma desse poeta
tão destroçado,
amanhecido de inspirações doentias.
Tu, Mulher da Manhã,
és lume no entreolhar
com o horizonte
atravessando
a alta janela
até minha mente e meu coração
em trevas.
Trazes nesses olhos de deusa
a lascívia das damas.
No andar,
a dança dos sonhos púberes
mais profundos das noites
por nós umedecidas.
(Meu suor respinga o que pele
permite idílio
na poesia própria que és,
Mulher!)
Sobre a volúpia de teu corpo
em montanhas
elevando-me ao céu,
sinto o som do vento em meu rosto
trazendo o grande prazer
pelos meus sentidos.
Então, contraio e estremeço
todos os músculos
até alçar o vôo absoluto
através do Paraíso
que me entregas
aos suores siameses.
Chegamos à
Imortalidade Anil
e adormecemos
na mão de Deus,
leito dos Amantes...

Um comentário:

Juliana Davi disse...

João, que poemas lindos! Me lembra aqueles poetas antigos, que morriam de amor, aqueles que quase não existem mais... Adorei! O "Mulher" me emocionou muito. Bom saber que ainda existem talentos sensíveis como tu. Grande abraço, Juliana Davi(prima)