"Teus belos olhos escuros cor da noite louca",
disse a única louca que persegue-me sem triturar-me.
"São eles que veem tua alma e teu sorriso lindos",
"São eles que veem tua alma e teu sorriso lindos",
respondi, como singelo poeta.
"Sorriso lindo que é uma medíocre ilusão do que é belamente sorrir igual aos poetas...",
redarguiu.
"Oh! és poetisa, já te disse...
mas as musas são infinitamente mais belas do que nós...
mas as musas são infinitamente mais belas do que nós...
por dentro e por fora, seja dito!"
"Grande conquistador...", disse a solitária dolorida inquieta alma sem voz
com palavras cheias de pulso e,
dubiamente,
repletas de flores inesperadas.
"Não!
É o silêncio de minhas palavras...
Talvez meus olhos noturnos de lobo,
minha fome selvagem,
minha fome selvagem,
meu beijo de flor partida
para voltar
em caule e terra
na manhã posterior à noite
da primeira profundeza carnal e amorosa!
Talvez, no entanto,
apenas as palavras,
o dom vindo sei lá diabos, Deus, humano
de onde.
Então,
alguns suspiros femininos e a alegria sem fim,
Então,
alguns suspiros femininos e a alegria sem fim,
a felicidade rara dos momentos
que o tempo produz subitamente,
e a paz do cérebro
quando o coração vence
o demasiado pensar...
Outra manhã:
uma Amada no seio da alma do éter da humanidade..."
Outra manhã:
uma Amada no seio da alma do éter da humanidade..."
"Poeta, me ajuda a escapar desse Universo
que eu não consigo ser feliz?"
- indagou-me, suplico-me com o fel de sua incondição, como se eu fosse um sábio...
Pobre diamante!
Deus...
Bem, só posso falar daquilo que sei, daquilo que experimentei,
seja lá isso bom, seja lá isso ruim:
1) por mais que te doa e não compreendas
a dor gritante nos teus olhos
que ninguém vê,
não procures abrigo na química,
pois é fuga
e só leva a gente
para um amanhã mais doentio, cego e perdedor;
2) mesmo que o Amor mate,
por vezes,
o teu profundo,
- pois sempre haverá abismos com a boca aberta para a imensidão do céu -
Ama sem restrição,
porém, sem submissão;
3) lê, lê, lê! - pois os livros ensinam mais do que o quotidiano óbvio, insípido, incrédulo, fanático, robotizado que é o nosso milênio;
4) respeita-te antes de respeitar aos outros, pois, assim, serás respeitada
e, então, respeitarás,
conquistando, indubitavelmente,
paz e melhor autoestima;
5) enfrenta teus medos, fantasmas e pesadelos;
6) procura, escava muito, muito trabalho feito com coração, corpo e alma! Isso é essencial para o resto, pois toma a gente de espírito leve e de tempo completo;
7) Fé: em ti, nas pessoas e em Deus!
(... suspiro...)
Bem, não que eu consiga diariamente tudo isso, mas persigo.
São algumas coisas que aprendi
e não me fazem pensar mais,
quando acordo:
"puta merda, mais um dia...
estou vivo de novo...",
cuspindo meu sangue quase cancerígeno.
Hoje desperto pensando:
"tentarei o meu melhor!"
E quando não atinjo todas as metas,
E quando não atinjo todas as metas,
deito já sonhando:
"hoje não fui tão bem, mas amanhã será melhor!"
De qualquer maneira, tu já sabes, Poetisa:
"palavras também servem para serem caladas quando não sabemos explicar...",
ensinaste-me.
Verdade!
Então,
que tal
um caderno, uma caneta
em tuas mãos
para o caos misturado
ao silêncio profundo da alma?
Um comentário:
João,como as palavras podem ser tão lindas quando pensadas por teus dedos???
Meus dias estavam sentido falta da tua leveza.
Beijos,
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