Sou apaixonado por ti, beldade!
Tu, Mulher, eterna em minha mente,
efêmera para meus olhos.
Não sabes o bem que fazes
à alma desse poeta
tão destroçado,
amanhecido de inspirações doentias.
Tu, Mulher da Manhã,
és lume no entreolhar
com o horizonte
atravessando
a alta janela
até minha mente e meu coração
em trevas.
Trazes nesses olhos de deusa
a lascívia das damas.
No andar,
a dança dos sonhos púberes
mais profundos das noites
por nós umedecidas.
(Meu suor respinga o que pele
permite idílio
na poesia própria que és,
Mulher!)
Sobre a volúpia de teu corpo
em montanhas
elevando-me ao céu,
sinto o som do vento em meu rosto
trazendo o grande prazer
pelos meus sentidos.
Então, contraio e estremeço
todos os músculos
até alçar o vôo absoluto
através do Paraíso
que me entregas
aos suores siameses.
Chegamos à
Imortalidade Anil
e adormecemos
na mão de Deus,
leito dos Amantes...
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Voragem
Eu pulei dum penhasco.
Minhas asas de anjo sofrido
apontavam-me para o fundo
daquela cidade de chuva infinita.
O fim era sonho;
o vôo, o despertar do coração;
a origem, aquela
que construía os prédios
e pintava-os
para nosso
deleite compartilhado.
O tempo nunca fora
assassino para baixo - pensei -
e depois
gritei em plena vertigem
a esse anjo carnívoro,
enquanto fluía agilmente:
"voragem é essencial:
que o belo caos de tua boca
seja a morada de meu pousar!"
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Tua Febril Ausência
Pensei em te descrever meu quarto,
bem dizer o altar sagrado
de meu Amor
e de minha
lascívia amorosa e selvagem
minuciosamente.
Isso apenas serviria
para meu ego
a fim
de buscar uma resposta
afirmativa
sobre tua curiosidade.
Bem, pouparei-me da desilusão
caso,
confirmando-se-a,
esmoreças,
e não me entregarei ao tosco
detalhar de uma realidade
que tu deves primeiro sonhar
até o martírio,
para, então,
libertar-te em minhas luxúrias,
arbitrariamente arrastada
pelo tufão
de minhas paredes
rabiscadas de poesias,
chacoalhadas,
noite após noite,
por tua febril ausência!
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Carta a Uma Poetisa ou Uma Chata Lição de Moral
(...)
"Teus belos olhos escuros cor da noite louca",
disse a única louca que persegue-me sem triturar-me.
"São eles que veem tua alma e teu sorriso lindos",
"São eles que veem tua alma e teu sorriso lindos",
respondi, como singelo poeta.
"Sorriso lindo que é uma medíocre ilusão do que é belamente sorrir igual aos poetas...",
redarguiu.
"Oh! és poetisa, já te disse...
mas as musas são infinitamente mais belas do que nós...
mas as musas são infinitamente mais belas do que nós...
por dentro e por fora, seja dito!"
"Grande conquistador...", disse a solitária dolorida inquieta alma sem voz
com palavras cheias de pulso e,
dubiamente,
repletas de flores inesperadas.
"Não!
É o silêncio de minhas palavras...
Talvez meus olhos noturnos de lobo,
minha fome selvagem,
minha fome selvagem,
meu beijo de flor partida
para voltar
em caule e terra
na manhã posterior à noite
da primeira profundeza carnal e amorosa!
Talvez, no entanto,
apenas as palavras,
o dom vindo sei lá diabos, Deus, humano
de onde.
Então,
alguns suspiros femininos e a alegria sem fim,
Então,
alguns suspiros femininos e a alegria sem fim,
a felicidade rara dos momentos
que o tempo produz subitamente,
e a paz do cérebro
quando o coração vence
o demasiado pensar...
Outra manhã:
uma Amada no seio da alma do éter da humanidade..."
Outra manhã:
uma Amada no seio da alma do éter da humanidade..."
"Poeta, me ajuda a escapar desse Universo
que eu não consigo ser feliz?"
- indagou-me, suplico-me com o fel de sua incondição, como se eu fosse um sábio...
Pobre diamante!
Deus...
Bem, só posso falar daquilo que sei, daquilo que experimentei,
seja lá isso bom, seja lá isso ruim:
1) por mais que te doa e não compreendas
a dor gritante nos teus olhos
que ninguém vê,
não procures abrigo na química,
pois é fuga
e só leva a gente
para um amanhã mais doentio, cego e perdedor;
2) mesmo que o Amor mate,
por vezes,
o teu profundo,
- pois sempre haverá abismos com a boca aberta para a imensidão do céu -
Ama sem restrição,
porém, sem submissão;
3) lê, lê, lê! - pois os livros ensinam mais do que o quotidiano óbvio, insípido, incrédulo, fanático, robotizado que é o nosso milênio;
4) respeita-te antes de respeitar aos outros, pois, assim, serás respeitada
e, então, respeitarás,
conquistando, indubitavelmente,
paz e melhor autoestima;
5) enfrenta teus medos, fantasmas e pesadelos;
6) procura, escava muito, muito trabalho feito com coração, corpo e alma! Isso é essencial para o resto, pois toma a gente de espírito leve e de tempo completo;
7) Fé: em ti, nas pessoas e em Deus!
(... suspiro...)
Bem, não que eu consiga diariamente tudo isso, mas persigo.
São algumas coisas que aprendi
e não me fazem pensar mais,
quando acordo:
"puta merda, mais um dia...
estou vivo de novo...",
cuspindo meu sangue quase cancerígeno.
Hoje desperto pensando:
"tentarei o meu melhor!"
E quando não atinjo todas as metas,
E quando não atinjo todas as metas,
deito já sonhando:
"hoje não fui tão bem, mas amanhã será melhor!"
De qualquer maneira, tu já sabes, Poetisa:
"palavras também servem para serem caladas quando não sabemos explicar...",
ensinaste-me.
Verdade!
Então,
que tal
um caderno, uma caneta
em tuas mãos
para o caos misturado
ao silêncio profundo da alma?
Arte e Ternura
Eu quero que me perdoes
e me Ames
e tenhamos paz,
como tudo o que senti na tua voz
quando voltamos a nos falar.
Ah, ciúmes imbecis que perdem
Amores, momentos, poesias, inspirações e canções
que poderiam me pôr ao lado de Deus!
Um poema espontâneo para o momento de alegria à tua espera...
Teu cheiro inesquecível.
Os instantes no meu caminho,
no meu olhar para frente depois que pegas o ônibus,
a flor com a qual te surpreendi,
a saudade que o tempo prova,
a noite chovendo em mim o teu ventre,
o teu perfume,
a tua pele,
o teu beijo
e o teu gozo frenético
odiando o Amor imenso,
mas Amando sem explicar,
fugindo porque medrosa,
mas Amando sem explicar,
fugindo porque medrosa,
voltando porque sem saída!
Mas também fui orgulhoso várias vezes.
Esse tempo, creio, me trouxe uma paz...
E ouvir tua voz novamente
trouxe-me algo muito bom: tu!
Tua confiança debruçava-se novamente sobre mim.
Se estás doente,
o que sentes agora que vais começar a viver,
e justamente dentro da doença?
Te espero há dias!
Confia em mim!
Vamos ver um filme,
rir e ouvir música.
Lerei poesias pra ti.
Minhas e de meus preferidos!
O que achas?
Remédios a conta-gotas de Arte e Ternura...
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