segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Palavras

As palavras racionais que não se explicam.
As palavras com que mato o mundo para reinventá-lo.
As palavras que os silêncios suscitam-me.
As palavras ternas de um poema que jamais alcançarei.
As palavras canções diagnosticando geena.
As palavras dispensáveis pelo pensar.
As palavras - não racionalizando por quebrarem preces - que,
ditas, suavizam-nos.
As palavras assassinadas e ressuscitadas pelo tempo
que aprendi a contar, sem pressa porém.
As palavras das tuas palavras sorridentes
amordaçando qualquer palavra para que eu,
ardentemente, sinta.
As palavras das dores que diminuímos num abraço responsável.
As palavras interrompidas por outras idéias sublimes.
As palavras tortas e perdidas resgatando
a própria garganta da forca.
As palavras sugerindo-me vida antes que eu esqueça de como fui.
As palavras da Palavra, não desperdiçadas pelo ignorante falar demasiado...
As palavras sujas que minhas raivas expressam limpando,
assim, minha alma!
As palavras puras que dão sentido às ruas putas.
As palavras aprendidas sob signos dolorosamene vagos.
As palavras que o sol me dá a cada manhã!
As palavras me fazendo rir!
As palavras afloradas desse Amor silencioso!
As palavras ainda são poucas
porque nenhuma inventei,
mas todas saúdo e respeito pela sabedoria
que simplesmente são para que eu as tente sempre
pelo Amor mais cristalino cantado no próximo refrão!

Um comentário:

Rendados d'adua doce disse...

Bom. Bem bom. Só precisa botar cor e imagem no blotog, as falás estão ótimas.
bjs'!
Regina