Eu tenho uma dívida inestimável para com as flores.
Mesmo assim, amainando meus infernos, elas brotam na porta da morada
mais delicada e, num sorriso gerado pelo gesto humilde, enternecem a vida!
A mesma flor que eu mastigava com poções de insetos, terra e água da chuva,
é a que me liberta da culpa abissal.
Composta pelas cores enigmáticas da luz solar em teu coração calmo,
resplandece artérias, afagos e ares.
Imensurável suavidade entre os meus, ainda nocentes.
Natureza grauita para reavivar minha pureza
e destronar minha tirania incontrolada
com a espontaneidade dos que não lutam contra o tempo,
nem contra a dor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário