Tenho as teclas em meus dedos perscrutadores.
As cordas vibrando em minha caixa torácica.
E o som em redemoinho na alma,
sorrindo o vento de todo movimento.
Não seco!
Não seco!
Deixo escorrer até ter o sabor da amargura provada em melodia.
Desdobro a harmonia indecisa lascada no improviso.
Desdenho a pauta amarelada com o calor que só de mim sai
e situo o som pelo teatro num foco denso da escuridão,
num sobrevoar da composição, entoando platéia enternecida,
pelo dançado lume em seu coração.
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