teu sangue toca minha pele.
o sangue que escorreu de ti e secou em minha coberta.
só queria entender minha própria angústia...
muitas vezes sou silêncio para o mundo, e o que desejo deve chegar, em minha imaginação, como o grito que traz a bonança sem nenhum esforço meu.
então eu espero.
deito sobre minha fome.
saboreio minha cama.
reflito sobre o teu cheiro que deixou marca em meu pulso.
é um perfume suave, doce, quente que percorre a minha memória e me faz perder a fome ou, mais sinceramente, escondê-la em meu próprio corpo.
minha saudade visita o ar que meus pensamentos arquitetaram o conforto do teu novo lar.
observo o silêncio e relembro de nossa última filosofia: um novo lugar dentro de um velho lugar.
e, ao sabor da voz que esperava contagiar minha noite depressiva, contagiado me sinto às margens de um sonho lúcido, aonde penetro meu calar a te esperar sabendo que o tempo me fará, ao teu redor, despertar.
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