teus olhos brilhando no êxtase que a arte em mosaico reflete esse olhar: um sorriso satisfeito.
como o que dirias de um dia livre em minhas mãos de pianista.
atropelado pelo teu rumo ao encontro de minha disforme estrada, percebo nos resquícios do teu cheiro pubiano em meus dedos o alento de uma nova versão para a vida, hipoteticamente perdida há tão pouco tempo.
de tua boca resgato um gesto teu em desuso: um dia clandestino.
provoco, com olhar compenetrado em tua carne e suas reações oriundas de minha leveza, a tua arte colorida no refúgio que sou de teu mundo em preto e branco.
suscito a liberdade nas tuas entranhas e tu és um peixe que se desfaz do anzol do pescador já pronto com seu sorriso faminto para te levar de teu habitat: o meu mar que te alivia, te acalenta, te envolve, te alimenta e vive para te fazer viver a vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário