quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Pobre violão

Toco meu violão.
Faço da raiva e da angústia
minha canção.
Pobre entoação
pelos ares da solidão...
Frêmito e delírio
entre
o pulsar das mãos.
Galgo o espetáculo histérico,
sob manto de escuridão,
quando atinge
aquela parede
me olhando
em pétreo silêncio,
o meu
imaculado e triste
violão

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