sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Um relato sobre a pressa

O tempo que tenho não é
o tempo necessário
de outras pessoas, não o mesmo.
Eu digo e desdigo
com facilidade
o que com outros havia combinado...
comigo...
Ouço seus silêncios ou raivas depois.
Mais de 16 horas já se passaram e,
se fosse eu
no lugar dela,
já teria ligado para mim.
Acontece que
não posso
esperar
que hajam como eu agiria.
Essa é a minha grande estupidez...
O que isso me rende?
A mutilação do tempo,
do caminho a ser percorrido
necessariamente
só;
o ato que, por resposta silenciosa adentro,
fuça vômito
que o estômago
engole retroativamente.
De encontro aos mesmos fantasmas que ela pressupõe,
varo
em silêncio
pela chuva que desejava amenizar com pressa,
chovendo aí por dentro
o que,
ultimamente,
nem garoa...